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Richard Ríos
Meu treino foi uma merda, não acertei um chute se quer e se continuar assim é certeza de banco no próximo jogo.
— Pela sua cara, aposto que já falou com ela. — Veiga diz enquanto se aproxima.
— Eu não tive escolha e você sabe.
— Eu conversei com a Bruna e ela conhece um advogado que pode nos ajudar, talvez ele encontre alguma brecha no contrato.
— Eu te pedi pra não contar pra ninguém Rafael.
— Estou tentando te ajudar, para de ser teimoso. Agora vamos almoçar porque o seu treino hoje foi um lixo.
— Você acha que eu não sei ?
Antes que ele me pudesse me responder ouvimos a Leila me chamar, era só o que me faltava agora.
— Boa tarde rapazes. — ela tenta sorrir simpática. — Richard pode me explicar porque tem dois jogadores do São Paulo na minha sala querendo falar com você?
— Comigo ? — pergunto e o Veiga parece tão surpreso quanto eu.
— Sim, está acontecendo alguma coisa que eu deveria me preocupar?
Quais as chances de um desses jogadores ser o Diego e ele ter vindo aqui quebrar a minha cara por ter terminado com a Vitória ontem ?
— O Richard tem uma filha com a Vitória que trabalha lá, possivelmente é algo relacionado a isso, eu vou ir com ele, pode ficar tranquila Leila. — Rafael responde por mim e sinto suas mãos me arrastarem pelo gramado até a sala da Leila.
E eu não estava errado, realmente era o Diego e ele estava acompanhado do Rafinha, então com certeza eles não estavam aqui pra me agredir, pelo menos não agora.
— Eu odeio ter que vim aqui falar com você, principalmente depois de ter defendido você, mas infelizmente eu preciso da sua ajuda. — Diego diz assim que entramos na sala.
— Precisa da minha ajuda ? — pergunto surpreso, por essa eu não esperava.
— Maju se trancou no vestiário e só quer sair com a Vitória mas ela precisou fazer um trabalho fora do CT e já tentamos de tudo pra ela sair, e você como pai dela talvez tenha alguma ideia de tirá-la de lá.
— Porque ela fez isso ?
— Essa é a pergunta de 1 milhão de reais gênio. Acha que se eu soubesse a resposta estaria aqui pedindo sua ajuda ?
Eu apenas concordo com a cabeça e saímos os 4 da sala da Leila, indo em direção ao CT do São Paulo. Ele me mostra onde ela está e eu peço pra me deixarem sozinho com ela.
— Florzinha ? — bato na porta e espero ela me responder.
— A mamãe vai chegar, papai. E vocês vão conversar, e vão se resolver, e ficar juntos.
Prendo a respiração, com medo de chorar, porra! Será que a Vitória contou alguma coisa pra ela ?
— Maju… Sua mãe e eu, não podemos ficar juntos agora, me desculpa. De verdade. Sei que não queria isso…
— Porque ?
— Porque não é o momento, filha.
— Você vai embora! — Escuto ela chorar e isso quebra o meu coração mais do que qualquer coisa. — Você não me ama, né? Você vai embora! Então vai embora logo! Minha mãe vai me buscar. Eu não quero mais ver você.
— Eu não vou embora Maju. Não vou te abandonar, nunca.
Escuto ela chorar baixinho e preciso buscar forças do fundo da minha alma pra não chorar junto.
— Florzinha… Eu te amo demais, amo mesmo. E preciso que confie em mim. Só preciso que confie que estou fazendo o certo. Por favor, eu não quero magoar você. Não quero magoar a Vi. Eu amo vocês duas. Eu te amo mais do que amo a mim mesmo, e faria qualquer coisa por você.
— Menos ficar comigo.
— Flor… filha, eu adoraria morar com você. Te ver todos os dias. Fazer as cabaninhas para sempre, assistir todos os filmes das princesas. Adoraria... E ainda podemos fazer tudo isso, eu vou te visitar sempre. Vou ligar para você todos os dias. Porque você é a coisa que mais amo na vida.
Escuto uma porta ranger. Escuto seus pequenos passos.
— Por que está fazendo isso, papai ? A mami te ama muito, e eu também! Não quero que vá embora! Quero nossa família. Quero irmãozinhos e mais filmes de princesa. E você fazendo meu macarrão.