Capítulo vinte e seis: Caos da Madrugada
_____________________________Narrador personagem: Ana Luiza
~ Complexo do Alemão, sábado, 02:00.Acordei com o coração disparado, ainda tentando entender a situação. O celular vibrava incessantemente na penteadeira, e a luz azulada iluminava o quarto escuro. Quando finalmente abri os olhos, vi que era a Verena. "O que a Verena quer às duas da madrugada?", pensei, um frio na barriga começando a se formar.
Ligação on
Ana Luiza: — Fala, Verena — respondi sonolenta, tentando afastar o sono.
A voz dela estava embargada, quase irreconhecível.
— Ana Luiza, eu tô na delegacia... tentaram me matar... nossos avós — ela começou a chorar, e o desespero em suas palavras me fez sentar na cama, o mundo ao meu redor girando. — Eles morreram. Por favor, vem pra cá.
O choque foi como um soco no estômago.
Ana Luiza: O QUÊ? — perguntei, assustada. — Verena, eu tava dormindo! Se você estiver me trolando...
— Não tô... — ela respondeu em um sussurro.
Meu coração afundou ainda mais.
Ana Luiza: Meu Deus... você tá com quem?
Do outro lado da linha, só ouvi o som do choro dela. Desliguei o celular e comecei a sacudir o Nikeboy que dormia ao meu lado.
Ligação off
Ana Luiza: Nikeboy! — gritei, e ele me olhou confuso, como se tivesse sido acordado de um sonho muito estranho. — Mataram meus avós!
Nikeboy: Que avós?
Ana Luiza: Os avós da Verena, pra ser mais específica — corrigi-me rapidamente enquanto derrubava várias roupas do guarda-roupa em busca de algo para vestir. A adrenalina corria nas minhas veias.
Nikeboy: Caralho... e a Verena?
Ana Luiza: Ela disse que tentaram matar ela também! Eu preciso ir pra Aracaju agora!
Nikeboy balançou a cabeça.
Nikeboy: Tu não vai achar avião em cima da hora. A não ser se tu for falar com o GD.
Peguei um vestido longo que a Verena tinha me dado e vesti apressadamente.
Nikeboy: Se eu pudesse te levava na casa dele, mas tu tá ligada — ele disse, resignado.
Ana Luiza: Tá certo. Chega à porta quando sair! — respondi já saindo do quarto.
Corri pela casa como se as paredes estivessem desmoronando ao meu redor. O medo e a preocupação me empurravam para frente. Ao chegar na casa do GD, notei um vapor novo nova na porta. Meu coração disparou ainda mais.
Ana Luiza: Abre aí! — exigi com urgência.
O cara cruzou os braços e respondeu:
— Não é bem assim; preciso da ordem do chefe.
Frustrada, gritei:
Ana Luiza: Meu filho, abra essa porra!
Ele gesticulou para eu esperar enquanto acionava o GD pelo radinho. O tempo parecia uma eternidade até que ele finalmente me liberou.
Entrei na casa e logo vi GD descendo as escadas com uma expressão séria no rosto.
GD: O que aconteceu? — ele perguntou imediatamente.
Larissa surgiu atrás dele, preocupada.
Tentei explicar, mas as lágrimas começaram a escorregar pelo meu rosto como se quisessem escapar de toda aquela dor contida.
Larissa: Ana Luiza? — se aproximou de mim e tocou meu ombro com gentileza.
Ana Luiza: A Verena me ligou chorando... disse que estava na delegacia porque tentaram matar ela; os nossos avós estão mortos!
O olhar de Larissa se alargou em choque.
Larissa: Meu Deu! — ela exclamou. — Com quem ela tá?
Ana Luiza: Eu não sei... acho que sozinha...
Larissa virou-se rapidamente para GD:
Larissa: Gabriel, providencia um jatinho! Eu vou buscar ela!
GD balançou a cabeça negativamente:
GD: Não é simples assim...
Larissa não quis ouvir:
GD: Não começa! É a minha irmã! Meu Deus... vou tentar ligar pra ela!
Enquanto Larissa tentava contatar Verena novamente, senti que tudo havia mudado naquela noite fatídica. O peso da realidade começava a cair sobre nós como uma tempestade iminente. Olhei para GD e Larissa;
Enquanto Larissa tentava ligar para Verena, eu sentia que o tempo estava se esgotando. A angústia dentro de mim crescia, e as memórias dos nossos avós começavam a flutuar na minha mente, como sombras de um passado que parecia tão distante e agora se tornava dolorosamente presente.
GD: O que você está pensando? — GD perguntou, me puxando de volta à realidade. Seu olhar era firme, mas havia uma preocupação subjacente.
Ana Luiza: Precisamos descobrir quem fez isso... — respondi, a voz trêmula. — Eles não mereciam isso. Eles eram inocentes!
Larissa finalmente desligou o telefone, frustrada.
Larissa: Não consegui falar com ela! — disse, passando a mão pelo cabelo em desespero. — Precisamos ir até a delegacia!
GD: Não podemos simplesmente aparecer lá sem um plano — GD interveio, seu tom autoritário ressoando na sala. — Eles vão voltar.
Ana Luiza: E se ela estiver em perigo? — retruquei, sentindo a raiva e o medo se misturarem dentro de mim.
Ele respirou fundo, tentando manter a calma.
GD: Ok, escutem. Vamos fazer o seguinte: eu vou entrar em contato com alguns contatos com uns caras que são policiais e descobrir o que está acontecendo por lá. Enquanto isso, vocês duas precisam se preparar. Pode ser que a situação fique mais complicada do que imaginamos.
Larissa assentiu, mas seu rosto estava pálido e tenso. Eu sabia que ela também queria ir até Verena imediatamente.
Ana Luiza: E se eles estiverem tentando encobrir algo? — perguntei, uma ideia sombria surgindo em minha mente.
GD me olhou com seriedade.
GD: É um risco que vamos ter que correr. Mas precisamos agir com cautela.
Enquanto GD pegava o telefone para fazer suas ligações, Larissa e eu trocamos olhares cúmplices; havia uma determinação crescente entre nós. Não podíamos deixar a Verena sozinha nesse pesadelo.
Em poucos minutos, GD desligou o telefone e nos informou:
GD: Eles estão fazendo algumas perguntas preliminares à Verena, mas não temos informações concretas sobre o que aconteceu ainda. Vamos precisar da ajuda dela para entender tudo.
Larissa respirou fundo e disse:
Larissa: Então precisamos ir logo! Não podemos esperar mais!
GD hesitou por um momento antes de acenar afirmativamente.
GD: Tudo bem, vamos juntos. Mas lembrem-se: mantenham a calma e não façam nada precipitado.
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Amor ou Moral
FanfictionSinopse: Ao se apaixonar por GD, chefe do Complexo do Alemã, Hillary se vê em um dilema: seguir o caminho seguro e previsível que sua família planejou para ela ou arriscar tudo por um amor que a faz sentir viva. Enquanto os sentimentos intensos de H...