Capítulo 36

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Me adore, me abrace e me explore
Marque seu território
Me diga que eu sou a única, única, única, única
Me adore, me abrace e me explore
Eu tô explodindo de tanto tesão
Me diga que eu sou a única, única, única, única

Juno


Ashton nunca esteve em um estádio vazio, mesmo aquele no Kansas ou durante sua graduação. Sempre houve vozes, pessoas correndo no gramado, alguns estranhos sentados na arquibancada. Visualizar um estádio vazio durante a noite era estranho. Parecia faltar alguma coisa ali. Não importava se as fortes luzes afastavam as sombras, ou qualquer fantasma, continuava sendo uma visita inapropriada, como se estivesse invadindo um cemitério.

— O que você acha?

Ela olhou para Joe, percebendo que estava ofegante.

Quanto mais olhava, menos gostava.

Havia muito espaço para ser preenchido, uma devastação de lugares vazios. Fileiras e mais fileiras assombradas. A arquibancada parecia ter o triplo do tamanho, erguendo-se pelo campo como um gigante faminto. Ela imaginou como seria com os gritos, e rostos pintados. Certamente parecia uma selva.

— Assustador.

— Mesmo?

Assentiu olhando para o outro lado.

Ashton não teve coragem de soltar a mão de Joe, com receio que ele partisse e os jogadores entrassem.

— Não sente medo quando entra? – sussurrou sem fôlego.

— No inicio, mas é natural para mim.

Claro, era ela que fugia de multidões.

Ele estivera ali desde sempre, antes mesmo de entender o que o futebol deveria representar.

— É mais emocionante que pavoroso. – garantiu andando pelo gramado, até o símbolo laranja no chão – E maior pessoalmente.

Apenas naquele momento ela teve uma boa visão de como um campo parecia grande. Nos fins de jogos ainda tinha muitas pessoas, publico na arquibancada, e repórteres. Era difícil andar com tantos familiares sedentos para parabenizar os seus. Ashton sentia o cheiro do álcool, ouvia os discursos, esbarrava em alguém distraído com a vitória ou derrota.

— Como conseguiu entrar aqui antes do jogo? Pagou caro?

— Eu sou praticamente dono desse lugar.

— Claro, dono. – revirou os olhos com um sorriso de desdém.

Encostou-se contra o corpo de Joe, precisando erguer a cabeça para manter contato visual. Ele cheirava a ela, de alguma maneira. Um perfume doce, suave, e familiar.

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