Capítulo 304: Anber 1.

36 10 3
                                    

Depois daquela noite Douglas seguiu sua vida escolar comum.

Pelo menos naquele momento, além das crises eminentes em Lennin, ele não havia encontrado mais problemas que não ia além de mulheres raivosas.

A medida que ele se recuperava, suas memorias voltavam aos poucos e seu ego atual absorvia seu ego no passado, trazendo um sentimento de melancolia e perca, isso acontecia enquanto sua semente da alma deixada na gaiola se estabelecia e digeria o antigo corpo.

Era um processo de assimilação lento.

E enquanto sentia as mudanças da passagem do tempo, ele procurava melhorar essa nova semente ao máximo que podia.

Para uma forma de vida como ele a recuperação era um processo lento e continuo de mudança, diferente de Zaatar que ainda tem uma chance ele não tem nenhuma por isso ele queria se expor o mínimo e garantir que essa semente não quebre.

Se essa semente quebrar sem fornecer energia ao corpo principal...ele já era.

Enquanto sentia a luz do sol aquecendo sua pele douglas escrevia em um papel branco.

-Espalhe a esperança-

-A luz não é deus-

- Não é poder, arma ou muros-

- É meu coração, meu espirito, a coesão de tudo em mim e o único espelho em minha alma, sou determinado e firme com um espirito inflexível, meu coração são meus olhos, pelos quais posso ver a luz e minha luz traz esperança, meu coração é minha alma e é sagrado, quando sou destemido a luz brilhara em tudo-

Sempre que ele recitava essa passagem da escritura, douglas sentia algo queimando em seu corpo, uma luz branca brilhante brilhava no interior da sua alma, ele podia sentir o calor pulsando em seu corpo trazendo esperança.

Essa esperança era um poder misterioso que ele tocou quando estava morrendo como um ancestral, um pequeno lapso obtido no desespero.

Não era algo que ele recebeu, nem algo que trocou, mas sim que entendeu e compreendeu.

Esse pequeno fragmento de conhecimento foi o que formou sua última semente da alma.

Luz da esperança.

Luz para continuar.

Luz para ascender.

Douglas permitiu a luz se espalhar por esse corpo enquanto essa semente começava a relembrar o vasto volume de memorias contendo uma miríade de cânticos, escrituras sagradas e processos de treinamento hipnotizantes, ele só parou quando sentiu a cabeça inchando e estava prestes a explodir.

Somente quando ele não aguentava mais que ele parou, bocejou e se levantou para tirar uma soneca, ele precisava absorver e digerir essas memorias.

Douglas esfregou a testa.

"Enquanto eu estou recuperando memorias, aquele cara deveria estar fazendo-as"- Ele sorriu melancolicamente, era um pouco triste ver a forma como seu amigo era incapaz de aproveitar a vida desde que veio aqui.

Apesar dos caminhos que eles seguem serem opostos, ele se afeiçoou aquele carinha.

Enquanto douglas se preparava para descansar, a voz do seu pai veio de dentro da casa.

-jason! Eu vou para o aeroporto, sua irmã esta chegando, você vem comigo? –

-Pode ir pai, eu vou descansar- Douglas respondeu, sem saber porque sua irmã trapalhona estava voltando para casa mais cedo.

..........

Douglas continuou deitado na sua cama sem se importar com mais nada, havia uma ponta de fraqueza surgindo no corpo, a carga mental das memorias era tão grande que ele perdeu toda a vontade de movimentar o corpo.

Sangue Negro Vol:2 Parte 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora