Capítulo 25

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Capítulo vinte e cinco: O Retorno da Verena
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Narrador personagem: Hillary Verena
~ Aracaju, sexta-feira, 20:30.

Verena: Ufa, finalmente em casa. - Suspirei. -

Cheguei da universidade agora, estava extremamente cansada. A universidade que eu passei fica no interior de Sergipe, ou seja, eu gasto horas pra chegar lá. Ter que morar com minhas colegas de sala não é fácil. A pior parte de estudar fora é isso, ter que abrir mão de ficar perto da família e tals. Eu só posso vir pra Aracaju no final de semana; na semana não dá.

Entrei na cozinha e vi vó preparando algo.

Teresa: Não vai comer nada, Verena? - Virou-se pra mim.

Verena: Não, vó, vou tomar um banho primeiro. - Respondi com um sorriso no rosto.

Segui para meu quarto, jogando a mala no chão e tirando a roupa antes de ir para o banheiro. Depois de mais de uma hora no chuveiro, sair renovada.

Verena: Ah, como é bom estar em casa! - Falei após vestir um pijama leve.

Fiz faz uma skin-care rápida e quando fui pentear o cabelo, ouvir meu notebook tocar. Enrolando uma toalha no cabelo, corri até a escrivaninha e vi um bolo de ovos caseiro com achocolatado quentinho deixado por vó.

Verena: Ah, vó! Você é demais! - Sorrir grata.

Me sentei e atendi a chamada de vídeo do Breno.

Verena: Oi! - Falei colocando um pedaço de bolo na boca.

Breno: Olha se essa introdução tá boa. - Me respondeu animado.

Ele começa a procurar algo enquanto eu mastiga o bolo.

Desde quando voltei pra cá, ajudo o Breno com as redações dele. Ele disse que quer fazer Direito.

Breno: Achei! - se ajeita na cama - Olha isso aqui. Eu usei aquela dica que você me deu sobre aquela mulher... a Hannah Arendt.

Verena: Hum, deixa eu ver.

Breno: Primordialmente, como afirma Hannah Arendt, 'a liberdade, em última análise é a capacidade de agir e pensar de forma independente.' Essa perspectiva nos leva a refletir sobre a maternidade precoce entre jovens brasileiras, visto que a gestação na adolescência limita a liberdade das jovens mães... -

Breno: Vou ler o resto.  Ficou segurando o papel firmemente. - Além disso... - ele continua lendo enquanto eu escuta atenta

Verena: Aparentemente tá bom! Mas quero ver a escrita.

Breno: Vou te mandar a foto. Fica aí!

Verena: Uhum.

Entrei nas conversas do WhatsApp para ler a redação.

Verena: Tira essa vírgula depois do "é". - Falei apontando pra tela.

Breno: Na onde?

Verena: Ali ó, "a liberdade, em última análise..." tira essa vírgula depois da palavra "análise".

Breno: AHHH, tá! Pronto!

Verena: É só isso?

Breno: É. Eu fiz quatro redações só essa semana.

Verena: Mas tem que ser assim; senão não aprende!

Breno parece pensativo por um momento.

Breno: Verena?

Verena: Hum?

Amor ou MoralOnde histórias criam vida. Descubra agora