43 - Pierre Gasly

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"Você me desarma, mas não posso deixar você ganhar

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"Você me desarma, mas não posso deixar você ganhar."

***

A noite estava apenas começando, e a festa parecia animada demais para ser uma simples reunião entre amigos. A música alta pulsava pelo ambiente, com luzes piscando em todos os cantos. Eu estava conversando com alguns amigos, tentando me manter focada na conversa e evitar qualquer distração. Não estava exatamente à procura de romance, e muito menos de confusão, especialmente com um piloto de Fórmula 1 como Pierre Gasly.

Eu sabia quem ele era. Todos sabiam quem ele era. Pierre tinha uma das personalidades mais envolventes que eu já tinha visto, e não era de se espantar que fosse o centro das atenções sempre que entrava em qualquer lugar. Mas eu não estava lá para fazer parte disso.

A minha intenção era apenas aproveitar a noite. Uma noite tranquila com meus amigos, longe das câmeras, longe dos holofotes. No entanto, logo percebi que os planos podiam mudar de forma bem rápida quando alguém com o carisma de Pierre decidia fazer parte da sua noite.

Estávamos na pista de dança, todos começando a relaxar com as batidas fortes da música eletrônica. Eu estava com uma bebida na mão, tentando me manter na conversa sobre os últimos filmes que todos haviam assistido, quando, do nada, ouvi uma risada familiar.

A risada de Pierre.

Eu não precisei olhar para saber de onde ela vinha. Já sabia, já sentia, como se ele estivesse lá, me observando. E, quando finalmente virei a cabeça, ele estava ali, ao meu lado. Pierre parecia se materializar do nada, como se soubesse exatamente onde me encontrar.

Eu não estava errada. Ele sabia. Pierre sempre sabia.

Com uma camisa preta simples e um olhar encantador, ele se aproximou de mim. O sorriso era de quem estava pronto para algo. Ele não falava, mas o olhar dele transmitia tudo o que ele queria que eu soubesse. Ele estava se divertindo, mas também, eu sabia, com aquele charme irresistível, ele sabia o que queria.

— Não achei que fosse te ver aqui — ele disse, sua voz profunda e sedutora, como se fosse uma provocação disfarçada de elogio. Ele se apoiou na parede próxima a mim, com aquele jeito tão confiante, tão seguro de si, que era quase impossível não prestar atenção.

Eu não queria ser mais uma na sua lista. Sabia muito bem da fama que ele carregava, e estava determinada a não ser uma vítima do seu charme. O que ele queria, eu já sabia. Mas isso não significava que ele iria conseguir.

Tentei desviar o olhar e voltar à conversa com meus amigos, mas Pierre não se dava por vencido. Ele estava ali, e sua presença parecia como uma sombra que me seguia por todo lugar.

— Então, você vai me ignorar assim? — ele perguntou, ainda com aquele sorriso travesso, se aproximando um pouco mais, o cheiro dele, levemente amadeirado e sedutor, começando a me envolver.

Ele se aproximou o suficiente para que eu pudesse sentir sua presença, e, embora quisesse resistir, algo em mim não conseguia. Algo em mim ficava curiosa sobre ele, mesmo sabendo que Pierre tinha fama de ser um cafajeste.

— Eu não sou tão ruim assim, você sabe — ele continuou, sua voz baixa e cheia de um magnetismo que me fazia questionar se ele realmente tinha o poder de me deixar fora de controle. — Tenho mais qualidade do que as pessoas pensam.

Eu o olhei, tentando manter a distância emocional que sabia que precisava ter.

— Eu só acho que você é mais um dos caras que adora essa fama de conquistador — respondi com um sorriso irônico, tentando não cair no jogo dele. — Eu não sou mais uma vítima do seu charme.

Pierre deu um passo à frente, e foi como se o ar entre nós tivesse ficado mais denso. Ele baixou a voz ainda mais, e, com aquele sorriso cafajeste, disse:

— Você não precisa ser uma vítima. Só precisa se deixar levar. Vai ver que não é tão ruim assim.

Franzi a testa, mas havia algo naquele olhar tão seguro e confiante que, de repente, me deixou desconfortável. O que ele queria? Por que ele parecia tão certo de que eu cederia?

Eu não estava disposta a cair na tentação.

— Eu realmente não vou cair nesse seu joguinho — eu tentei responder com firmeza, tentando afastar qualquer ideia de rendição. — Mas, é claro, você pode tentar.

Pierre não se afastou. Ele estava mais próximo agora, e mesmo que a resistência fosse forte em mim, eu estava começando a perceber que ele tinha algo mais. Pierre Gasly não era apenas um cafajeste qualquer. Ele era algo... mais intrigante. Algo que fazia meu coração bater mais rápido, sem eu sequer perceber.

Pierre sorriu, mais genuinamente dessa vez, como se tivesse detectado minha mudança de postura. Ele não insistiu, ao contrário, fez uma pausa. Ele parecia mais... real, mais centrado.

— Eu gosto de um desafio — ele disse, com os olhos brilhando agora de uma forma diferente. — Mas, se você não quiser, não vou forçar. Só saiba que vou estar por perto, esperando a chance.

Eu me vi, mais uma vez, sorrindo sem querer. Pierre sabia o que estava fazendo. Ele era bom nisso. Eu, no fundo, estava começando a me perguntar se resistir era o certo. Mas, o que estava em jogo aqui? Eu não queria me envolver com mais um piloto. Não queria me deixar enganar pelas aparências.

— Você é impossível — murmurei, mais para mim mesma do que para ele, sentindo que não ia conseguir afastá-lo assim tão facilmente.

Pierre pareceu captar o tom da minha resposta e deu um passo para trás, não de maneira derrotada, mas com a confiança de quem sabe que a batalha estava longe de ser vencida.

— Eu só queria te dar uma razão para mudar de ideia — ele disse com um sorriso provocante.

Dei uma risadinha nervosa, mas não deixei que ele soubesse o quão desconcertada eu estava. Pierre Gasly, o cafajeste que nunca admitiria que tinha algo mais do que esse exterior de galã conquistador, estava, sem querer, mexendo com minhas emoções de uma maneira que eu não conseguia controlar. Ele me desestabilizava, e eu sabia disso.

A noite seguiu, e Pierre não saiu de perto. Mesmo quando ele estava conversando com outros amigos, seus olhos pareciam sempre voltar para mim, como se ele soubesse que havia algo mais a ser descoberto entre nós. Ele não estava disposto a me deixar ir facilmente, e, por mais que eu tentasse ignorá-lo, eu sabia que ele estava conseguindo me pegar em sua teia.

Eu me encontrei sorrindo mais vezes do que gostaria. O jogo dele não era fácil, e ele sabia muito bem como me deixar entre a dúvida e o desejo. Eu sabia que, no fundo, ele nunca seria só mais um. Pierre tinha a habilidade de me fazer sorrir bobo e de acelerar meu coração com o mínimo de esforço.

Naquela noite, entre conversas descontraídas e olhares intensos, algo estava mudando. Talvez fosse só uma atração passageira, talvez fosse algo mais. O que eu sabia era que Pierre Gasly estava deixando sua marca em mim. Mesmo sendo um cafajeste, havia algo nele que me fazia querer descobrir mais.

E, enquanto a festa continuava, eu me perguntava: até onde eu iria com esse desafio?

Eu ainda não sabia a resposta.

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