Dark Romance - Enemies to Lovers
O mundo quer heróis, mas heróis morrem. Eu sou a exceção... sou quem sobrevive.
Kate Warren se esconde sob uma nova identidade após uma prisão. Agora, ela vive uma vida dupla como hacker e balconista de um bar; o co...
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— PU.TA.QUE.PA.RIU!
O grito saiu proporcional a dor que eu estava sentindo, enquanto Mamute puxava minha perna com a delicadeza de um trator.
Acordei com uma câimbra que parecia querer arrancar meu músculo. Minha perna estava tão rígida que eu nem lembrava mais como era dobrá-la.
— Você forçou demais ontem. Agora para de chorar e estica.
— Não consigo! — Meus dentes estavam cerrados, e eu suava frio.
— Se não fizer isso, seu músculo vai atrofiar. Estica bem!
Sentia como se estivesse em trabalho de parto, meus olhos fechados com força enquanto tentava suportar a dor latejante que irradiava pela coxa.
— Cheguei! — A voz de Riv invadiu o quarto, seguida pelo barulho de algo sendo jogado na cama.
Abri os olhos a tempo de vê-lo descarregar uma pilha de caixas, que Mamute observou com uma sobrancelha arqueada e um olhar cético.
— Estava na promoção? Leve dez e pague um?
Riv deu ombros.
— Eu não sabia qual era melhor.
— Qualquer uma servia, é só para a massagem.
— Que massagem? — Riv interrompeu, parando ao lado da cama. — Você vai fazer massagem nela?
Mamute ergueu o olhar para mim, sua expressão meio irritada, enquanto continuava dobrando minha perna.
— Se seu marido me estressar, eu largo você aqui desse jeito, Kate. Vai ficar parecendo uma rã com câimbra.
— Riv, só cale a boca! — rosnei, tentando esticar a perna novamente, mas sem sucesso.
Mamute soltou minha perna, permitindo que ela relaxasse no colchão.
— Você precisa voltar com a fisioterapia — lembrou ele, pescando uma das caixas e lendo muito brevemente o rótulo. — E vai começar a treinar de novo, senão essa perna vai acabar mais fina que a outra.
— Posso, por favor, colocar o pé no chão primeiro? — retruquei, revirando os olhos.
Ele ignorou minha ironia, concentrado em aplicar uma boa quantidade de pomada gelada na minha coxa.
— Isso aqui vai aliviar. — Ele começou a esfregar a mão grande sem cuidado algum e eu trinquei os dentes, querendo gritar porque aquilo estava longe de ser reconfortante, me pegou totalmente desprevenida.
— Putaquepariu!
— Aguenta. É pra esquentar a pomada, faz efeito mais rápido.
— Que merda!
A dor inicial deu lugar a uma sensação de calor que, gradualmente, começou a espalhar um alívio viciante.
