Capítulo 05: Deu Bagunça

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A situação já estava crítica, e agora estava prestes a se transformar em uma batalha. O sentinela olhou para Jamón, aguardando uma ordem, e Rafael percebeu que não havia mais como recuar. Ele sabia que a única opção era lutar, mesmo que isso significasse confrontar os sentinelas e Jamón ao mesmo tempo.

O varredor logo ficou em pé, de prontidão. O sofá havia quebrado do outro lado, lançando pedaços de madeira e estofamento em todas as direções. Sofia gemeu de dor, presa entre os destroços do antigo móvel. Ela tentou se mover, e sua agitação rápida era um sinal de que a frenesi estava correndo em seu corpo.

Jamón, observando a cena com um sorriso triunfante nos lábios, se levantou de sua poltrona como um rei do seu trono, e ergueu as mãos em direção aos sentinelas ao redor. — Sabem o que deve ser feito — disse ele, sua voz ressoando com autoridade. Os três homens ao seu redor trocaram olhares cúmplices antes de focar em Rafael, seus rostos impassíveis e determinados.

Aqueles homens não deviam ser simples mortais. Provavelmente, eram vampiros ou, no mínimo, Carniçais, humanos que se tornaram servos de um vampiro ao se alimentarem de seu sangue. Esses seres adquiriram certos poderes sobre-humanos, mas ainda eram fracos em comparação com os vampiros. Rafael estava ciente de que poderia derrotá-los, mas a luta não seria fácil.

Com um movimento rápido, um dos sentinelas avançou, um homem alto e musculoso, seus olhos brilhando com uma luz sobrenatural. Rafael pôde sentir a intensidade da pressão em seus músculos, o instinto de sobrevivência disparando como um alarme.

O sentinela lançou-se contra o jovem Brujah, sua velocidade surpreendente. O inimigo o atacou com um soco poderoso, mas Rafael estava preparado. Ele se desviou rapidamente, sentindo a brisa do golpe passar raspando em seu rosto. Com um movimento rápido, contra-atacou, desferindo um golpe que encontrou o peito do sentinela, que retrocedeu, surpreso com a força do ataque.

Enquanto isso, Sofia se liberta dos escombros, seu olhar fixo em Rafael. — Estou bem! — gritou ela. Ele ouviu a determinação em sua voz misturada com a dor.

O sentinela avançou novamente, Rafael já prevendo o movimento do inimigo, logo se abaixou, desferindo um golpe na perna do sentinela, fazendo-o perder o equilíbrio e cair de joelhos.

O segundo sentinela, mais ágil, apareceu nas costas de Rafael, atacando com um soco rápido, mas poderoso. Rafael sentiu o impacto em suas costas, fazendo-o cambalear para frente. O homem que ele havia atingido se levantou rapidamente, recuperando-se com uma fúria renovada. Agora, Rafael se via flanqueado, os dois sentinelas prontos para atacar em conjunto.

O vampiro começa a se mover com uma agilidade surpreendente. Com um movimento fluido, ele fez um giro, lançando um chute em arco que pegou o sentinela atrás dele de surpresa, atingindo-o na mandíbula e fazendo-o cambalear. Mas antes que pudesse aproveitar a abertura, o primeiro sentinela se lançou sobre ele, tentando agarrar seus braços.

Nesse momento crítico, Sofia, agora livre dos escombros, se juntou à luta. Com um grito de guerra, ela lançou-se contra o sentinela que tentava atacar Rafael, usando todo o seu peso para derrubá-lo. A força do impacto foi suficiente para atordoá-lo, permitindo que Rafael atacasse o terceiro sentinela, que se preparava para agir.

Rafael se lança até o inimigo e o agarra com toda a sua força, começando a deixar a frenesi tomar conta de si. Ele empurra com brutalidade o carniçal para baixo, espremendo contra o chão com toda a força de sua fúria. O chão começa a ranger e logo cedeu. O impacto foi devastador, e a estrutura da casa não suportou a violência do confronto. O chão estremeceu e, em um instante, parte do piso do segundo andar desabou, levando todos para o primeiro andar em uma nuvem de poeira e escombros.

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