Richard Ríos
Acordar e ter Vitória em cima do meu peito, dormindo confortavelmente como se nada no mundo pudesse perturbá-la, é uma das melhores sensações que já provei. Faz cinco minutos que estou igual a um paspalho, olhando-a, bebendo de sua imagem como se não tivéssemos uma garotinha para alimentar e eu um avião para pegar. Vou passar uma semana viajando com o time. Uma semana que verei as mulheres da minha vida apenas por chamada de vídeo. Não vamos acordar juntos. Não vamos tomar café da manhã juntos. Não vamos... Porra, não vou poder foder Vitória no conforto da nossa cama. É talvez eu seja emocionado!
Só de pensar nisso, meu pau dói. Foder com ela foi a melhor coisa que já fiz na vida. O gemido dessa mulher me alucina e a boceta é tão gostosa que, se fosse por mim, poderia passar a noite inteira dentro dela.
— Para de me olhar com essa cara bocó. — ela resmunga ainda de olhos fechados.
— Não queria atrapalhar o sono da madame, mas precisamos levantar, a vida adulta nos espera atrás daquela porta.
— Só mais 5 minutinhos vai.
— Claro, mas dessa vez vai ser bem difícil de explicar pra Maju o porque você está pelada na minha cama. — provoco e ela me beslica. — Aí.
— Eu vi você trancando a portqa ontem bocó. — ela responde e levanta da cama me dando a visão perfeita que é ela totalmente nua. — vou tomar um banho enquanto você prepara o café.
— Nem pensar, eu vou tomar banho com você.
— Não lembro de ter te chamado.
— E eu não preciso da sua permissão.
Entramos no banho e não demoramos muito pra sair já que logo a nossa filha começará a bater na porta. Assim que saímos do quarto, para nossa surpresa Maria Júlia ainda não havia acordado.
— Vou acordar ela. — Digo e Vitória concorda indo para a cozinha preparar nosso café.
Maju não deu trabalho nenhum pra levantar, ajudei ela a lavar o rosto e escovar os dentes, escuto o barulho da campainha tocar e grito pedindo para Vitória atender.
Maju termina e saímos do banheiro em direção à sala e meu corpo congela ao ver quem era a pessoa que estava parada na minha sala enquanto Vitória me encara com ódio.
— Oi amor. Gostou da surpresa ?
— Quem é ela papai ? Minha filha pergunta, mas não consigo responder, na verdade nem sei como fazer isso.
— Florzinha vai pegar sua mochila, estamos atrasadas. — Vitória pede.
— Mas a gente ia tomar café com o papai. — Maju responde.
— Outro dia você toma café com o seu pai, pega sua mochila no quarto por favor.
— Mas mamãe...
— Agora Maria Júlia!
Nossa filha obedece e volta para o quarto, Vitória faz o mesmo e passa por mim como um furacão.
— Vi, eu posso explicar... — peço entrando no quarto mesmo sabendo que ela não vai me ouvir.
— É sério? Você pode mesmo ? Então me explica Richard, me explica como em um dia você está aqui brincando de casinha e me pedindo uma chance, e no outro a porra da sua noiva aparece na porta do seu apartamento.
— Não é bem assim amor.
— Amor ? Não se atreva a me chamar de amor, seu filho da puta mentiroso.
— Ela não é minha noiva. A gente só namorava.
— Nossa, porque isso realmente faz muita diferença. — debocha jogando as mãos para cima.
— Vitória me escuta por favor.
— Mamãe já estou pronta. — Maju aparece e Vitória tenta disfarçar.
— Da tchau para o seu pai florzinha.
— Tchau papai, nos vemos depois da viagem ?
— Claro que sim florzinha, assim que eu chegar vou direto te ver tá bom ? — ela concorda sorrindo. — Te amo muito tá?
— Eu também te amo papai. — dou um beijo na sua testa e ela me abraça.
Vitória não diz mas nada, também não se despede, e eu me sinto um idiota por não ter contado a verdade pra ela antes, meu peito dói ao ver as duas saindo pela porta do meu apartamento, respiro fundo ao lembrar que tenho mais um problema pra resolver agora. E não tenho como fugir dele já que ele está sentado no meu sofá.
— O que você quer aqui Natália?
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