Capítulo 249: Mãe da Dor 2.

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Não importa quanto tempo se passe.

Liriak ainda encontraria novas coisas para aprender e vivenciar com a magia.

Diante dele estava uma bruxa, com rugas sutis no canto dos olhos, um corpo curvilíneo e bem desenvolvido, longos e belos cabelos loiros e uma pele bronzeada, pequenos aspectos em sua aparência marcavam seu caminho até aqui.

Mas essa mulher agora tinha uma alma completamente renovada, seu corpo físico, memorias, emoções estavam intocados, mas a fundação mais delicada da sua vida, foi alterada, ela não só tinha a chance de superar seus pares como ascender para uma posição e que antes só podia sonhar.

Isso era o que a magia fazia.

Subscrever as regras, alterar a realidade, era por isso que era tão cobiçada.

Tão...poderosa.

-Entre e sente-se, vocês contribuíram muito para meu território, eu agradeço pessoalmente- Ela falou de forma irreverente, seus olhos fechados piscando lentamente como os de uma raposa.

Não havia muito nesta sala, além da piscina de lava e alguns moveis feitos com alguma rocha escura, quatro portas estavam nas laterais dessa piscina, levando a quatro direções diferentes.

Quando eles se acomodaram ela começou a falar.

-A invasões ocorrendo em nossas terras por anos, parte do nosso objetivo é estudar e entender como essas invasões ocorreram, Essas missões são as mais perigosas, mas ao mesmo tempo são missões de promoção- Ela esperou alguns segundos para que eles entendessem a gravidade desse assunto antes de continuar.

-Nem sempre é a invasão do continente primordial, pode ser qualquer civilização de algum mundo ilusório, ou outra civilização do mundo material, vocês podem não voltar desse lugar, tem certeza que deseja aceitar?-

Os três pensaram por alguns segundos antes de acenar com a cabeça.

-Pois bem, vou entregar as coordenadas-

........

A porta de madeira tremia e farfalhava com o vento que soprava na casa escura de madeira.

No interior havia uma sala de estudo vazia, sem luzes, apenas sinos de madeira que balançavam ao vento e produziam um som de assobio.

Sobre uma longa mesa, havia um estojo para canetas, um tinteiro, um pedaço de papel de arroz branco com uma pequena linha escrita.

-Para aqueles que sentem o desespero, A dor é a esperança e a última salvação-

*Tic!*

*Tic!*

*Tic!*

O som fraco de passos, como se algum tipo de bota de couro duro estivesse espremendo no chão, veio de fora da porta aberta.

-Onde...Onde Estou- Zhana sussurrou, e quase involuntariamente olhou para a porta de madeira que dava para fora da sala escura.

*Tic!*

*Tic!*

Os passos estavam se aproximando.

Zhana inclinou a cabeça para olhar pela janela, mas não viu nada além de escuridão.

*Tic*

De repente, os passos pararam como se alguem tivesse parado em frente a porta e agora o estivesse observando de um ângulo que ela não conseguia ver.

*Creaakkkkk*- A porta se abriu.

Zhana abriu os olhos, encarando o incenso queimando acima da sua cama.

Sangue Negro Vol:2 Parte 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora