Capítulo 07: Fúria Desenfreada

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Sofia, agora a poucos passos de Jamón, lançou-se contra ele com uma força desenfreada. O vampiro, percebendo a investida, preparou-se para desviar, mas a fúria de Sofia era incontrolável. Com um movimento ágil, ela acertou um soco no rosto de Jamón, fazendo-o cambalear para trás. Rafael viu a oportunidade e se juntou a Sofia, atacando com uma série de golpes rápidos e contundentes.

A batalha agora era um verdadeiro turbilhão de ações e reações. Jamón tentava se recompor, mas estava cercado. Rafael e Sofia trocavam golpes e socos, cada movimento alimentando a fúria crescente dentro deles. O parque, anteriormente um cenário calmo sob a luz da lua, agora se tornava um campo de batalha, com as árvores testemunhando a luta entre os vampiros.

Mas Jamón não era um adversário fácil. Com um movimento brusco, ele se livrou do controle de Rafael, girando sobre os calcanhares e desferindo um soco contra o rosto de Sofia. O impacto fez com que ela cambaleasse para trás, mas ela não desistiu. Com um grito de determinação, ela se lançou novamente em sua direção, sua fúria alimentando cada movimento.

O combate se intensificou. Cada golpe que Jamón tentava desferir era respondido por um ataque de Sofia ou Rafael. O parque estava em ruínas, o som de socos e gritos ressoando no ar. Árvores se balançavam com a intensidade da luta, folhas caindo como se fossem testemunhas de um evento épico.

Finalmente, em um momento de descuido de Jamón, Rafael conseguiu agarrar sua camisa, puxando-o para frente com toda a força que tinha. — Você vai pagar pelo que fez a Victor! — gritou ele, enquanto Sofia se preparava para dar o golpe final. Jamón, percebendo que estava em desvantagem, tentou se desvencilhar, mas já era tarde demais.

Sofia, com um impulso de adrenalina, desferiu um soco direto no rosto de Jamón. O impacto foi devastador. O vampiro cambaleou para trás, sem conseguir se recompor. O olhar de desespero que havia se instalado em seu rosto começou a se misturar com a realização de que seus esforços para escapar haviam falhado.

O parque parecia vibrar com a energia da luta, e a Besta dentro de Rafael e Sofia agora exigia um sacrifício. O desejo de acabar com Jamón se tornava mais forte a cada segundo. Os Brujah sempre saboreiam a Vingança enquanto o prato ainda está quente.

Sofia se aproximou de uma árvore robusta, seus músculos se contraindo enquanto ela chutava o tronco com toda a força. O impacto reverberou por seu corpo, mas isso apenas alimentou seu ímpeto. A árvore balançou levemente, e com um movimento rápido, ela agarrou o tronco que agora flutuava no ar, equilibrando-o habilmente em seu ombro direito, como se fosse um bastão de beisebol.

Com o coração acelerado e os sentidos aguçados, Sofia analisou a cena diante dela. Jamón estava ali. Com um movimento rápido e preciso, Sofia girou seu corpo e usou a árvore como um porrete enorme em direção a Jamón. O tronco cortou o ar, criando um som agudo, e atingiu Jamón com um impacto devastador.

O vampiro foi lançado para trás, seu corpo se projetando em direção à fonte que estava localizada no coração do parque. O impacto foi brutal; Jamón colidiu com a borda da fonte, a água espirrando ao redor enquanto ele se afundava nas pedras molhadas. O silêncio do parque foi quebrado pelo barulho do choque e pelo gotejar da água, enquanto a cena se desenrolava diante dos olhos atônitos de Rafael.

Rafael, que havia estado focado na luta, assistiu com uma mistura de admiração e alívio enquanto Jamón se contorcia, tentando se recuperar do golpe inesperado.

Com um impulso renovado, Rafael correu na direção da fonte. Jamón estava deitado, seu semblante agora marcado pela frustração e pela dor. Uma expressão de raiva crescente.

Rafael subiu com agilidade na borda da fonte, os respingos de água salpicando seu rosto enquanto ele se posicionava acima do jorro d'água que brotava do centro. O cenário ao redor estava tenso, e a adrenalina corria em suas veias. Jamón estava ali, se esforçando para se levantar, seus movimentos lentos e enfraquecidos. Rafael não hesitou. Com as mãos firmes, ele agarrou o vampiro fugitivo, que se debateu em uma tentativa desesperada de se desvencilhar do aperto.

Com um movimento brusco, Rafael segurou a lateral do rosto de Jamón, sentindo a pele fria e a textura de seu semblante.

— Isso acaba aqui — sussurrou Rafael, sua voz uma mistura de raiva e alívio. Em um ato de pura força e emoção, ele virou a cabeça de Jamón, usando toda a energia negativa que pulsava dentro dele. Com um movimento rápido e decidido, ele estralou o pescoço do vampiro, o som do osso se quebrando ecoando em seus ouvidos como uma sinfonia de justiça.

Nesse instante, Rafael sentiu uma mistura de satisfação e vazio. Jamón começou a se desfazer em poeira, as partículas escuras criando uma lama que escorria pela água da fonte, misturando-se àquela corrente de vida que antes parecia tão distante. A sensação de vitória começou a se instalar em seu peito, mas logo foi ofuscada por um sentimento sombrio. Era como se, apesar da derrota de Jamón, algo importante ainda estivesse perdido para sempre.

Um silêncio pesado tomou conta do parque. Rafael ficou parado por alguns segundos, observando a água se agitar. Foi então que o silêncio foi interrompido por palmas, soando como uma ironia cortante no ar. Rafael se virou rapidamente, seu instinto de defesa acionado. O que encontrou à sua frente foi uma figura impressionante.

Um homem de pouco mais de trinta anos, com cabelos loiros e vestindo um terno negro, se destacava entre as sombras do parque. Ao lado dele estavam mais cinco figuras, também com expressões sérias e roupas escuras, formando uma espécie de círculo ao redor do que restava da batalha.

— Que morte poética, hein, amigão — disse o homem loiro, um sorriso estampado em seu rosto, como se estivesse admirando uma obra de arte. Rafael, no entanto, não estava prestando atenção nele. Sua atenção foi instantaneamente atraída por algo muito mais intenso e familiar.

Logo atrás do homem loiro, havia um par de olhos magenta que o encaravam fixamente. Rafael sentiu um turbilhão de emoções dentro de si. Melissa.

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