Capítulo 274: Mestre vodu.

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Cavaleiros eram seres simples.

Mas anormalmente poderosos.

A descrição de Força na simplicidade era o suficiente para descrever o QI, era uma energia bem menos complexa e sobrenatural que a Mana, mas que conseguia ter um desempenho igual e até superior em alguns aspectos.

Nairo era o puro exemplo e definição dessa característica.

Em frente a ela havia um bruxo estranho segurando um chicote em suas mãos, era Igra que nesse momento estava realmente intrigado enquanto uma parede de carne vermelha o protegia de todos os ângulos.

A parede de carne foi um feitiço criado para conter qualquer cavaleiro.

Mas Nairo ainda assim atravessava, amputando seus braços, pernas, estripando-o, perfurando seus órgãos, consecutivamente, sua brutalidade era incontrolável e a única forma de escapar que ele tinha era se teletransportar após cada ataque grave que sofria.

Aos seus olhos a Cavaleira parecia ter um par de olhos atrás da cabeça, sempre que seu chicote especial se aproximava dela, ou sua parede de carne se enredava para prende-la, ela acelerava e virava em outra direção, fazendo com que suas tentativas de ataca-la não dessem em nada.

O chicote de videira era uma arma especial que se fundia as suas barreiras de carne, não tinha flutuações de energia ou uma imagem visual forte, de forma que Igra matou incontáveis Cavaleiros com essa arma sem que eles fossem sequer capazes de sentir.

Ele só precisava de um contato, para transferir e contaminar o QI do seu alvo.

Mas agora ele falhou continuamente, Igra tinha certeza de que este cavaleiro morto vivo pode sentir a existência do seu chicote, portanto ele desejava ainda mais obtê-lo para estudo.

Isso não era um acidente bizarro, os sentidos e percepção de Nairo que eram simplesmente anormais, além disso ela se movia instintivamente contra a força do seu ataque e contra-atacava ferindo ele gravemente.

Esse ferimento, no entanto, não era muito importante para Igra, apesar de ser algo curioso, ele não deu muita atenção, enquanto bloqueava a espada e se teletransportava para sobreviver, ele estava mais concentrado em transformar o mundo material do que lutar com ela diretamente.

Se seu chicote não funcinou ele precisaria das suas bestas vodu para essa tarefa, a parede de carne o envolvendo em uma esfera espalhavam estranhos tentáculos vermelhos pelo ambiente que se infiltraram no solo, transformando área em um pântano lamacento.

O lodo podre e fedorento e a área lamacenta de movimento lento se misturavam no ambiente, com aglomerados de cogumelos desordenados e outros resíduos sujos flutuando por todo o lugar.

Todos os Elementos naturais começaram a se distorcer com a presença igra, eles se transformaram em versões decadentes de si mesmos, trazendo a essência das Leis do veneno para o mundo material.

Sob esse território recém construído, Lamentos indistintos e gemidos de desgraça eram cantados acima deste lago envenenado, assemelhando-se aos gritos dos condenados e causando arrepios na espinha de qualquer um que ouvisse esta melodia macabra.

Dentro desse domínio que se formou devorando e intoxicando os elementos Igra obteve um espaço confiável com um raio de mil metros para lutar, espaço que seria muito maior se não fosse o domínio de cogumelos interferindo em sua expansão.

Mesmo após a expansão Igra franziu a testa em descontentamento, seu pântano venenoso tinha a combinação de veneno de vários mundos, mas não conseguia interromper e neutralizar a floresta de cogumelos.

Esses estranhos cogumelos não resistiram, mas começaram a se reproduzir aleatoriamente dentro do seu domínio, brilhando com vários tons e cores, a medida que suas gerações se reproduziam a olho nu, eles ficavam cada vez mais difíceis de matar.

Sangue Negro Vol:2 Parte 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora