Capítulo 23

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Capítulo vinte e três: Entre Luz e Sombra
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Narrador personagem: Hillary Verena
~ Complexo do Alemão, quinta-feira, 10:00.

Estava sentada à mesa da cozinha, o aroma do café fresco ainda pairava no ar, enquanto Fátima mexia em uma panela ao fundo. O dia começava a se desenhar mais claro, mas a tensão já pairava como nuvens pesadas sobre eles.

Fátima: (virando-se para Gabriel) Que estresse é esse, meu filho? O dia acabou de amanhecer.

Sem olhar para cima, com o celular na mão, Gabriel respondeu:

Gabriel: Nada.

Verena: Lari, - trocando olhares com Larissa - eu queria ver a Nicole. Me desculpar por ontem... será que a gente poderia ir na casa dela ou ela vir aqui?

Larissa: Claro! - Respondeu sorrindo - Vou te mandar o número dela. Aí vocês combinam tudo certinho.

Eu assenti, mas meu olhar se desviou novamente para Gabriel. Ele estava tão concentrado no celular que parecia ignorar o mundo à sua volta.

Verena: Eu achava que a minha geração era viciada no celular, até ver o Gabriel. - Brinquei.

Gabriel: Vai se fuder! - Se levantou irritado.

Ele se levantou abruptamente da mesa, e Fátima olhou preocupada.

Larissa: O que você fez? - Perguntou curiosa.

Verena: Nada. - Respondi erguendo as mãos em rendição

Fátima: Ele não é de mandar alguém fazer isso sem motivos. - comentou com um tom sério

Verena: Eu só fiz uma brincadeira ontem, e ele não gostou. - Me defendi.

Larissa: Às vezes você não ajuda. - Falou revirando os olhos

Verena: Eu só estava brincando! - Respondi frustrada.

Larissa: Você não conhece o Gabriel.

Verena: E pelo visto, nem ele e nem você!

Me levantei, sentindo uma mistura de raiva e tristeza.

Larissa: Verena!

Verena: Vou pro meu quarto.

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Depois de um banho demorado que me deixou leve e renovada, escolhi um vestido longo e fiz uma maquiagem leve.

Depois de um banho demorado que me deixou leve e renovada, escolhi um vestido longo e fiz uma maquiagem leve

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Ao sair de casa, uma pontada de culpa me atingiu. Era hora de falar com Gabriel.

Enquanto descia o morro, percebi os olhares curiosos das mulheres sentadas nas calçadas. Seus sussurros acompanhavam meu caminho, e eu respirava fundo, buscando coragem para ir até a salinha onde Gabriel costumava passar seu tempo.

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