Aaron Hotchner/ Spencer Reid

capítulo 32 : pastas, pictures and parenthood

Sinopse : “Ele não vai morrer sufocado”, Reid sussurrou baixinho. “E se ele morrer, você sabe como fazer a manobra de heimlich em uma criança. Bem... você conhece a mecânica disso. Você sabe os passos a seguir. Você só precisa seguir os passos e então ele ficará bem. Ele ficará bem e Hotch não terá que ir ao hospital e ele não vai te acusar de tentar assassinar o filho dele e—”

“Spencer?” Jack chamou, sua vozinha questionadora. “Massas?”

“Certo.” Reid respirou fundo, enchendo seu peito, contou até dez e soltou o ar. “Certo, massas.”

Autora : lavenderlotion

Reid respirou fundo antes de se virar.

Ele esperou, contou até dez e então apagou.

Ele poderia fazer isso.

Asfixia era a quarta principal causa de morte não intencional em crianças menores de cinco anos, mas ele conseguia fazer isso.

Certo, talvez Reid não pudesse fazer isso. Havia muitas coisas que Reid não conseguia fazer, e ele sempre foi o primeiro a desistir de tarefas que sabia que não conseguiria realizar. Ele não via vergonha em admitir sua fraqueza — afinal, isso o ajudava a identificar melhor seus pontos fortes — e isso era algo que ele não conseguia fazer. Absolutamente não.

A causa mais comum de engasgo não fatal em crianças pequenas era comida. Reid sabia que pelo menos uma criança morria por engasgo com comida a cada cinco dias nos Estados Unidos, e hoje pode ser o quinto dia!

Mas…

Ele tinha que fazer isso. Hotch estava contando com ele para fazer isso, e Reid não o decepcionaria de jeito nenhum.

Oh, meu Deus, Reid tinha que fazer isso. Tudo bem. Tudo bem!

“Tudo bem, Jack,” Reid disse calmamente, forçando o máximo de certeza que conseguiu reunir em sua voz vacilante. Ele não podia deixar o garoto morrer de fome, afinal. “É hora do jantar.”

“Yay!” Jack comemorou. Ele bateu palmas e sorriu para Reid com um sorriso largo de dentes de seu lugar na mesa de jantar, com giz de cera espalhado diante dele.

O garoto era, sem dúvida, adorável. Reid não gostava de crianças — ou melhor, as crianças frequentemente não gostavam dele. Ele não era bom em interagir com crianças, que eram tão emocionais e instintivas, que não seguiam as normas sociais que Reid havia passado tantos anos memorizando porque elas ainda não as conheciam. Além disso, as crianças eram bagunceiras e barulhentas, e Reid frequentemente se sentia sobrecarregado quando estava perto delas.

Jack era bem comportado. Jack era incrivelmente bem comportado , e quando Hotch o chamou, frenético e preocupado, para perguntar se Reid poderia vir e cuidar dele, Reid disse sim sem um segundo de hesitação.

Sua resposta imediata e fácil foi tanto resultado da tensão preocupante na voz de seu namorado quanto de seu carinho por Jack, e ele nem ficou tão assustado quando Hotch saiu correndo pela porta da frente com um beijo quase imperceptível e uma promessa de voltar antes da hora de dormir.

Reid tinha quase certeza de que Hotch estava falando da hora de Jack dormir.

Sete horas, que Hotch havia mencionado quatro meses e dois dias atrás como um comentário casual após um dos primeiros encontros (o segundo, a menos que o intervalo para o almoço que eles fizeram juntos para se agarrarem no arquivo contasse como um encontro). Reid sabia que crianças pequenas dormiam mais profundamente entre oito horas e meia-noite e que Jack sempre queria pelo menos três histórias e uma música antes de dormir.