Capítulo 308: Caça 1.

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A luz do armazém brilhava através das lâmpadas de alta qualidade, trazendo iluminação por boa parte do armazém.

Dentro da área com maior iluminação, havia uma grande placa de madeira com impressões geométricas e runas bem esculpidas em vermelho, formando uma matriz de feitiços de Necromancia.

Zaatar permaneceu no centro da matriz sentado com as pernas cruzadas, ele estava usando um manto negro de corpo inteiro que escondia completamente sua silhueta e o grosso capuz negro escondia todos os detalhes do seu rosto.

Quando a hora chegou ele abriu os lábios, produzindo um misterioso som grave e misterioso.

A medida que o som se espalhava pelo ambiente, ele retirou uma pequena adaga ritualística da cintura, cortando verticalmente sua palma o corte vertical desceu para seu punho cortando cada vaso sanguíneo profundamente.

O sangue começou a escorrer dentre os dedos espalhando-se para a placa de madeira abaixo dele e preenchendo as pequenas trincheiras que formavam a matriz de feitiço, conforme o sangue se espalhava de forma abundante preenchendo as impressões e runas da matriz, uma pequena chama cinzenta acendeu no centro da matriz.

Conforme o sangue vazava e a chama da alma morta se tornava presente, o som grave e confuso emanou do fogo e começou a entonar um canto misterioso com silabas confusas.

As Silabas não tinham significado, elas foram criadas para funcionar com a matriz de feitiços, era um ativador, mas tambem um regulador para garantir estabilidade e equilíbrio.

Um murmúrio onírico saiu da boa de zaatar em resposta ao canto da chama, sua voz estava ficando mais forte e mais alta conectando-se a canção que vinha da chama enquanto o sangue no meio da matriz começava a produzir ondulações, ondulações que logo ficaram mais e mais claras.

E lentamente uma nevoa roxa apareceu ao redor de zaatar na forma de vários fios de gás que giraram em torno da sua silhueta, dando a ele uma sensação semelhante a entrar em um sonho.

Em sua visão, nesse momento incontáveis orbes de luz carmesins apareceram diante dele, alguns grandes, outros pequenos.

Zaatar não entrou em pânico, ele entendeu que havia entrado com sucesso no processo de invocação criado pela matriz.

Os orbes de luz diante dele eram todos seus servos mortos vivos disponíveis pelo seu corpo principal.

Zaatar não foi ganancioso, ele começou a selecionar uma existência que ele pudesse suportar o dreno de energia, quanto maior o orbe, mais forte o morto vivo seria.

Após uma breve procura, ele parou em frente a um orbe carmesim pequeno e estendeu as mãos.

Ao mesmo tempo fora do armazém ritual.

Uma segunda Lua podia ser vista pairando no horizonte, cercada por nuvens negras, essa estranha lua parecia ter surgido do nada, trazendo um brilho vermelho em meio a noite escura.

Esse mundo nunca havia presenciado uma lua de sangue antes, e dessa vez subscrevendo tudo o que ele acreditava ser possível, uma segunda lua havia simplesmente surgido em seu horizonte.

As pessoas nesse pequeno planeta, sejam elas civis normais, magos negros ou contratantes, olharam para o céu em silencio, encarando aquele evento cósmico que estava além do seu alcance.

Além do seu controle.

Além do seu entendimento.

Por algum motivo todas essas incontáveis vidas sentiram um medo primitivo crescendo no fundo do seu coração, era um medo instintivo, um medo que não conseguiam controlar.

Sangue Negro Vol:2 Parte 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora