Capítulo 07

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Capítulo sete: Nosso primeiro contato
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Narrador personagem: Hillary Verena
~ Aracajú , segunda, 05:00

Acordei com o Gabriel me ligando. O toque do celular ecoou pelo quarto silencioso, e eu abri os olhos com uma certa dificuldade, como se estivesse lutando para sair de um sonho profundo. A luz da manhã mal entrava pela janela, criando um ambiente sonolento e acolhedor que me fazia querer voltar a dormir. Com um esforço, estendi a mão para pegar o celular na mesinha de cabeceira.

Verena: Oi... — falei, minha voz soando arrastada e sonolenta.

GD: Vamo se encontrar aonde? — a voz do Gabriel era clara, mas eu ainda estava meio perdida no tempo. O que ele estava fazendo acordado tão cedo?

Franzi a testa, tentando organizar os pensamentos. Levei o celular para mais perto do rosto e perguntei:

Verena: Que horas são?

Tirei o celular do ouvido e olhei para a tela. Meu coração afundou ao ver que eram cinco horas da manhã.

Verena: São cinco horas da manhã, Gabriel.

GD: Eu sei, né? — ele respondeu, como se já estivesse acostumado com minha confusão matinal.

Soltei um pequeno riso nervoso enquanto esfregava os olhos. O que ele queria tão cedo?

Verena: Quando eu estiver pronta, te mando mensagem — disse, tentando me lembrar do que tinha planejado para o dia.

GD: Tá certo. Eu marquei o exame pra 10:00 — ele informou, e eu apenas concordei com um "ok ok!" antes de desligar. O sono ainda puxava meu corpo de volta para a cama, então me virei e deixei a escuridão me envolver novamente.

***

Quando acordei outra vez, o relógio marcava oito horas. Levantei da cama sentindo os músculos ainda pesados pelo sono. Fui até o banheiro e escovei os dentes, a água gelada ajudando a clarear minha mente. Depois disso, caminhei até a cozinha atraída pelo aroma do café fresco que preenchia o ar.

Ao entrar na cozinha, encontrei meus avós sentados à mesa conversando em murmúrios suaves. A presença deles sempre trazia uma sensação de conforto.

Teresa: Você não foi pra escola? — perguntou minha avó, seu olhar carregado de preocupação.

Verena: Não... — respondi, hesitando por um instante antes de continuar.

Ela se inclinou levemente para frente, seus olhos azuis profundos refletindo uma apreensão genuína.

Teresa: Por que? Não tá se sentindo bem? Quer ir pro hospital?

Engoli seco. A atmosfera na cozinha parecia carregar um peso invisível. Respirei fundo antes de puxar uma cadeira e me sentar à mesa.

Verena: Não, relaxa vó — tentei acalmá-la com um sorriso forçado. Mas era hora de falar sobre algo sério. Olhei nos olhos dela e disse: — Tenho uma coisa pra falar pra senhora.

Amor ou MoralOnde histórias criam vida. Descubra agora