22 - Lewis Hamilton (FINAL)

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N/A: Recomendo lerem ouvindo "It Will Rain" do Bruno Mars

"Como um eco de promessas sussurradas sob a luz da lua, o amor que compartilhamos renasceu, mais forte do que as sombras que nos cercavam

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"Como um eco de promessas sussurradas sob a luz da lua, o amor que compartilhamos renasceu, mais forte do que as sombras que nos cercavam."

***

Depois de semanas imersa em um pesadelo que parecia não ter fim, finalmente decidi que precisava de um momento para mim. O cheiro do hospital ainda estava impregnado em minha pele, e a sensação de estar sempre à beira da perda era opressiva. Um banho quente seria um pequeno alívio, um sopro de normalidade em meio à tempestade de emoções.

Quando cheguei em casa, a familiaridade dos meus pertences era um lembrete do que havia perdido. O chuveiro escorria água quente, e a sensação da água caindo sobre mim parecia um carinho suave, mas não podia apagar a dor que eu carregava. Lavei meu cabelo, as lágrimas se misturando com a água, deixando a tristeza escorregar para longe, mesmo que por um breve momento.

Depois de me secar e trocar de roupa, enquanto me olhava no espelho, tentei encontrar um pouco de esperança em meu reflexo.

— Ele vai voltar — eu repetia para mim mesma, tentando me convencer. Mas a insegurança sempre seguia de perto.

Minutos depois de me sentir um pouco renovada, meu celular tocou, quebrando o silêncio do apartamento. Meu coração disparou ao ver que era o hospital. Um frio na barriga me dominou.

— Não, por favor — pensei. A primeira coisa que imaginei foi que algo havia dado errado, que eu estava prestes a ouvir a pior notícia da minha vida. Respirei fundo e atendi, a voz da enfermeira do outro lado me fazendo questionar se conseguiria suportar mais uma má notícia.

— Oi, Sn. Desculpe incomodá-la, mas você precisa voltar ao hospital imediatamente. O Dr. Keller gostaria de falar com você — disse ela, sua voz calma, mas carregada de algo que eu não conseguia identificar.

— Está tudo bem? É sobre Lewis? — A pergunta escapuliu de meus lábios, e eu imediatamente me arrependi de perguntar. O silêncio do outro lado da linha parecia interminável.

— Sim, mas é uma boa notícia. Você precisa vir logo.

Senti um misto de emoções. O que isso poderia significar?

— Estou a caminho — eu disse, quase sem pensar. Desliguei o telefone e, por um breve momento, minha mente vagou em todas as direções possíveis. "Ele acordou? Está bem? O que está acontecendo?" Cada possibilidade me deixou mais nervosa, e o medo de perder tudo me apertava o peito.

Sem perder tempo, joguei algumas coisas na bolsa e saí de casa correndo. O trajeto para o hospital parecia mais longo do que nunca, com cada semáforo e cada curva se transformando em uma eternidade. Meu coração estava acelerado, e a expectativa me consumia. O que poderia estar acontecendo?

Ao chegar ao hospital, as portas se abriram e eu corri para a recepção, pedindo informações com uma urgência desesperada.

— O que está acontecendo com Lewis? — perguntei. A recepcionista me olhou com um sorriso encorajador e apontou na direção do quarto dele.

— Ele está acordado, e o doutor está esperando por você — ela disse.

Uma onda de alívio percorreu meu corpo, mas logo foi seguida por um turbilhão de emoções. Lewis estava acordado! Finalmente! Mas por que eu ainda estava tão nervosa? Com passos apressados, fui até o quarto dele, as mãos suando e o coração batendo como se quisesse sair do peito.

Quando entrei no quarto, o que vi foi uma imagem que eu nunca esperaria: Lewis, deitado na cama, os olhos abertos e brilhantes, olhando para mim com um sorriso frágil, mas cheio de amor. Ele parecia cansado, mas havia uma luz em seu olhar que eu não via há tanto tempo.

— Oi, amor — ele disse, sua voz suave e baixa, mas cada palavra era como música para meus ouvidos.

As lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu corria até a cama e agarrei sua mão.

— Oh, meu Deus, você está acordado! Eu não posso acreditar! — Eu não sabia se ria ou chorava, mas a alegria estava esmagando a dor que havia me acompanhado por tanto tempo.

— Eu sinto muito por te deixar assim — ele disse, tentando se sentar, mas eu o impedi com um gesto.

— Não, não se mova muito. Eu estava tão assustada, Lewis. Eu pensei que você nunca mais voltaria. — A emoção era avassaladora, e o peso de semanas de incerteza começou a se dissipar com a presença dele ali, viva e real.

— Eu não fui a lugar nenhum — ele respondeu, seu sorriso se ampliando. — Eu só precisava de um tempo para me recuperar.

Eu o observei, meu coração batendo mais rápido a cada palavra. A equipe médica entrou, verificando seus sinais vitais e explicando como ele havia respondido ao tratamento.

— Ele vai precisar de fisioterapia e um pouco de tempo para se recuperar completamente — o médico disse, mas eu não me importava com nada disso. Ele estava aqui, e isso era tudo o que importava.

Depois que os médicos saíram, eu me sentei ao lado dele, segurando sua mão.

— Eu nunca vou me esquecer do quanto isso foi difícil. Eu pensei que tinha te perdido — eu disse, a voz tremendo.

— Eu senti sua falta, sabia? — Lewis disse, seus olhos se fixando nos meus. — Eu lutei para voltar porque você é a razão pela qual eu sempre quero ser melhor.

Senti uma onda de amor e gratidão por ele. A dor, a incerteza e a tristeza que havia sentido eram agora substituídas por esperança.

— Você é tudo para mim — eu murmurei. — E eu estarei aqui, todos os dias, para te ajudar a voltar a ser quem você é.

A partir daquele momento, tudo parecia mais claro. Havia desafios pela frente, mas estávamos juntos. O sol havia começado a brilhar novamente em nossas vidas, e eu sabia que, com amor e paciência, conseguiríamos superar qualquer obstáculo.

— Agora, vamos nos concentrar na recuperação — eu disse, sorrindo para ele. — Eu estarei ao seu lado em cada passo do caminho.

E, com isso, os dois entendemos que a vida não seria mais a mesma, mas o amor que compartilhávamos era mais forte do que qualquer dor que havíamos enfrentado.

Lewis apertou minha mão, e em seus olhos havia uma determinação renovada. Estávamos prontos para enfrentar o que viesse a seguir, juntos.

***

FIM!

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