Capítulo 291: Invasão 10.

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Ophelia caminhou pela floresta de fungos.

Cogumelos altos, baixos, finos, grossos, coloridos, brancos, escuros, estendiam-se em uma miríade de formas distorcidas e belas.

O fungo reprodutor se espalhava de várias formas, criando um ecossistema completamente novo.

Seu corpo inalava e Exalava esporos constantemente enquanto seus olhos apreciavam a estranha beleza exótica e única desta dimensão.

Uma ecologia inteira de espécies podia ser vista vivendo com os cogumelos.

E a mais populosa eram as borboletas carnívoras.

Borboletas Carnívoras eram criaturas de carne e osso com um tubo fino idêntico a uma agulha na cabeça, ela batia suas asas pela floresta, espalhando consigo odores afrodisíacos que estimulavam e indiretamente os seres vivos e emergia da sua parte inferior.

Essas simples borboletas, podiam matar mortais facilmente com o tubo fino em suas cabeças, elas perfuravam os crânios das suas vítimas e injetavam um veneno que derretia o cérebro, antes de suga-los rapidamente.

Elas atraiam suas vítimas usando hormônios, hipnotizando-os para seus ninhos, onde se banqueteavam, milhares delas de uma vez, derretendo e sugando toda carne e sangue enquanto suas bolsas traseiras inchavam com as substancias derretidas.

Essas borboletas eram extremamente maliciosas e malignas.

Restaria apenas os ossos uma vez que uma pessoa se tornasse seu alvo e fosse encantada.

Como ela sabia? Bem...enquanto ela caminhava por esse local muitos mortais misteriosamente foram transferidos para cá, não em seus corpos físicos, mas em uma espécie de pesadelo.

Eles simplesmente surgiam aqui, confusos e assustados, apenas para serem perseguidos e banqueteados.

Uma vez que eles foram completamente mortos, seus corpos começaram a se reconstruir do zero, criando pessoas assustadas e atormentadas.

Ophelia não conseguia interagir com eles, na verdade pode-se dizer que eles não conseguiam ver ela.

Havia uma aura negra envolvendo seu corpo que a isolava desse cenário estranho, porem magnifico.

Ela encontrou várias aberrações nessa dimensão, vários outros animais podiam ser vistos, todos eles aparições distorcidas, a diferença é que aqui, elas assumiram corpos de carne e osso, suas formas distorcidas tornando-se reais.

Pela floresta de cogumelo era possível ver todo tipo de criatura, perseguindo e atormentando as pessoas que acordavam aqui, em um ciclo de morte e renascimento, no entanto todas as vezes em que elas morriam, elas perdiam completamente a memória deste lugar.

As formas das aparições alternavam, desde uma Massa carnuda vermelha rastejando como um verme com um único braço tateando tudo a sua volta, a criaturas com mais formas distorcidas e defeituosas tendo diferentes fragmentos e traços humanos em meio a massas distorcidas de carne.

Suas formas eram todas grotescas dando a imagem de criaturas do pesadelo.

O nível de força variava muito, mas esse lugar era como um jardim de férias para essas criaturas extravasarem suas emoções negativas, aqui eles podiam fazer o que bem entender.

Estranhamente ela não encontrou nenhum espectro nesta dimensão, conforme explorava sem rumo, as únicas criaturas que ela viu eram formas materializadas de aparições.

Cogumelos cresciam, inchavam e explodiam enviando para o ar a sua volta incontáveis esporos verdes, repetindo esse processo de novo e de novo, enquanto se propagava constantemente, contidos por todas as aparições nesse local que passaram a se alimentar desses cogumelos periodicamente.

Sangue Negro Vol:2 Parte 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora