Dark Romance - Enemies to Lovers
O mundo quer heróis, mas heróis morrem. Eu sou a exceção... sou quem sobrevive.
Kate Warren se esconde sob uma nova identidade após uma prisão. Agora, ela vive uma vida dupla como hacker e balconista de um bar; o co...
(O início desse capítulo é uma continuação do último, futuramente eles estarão juntos, mas para não ficar confuso recomendo que voltem no anterior para continuarem do gancho.)
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Passei o polegar pelo canto da boca dela, limpando o vestígio do beijo que ainda queimava em sua pele, e em mim.
Kate Warren Surkov. Eu gostava de como soava, não apenas o nome, mas do que eu faria com esse nome quando fosse nosso.
— Você olhou a validade desse doce? — Ela disparou estreitando os olhos. — Tenho certeza de que estava estragado.
Meu sorriso foi lento, cínico. Eu estava esperando mais algumas ferramentas voando na minha direção, mas ela estava perfeitamente imóvel, e sem nada além de um pote ao seu alcance. Também não era medo que eu via em seus olhos. Era algo mais visceral, mais profundo. Uma luta interna, entre quem ela fingia ser e quem estava prestes a se tornar.
— Sua sorte é que estava desacordada quando eu descobri a verdade. — Me inclinei, com a voz baixa o suficiente para que só ela ouvisse. — Se não, Kate, eu já teria te arrastado para um altar. E a essa hora você já seria minha mulher.
O rosto dela se contorceu em raiva, o que só serviu para me divertir mais.
— Para de repetir essa merda! Eu não vou me casar com você! — Eu me afastei apenas o suficiente para cruzar os braços e encará-la. — Quer ser um Surkov? Se case com o Nikolai.
Soltei uma risada curta, seca.
— Nem eu sou tão louco.
— Bella Tarr, então.
O sorriso em meu rosto ficou ainda mais sombrio.
— Tecnicamente, ela nem poderia ser filha dele.
Ela hesitou. Foi rápido, mas eu percebi. Kate estava correndo atrás de saídas, e eu estava fechando todas as portas. Estava encurralada.
— Então acabaram suas opções, Riv. Porque sinto muito te dizer, mas eu não tenho esse maldito sobrenome.
— Mas vai ter. — Diminuí novamente a distância que ela tentava criar. — Nós teremos.
— Pare de falar em nós. Não exist...
— Não existe nós? — interrompi, forçando-a a manter o olhar em mim. — Então me explica, uma garota apareceu na minha cidade, enviada pelo próprio Alexandr Surkov. Uma prisioneira mandada para testar o terreno, garantir que negociar em Beeville Ridge era seguro. Alguém que nos obrigou a queimar os armazéns, e apagar cada rastro da existência dele. Você também não acha que essa garota deveria morrer?
Ela piscou rápido, o pânico tentando se esconder atrás daquela expressão controlada. Mas não dava para esconder de mim. Eu conhecia cada micro-reação dela agora, e tive tempo suficiente para planejar o que eu faria.
