07 - George Russell

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"O importante não é vencer, mas sim aproveitar o passeio

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"O importante não é vencer, mas sim aproveitar o passeio."

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Era um dia ensolarado e perfeito para qualquer tipo de atividade ao ar livre, mas George, sendo o piloto competitivo que é, tinha uma ideia específica em mente: kart. Quando ele me convidou, achei que seria uma tarde tranquila e divertida, mas assim que chegamos à pista, percebi que George Russell não conseguia desligar seu lado de piloto de Fórmula 1, mesmo em algo tão simples quanto uma corrida de kart.

Assim que colocamos os capacetes e sentamos nos karts, ele olhou para mim com aquele sorriso travesso.

— Preparada para perder? — ele provocou, ajustando o capacete e as luvas como se estivesse prestes a entrar em uma corrida de grande prêmio.

Revirei os olhos, mas não consegui conter um sorriso.

— Vamos ver, Sr. F1. Não pense que vou facilitar só porque você é um piloto profissional.

George riu, o som abafado pelo capacete, e acelerou o motor do kart. Eu sabia que ele estava prestes a transformar aquela corrida simples em uma competição acirrada, com estratégias e táticas elaboradas. Era impossível para ele não levar isso a sério, mesmo que fosse apenas uma brincadeira entre nós dois.

Assim que a bandeira foi levantada, George arrancou como se estivesse largando para um GP. Eu o segui de perto, focada em não perder a oportunidade de vencer o grande piloto de F1 no kart. Ele tomou a liderança logo de cara, mas não demorou muito para que ele começasse a elaborar suas "estratégias".

— Se você frear um pouco antes da próxima curva, pode ter um traçado melhor — ele gritou por cima do barulho dos motores, me dando dicas como se estivesse sendo generoso.

— Ah, claro! Como se eu fosse acreditar nisso — respondi, rindo.

George tentou manter a seriedade, mas eu sabia que ele estava se divertindo tanto quanto eu. Cada curva era uma nova oportunidade para ele tentar me ultrapassar, mas em vez de manter o foco, ele começou a se distrair com piadas e provocações.

— Sabe, talvez você devesse me deixar ganhar — ele sugeriu, enquanto entrávamos em uma curva apertada. — Eu sou meio bom nisso. E eu posso te ensinar algumas manobras depois.

— Sonha, Russell! Hoje é minha vez de brilhar! — gritei de volta, tentando manter o controle enquanto acelerava na reta.

Ele deu uma risadinha, mas a competição acirrada logo se transformou em uma série de pequenos acidentes e gargalhadas. George, focado em me convencer a deixá-lo vencer, se esqueceu de prestar atenção e acabou batendo em uma das barreiras na curva. Eu quase segui o mesmo caminho, rindo tanto da situação que mal conseguia manter o kart na pista.

— Ei! Isso não vale! — ele reclamou, se ajeitando no kart. — Você está me distraindo!

— Eu? Você que está tentando me convencer a te deixar vencer!

Ele bufou dramaticamente, mas o sorriso em seu rosto mostrava que estava adorando cada segundo. Enquanto a corrida continuava, ambos batíamos em mais algumas curvas, rindo tanto que parecia mais um passeio desajeitado do que uma corrida de verdade.

— Tá, tá — ele disse, levantando as mãos no ar em rendição quando finalmente cruzamos a linha de chegada, sem conseguir determinar quem venceu de verdade. — Eu admito, você me venceu. Mas, eu sou o campeão moral.

— Ah, é mesmo? E o que exatamente significa ser o 'campeão moral'? — perguntei, ainda rindo.

George tirou o capacete, passando a mão pelos cabelos bagunçados, e deu de ombros com um sorriso inocente.

— Significa que eu mereço um troféu. De sorvete.

Não consegui evitar a gargalhada que escapou. George sempre tinha um jeito de transformar qualquer situação em algo divertido e leve, mesmo quando estava competindo. Ele olhou para mim com aqueles olhos brilhantes e insistiu.

— Vamos lá, você sabe que eu mereço! Fiz várias manobras impressionantes hoje.

— Impressionantes? Quase se matou na última curva!

— Exatamente — ele respondeu, colocando um braço ao redor dos meus ombros enquanto caminhávamos em direção à área de descanso. — Isso requer habilidade, não acha?

Acabei cedendo, claro, porque quem poderia dizer não a George Russell pedindo um "troféu de sorvete"? Fomos até a lanchonete mais próxima e pedimos o maior sorvete que pudemos encontrar. Ele, claro, se proclamou o campeão moral mais uma vez enquanto devorávamos as sobremesas.

Sentados à mesa, o ambiente era tranquilo, e a tarde de risadas e competição amistosa me fez perceber o quanto esses momentos simples eram importantes para nós dois. George, com toda a pressão da carreira e a imagem de piloto sério, raramente tinha a chance de relaxar e se divertir dessa maneira. Ver o lado brincalhão dele me fazia lembrar de como ele era mais do que um piloto de Fórmula 1. Ele era meu parceiro, meu amigo, alguém com quem eu podia compartilhar momentos como esse, cheios de leveza e felicidade.

Enquanto ele terminava o sorvete, me olhou com aquele brilho nos olhos, sempre com uma provocação na ponta da língua.

— Sabe, acho que poderíamos transformar isso em uma tradição. Uma corrida de kart por mês. Quem perder paga o sorvete.

Eu ri, balançando a cabeça.

— Se continuar assim, você vai à falência, Russell. Porque claramente eu sou melhor no kart.

— Ah, claro. Continue acreditando nisso — ele respondeu, piscando para mim. — Mas não se esqueça, o troféu de sorvete sempre será meu.

Nossa tarde terminou com mais risadas, brincadeiras e, claro, sorvete. Cada dia com George era uma nova aventura, e eu sabia que, mesmo que ele estivesse sempre competindo em alta velocidade nas pistas, nos momentos como esse, ele era apenas o George — o cara divertido, competitivo, e, acima de tudo, a pessoa que eu amava.

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