Jogo das Manipulações

Capítulo 37: Vence o Mais Forte

A luta entre Lázaro e Bull King se desenrolava em meio à densa mata, um cenário que se tornava cada vez mais devastado pela ferocidade do combate. Árvores altas e majestosas, que haviam permanecido firmes por décadas, agora eram derrubadas como se fossem palitos de fósforo diante da força bruta e sobrenatural dos dois vampiros. O som do impacto das árvores caindo ecoava pela floresta, misturando-se ao rugido da batalha.

Lázaro, ágil e astuto, estava determinado a usar sua velocidade para pegar Bull King de surpresa. Ele sabia que a força bruta do adversário era formidável, mas ele tinha um truque na manga. Com um movimento rápido, ele se lançou em direção a Bull King, esperando dar um bote decisivo. Contudo, Bull King, sempre alerta, conseguiu se desviar com uma agilidade que não se esperava de alguém tão imponente. A evasão foi perfeita, e Lázaro se viu em uma posição vulnerável.

Lázaro enfiou suas presas em uma árvore próxima, o impacto de sua força fazendo com que os galhos se estilhaçassem e os restos de madeira se espalhassem pelo chão. Momentaneamente preso, ele se esforçou para se soltar, suas garras cravadas na casca resistente da árvore, enquanto sua mente se apressava em procurar uma maneira de se livrar daquela situação embaraçosa.

Bull King, percebendo a oportunidade, avançou. A expressão em seu rosto era de pura satisfação, como se estivesse se divertindo com a desgraça de seu adversário. Ele se aproximou de Lázaro, preparado para desferir um golpe devastador. O vampiro colossal levantou o punho, pronto para atacar, sua força era intimidante e a intensidade da luta parecia ter chegado a um novo nível.

Mas Lázaro não era um vampiro comum. Sua determinação e instinto de sobrevivência eram poderosos. Com um esforço hercúleo, ele conseguiu se desvencilhar da árvore, usando a força de seu corpo para se libertar. Ele se afastou rapidamente, conseguindo evitar o golpe de Bull King por um triz.

Lázaro finalmente encontrou uma brecha na defesa de Bull King, um momento fugaz de fraqueza que parecia se estender por uma eternidade. Com um movimento rápido e preciso, ele cravou suas garras afiadas no peito do Nosferatu, penetrando onde deveria estar seu coração. A expressão de Bull King passou de raiva para surpresa, um semblante perplexo ao sentir a mão de Lázaro em seu interior. No entanto, essa ferida não era mortal. O Nosferatu, apesar do ataque, ainda estava cheio de força e fúria.

Bull King começou a lutar para arrancar o braço de Lázaro que se aninhava em seu corpo. A força do vampiro era colossal, mas Lázaro estava determinado a não se deixar intimidar. Ele se concentrou, utilizando cada gota de energia e força que tinha, decidindo derrubar o gigante à sua frente. A pressão de sua garra, profunda e implacável, começou a desestabilizar Bull King. A batalha havia chegado a um ponto crítico, e Lázaro sabia que não poderia hesitar.

Com um último esforço, Lázaro empurrou Bull King para baixo, e o Nosferatu perdeu o equilíbrio. Aproveitando o momento de atordoamento, Lázaro não perdeu a oportunidade. Ele se lançou à frente, mordendo o rosto de Bull King com toda a força que podia reunir. As presas, afiadas como lâminas, penetraram a pele grossa e dura do adversário. O gigante vampiro reagiu com um grito de dor e fúria, seus braços se movendo de forma descontrolada, tentando se libertar da garra de Lázaro.

Bull King esperneava, os socos no ar apenas um reflexo de sua frustração. A luta que antes parecia equilibrada agora estava se inclinando a favor de Lázaro. A pressão da mandíbula do vampiro contra o rosto do Nosferatu aumentava, e ele podia sentir a resistência do adversário começando a ceder. A sensação de triunfo encheu seu coração, mesmo em meio à adrenalina e ao caos da batalha.

A pressão em sua mandíbula se intensificou. Lázaro podia sentir que estava se aproximando do clímax da batalha. O som de algo se quebrando, um estalo profundo e grotesco, preencheu o ar. Com um esforço final, ele percebeu que tinha estourado a cabeça de Bull King. O Nosferatu começou a se desfazer, suas formas se dissolvendo em poeira diante de seus olhos. Era como se um poderoso encanto tivesse sido quebrado, e as cinzas do gigante vampiro começavam a se dispersar pelo ar, sendo levadas pelo vento.

Lázaro se afastou, ainda em choque com a intensidade do que acabara de fazer. Ele olhou para onde antes estava Bull King, o peso da vitória e da vingança finalmente se instalando em seu peito. A luta havia chegado ao fim, e, com isso, uma sensação de alívio misturada a um gosto amargo de satisfação tomou conta de seu ser. A morte de Bull King significava algo mais profundo para ele. Era uma forma de vingança por Victor e sua honra pessoal.