Dark Romance - Enemies to Lovers
O mundo quer heróis, mas heróis morrem. Eu sou a exceção... sou quem sobrevive.
Kate Warren se esconde sob uma nova identidade após uma prisão. Agora, ela vive uma vida dupla como hacker e balconista de um bar; o co...
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— Estou preocupado com você. — Jake entrou no meu quarto, encostando no batente da porta. — Quatro dias trancada aqui. Sua perna está tão ruim assim?
Soltei um sorriso vazio de canto, e me ajeitei na cama.
— Na verdade, está melhor do que eu esperava.
Ele arqueou uma sobrancelha céticamente.
— O poder do repouso, hein? — debochou, caminhando até se sentar na ponta da cama. — Mas quer descer um pouco? Eu não aguento mais passar por aqui e te ver encarando o teto.
— Não, obrigada. Só me ajuda a levantar. — Mantive minha expressão neutra. Ele ficou me olhando por um momento, parecia até que estava tentando ler meus pensamentos.
— Quer que eu chame o Caleb pra te fazer companhia? Ele sabe jogar Dama.
Revirei os olhos, soltando um suspiro exasperado.
— Jake, dá pra parar com isso?
— O quê? Ele é meu melhor amigo, sempre dá uma força quando eu não posso.
Uma risada seca escapou de mim.
— Ele não é seu melhor amigo.
— Mas eu tenho que tentar.
Jake pegou as muletas que estavam escoradas na parede, e me ajudou a sentar, antes de eu finalmente conseguir ficar de pé.
Eazy surgiu na porta, encostando o ombro no batente com um sorriso de provocação estampado no rosto.
— Riv vai atirar nas suas pernas se souber que está tirando a Kate da cama.
Minha mandíbula apertou involuntariamente ao ouvir o nome, mas não deixei transparecer
— Estou pronto para dizer que fui ameaçado por ela também — disse ele. — Todo mundo sabe que depois dela, as ameaças de Riv não tem mais tanta credibilidade.
Eazy concordou antes de continuar seu caminho pelo corredor.
— Pensando bem, acho que quero descer. — Soltei, ignorando o olhar desconfiado de Jake.
— Falando em melhor amigo... — murmurou, franzindo o cenho, mas logo balançou a cabeça, como se decidisse não continuar. — Nada não, deixa quieto.
Tentei dar um passo sozinha, e não foi tão ruim quanto eu imaginava. Fisgava, mas era suportável.
— Acho que eu consigo sem elas — falei quando Jake estendeu as moletas, e ele deu ombros.
Com a ajuda dele, fui descendo as escadas devagar. Cada degrau parecia zombar da minha paciência, mas mantive o rosto impassível, recusando-me a demonstrar o incômodo. Jake me segurava firme e atentamente, mas eu sabia que qualquer deslize meu seria motivo para voltar a usar aquele par de pernas falsas, e eu não via a hora de me livrar delas, então estava sendo cuidadosa.
