Será que vale a pena amar!? 9

'nem se eu quisesse me afastar eu conseguiria'

No quintal da casa Victória assim que viu a esposa se sentar a encara a percebendo não estar bem.

- Onde estão as crianças? - pergunta Dalva.

- Ali atrás do pé de manga. Estão brincando. Até João está brincando de fazer papa pra boneca. - revela Victória sorrindo e Dalva sorri com os lábios - Está tudo bem meu amor? - sussurra Victória e Dalva confirma - Quer ir embora?

- Não.. estou bem. Há sim, a Dani pediu para dormir aqui.

- Você deixou?

- Eu disse que eu iria conversar com você primeiro. Tudo bem ela ficar? - pergunta Dalva - Ela disse que aqui já tem roupas dela, assim como na Ananda, na Bruna, no Lipe.

- Então.. porque ela prefere dormir aqui a dormir com o namorado? - sussurra Victória observando Lipe que conversava com os meninos - Será que eles estão brigados?

- Acho que não.. eles estavam agarrados agora pouco e eles também passarão o fim de semana no Júnior.

- Verdade.. vamos deixar amor. A Duda é a única amiga que a Dani tem. E sabemos que ela estando aqui estará em segurança.

- Sim... - responde Dalva lhe segurando a mão e fazendo carinho. - E você Evellyn, gostando das novas amizades?

- Amando.. estou sendo muito bem recepcionada. - responde a jovem sorrindo.

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Na casa ao lado, após o jantar Valentina havia se oferecido para ajudar a Beta na limpeza da cozinha mais foram barradas por Débora que as colocou para correr, assim como os pequenos que foram para sala para assistir tv. Ficando apenas a mesma e o Ricardo que estava agitado, pois sabia que iria para o samba e estava ansioso.

Beta que havia levado Valentina para seu quarto logo apanha um álbum de fotos para mostrar a amiga.

- Vem cá, senta aqui. - diz, a puxando pela mão e se sentando na beirada da cama - Quero que conheça uma pessoa especial.. - diz abrindo o álbum e lhe mostrando a primeira fotografia onde tinha ela e uma senhora loira com enormes olhos azuis.

- Quem é essa?

- Essa é a minha avó e ela se chama Marluce. Eu amo a minha mãe, estava morrendo de saudades dela.. mais o tempo que eu morei com a vovó foram tempos maravilhosos.

- Você puxou a ela né!? Seus olhos são iguais..

- É bom ouvir isso.. por que tipo, a minha avó ela não é mãe legítima da minha mãe. Ela adorou minha mãe quando ela era recém nascida.  Mais os meus tios são morenos como a mamãe, pois meu vô é negro. Olha ele aqui... - diz passando algumas fotos e mostrando o casal - E você acredita que nenhum dos filhos legítimos deles e nem mesmo os netos tem olhos azuis iguais aos da vovó, só eu!? - revela Beta sorrindo.

- Isso é compreensível.. minha avó Victória tem os olhos verdes e a minha avó Dalva tem os olhos azuis. A Ana que é filha da Vó Vick tem os olhos iguais aos da Vó Dalva, e a Dani que é neta da Vovó Dalva, filha do filho dela o Júnior, tem os verdes intensos iguais aos da Vovó Vick. E a Ivy filha da Vó Vick é muito, muito parecida com a minha tia Dayana. Nenhum das duas puxaram suas mães. E a minha avó Dalva tem os olhos tão azuis quanto aos da minha Bisa Ingrid. Acho que isso deve ser coisa de Deus, que já havia preparado tudo perfeitamente. Porque as meninas dizem que eu me pareço com a minha mãe Marina.

- Sua família é meia estranha de entender.. - diz Beta sorrindo.

- Um pouco.. mais é uma família fácil de se apaixonar. Meu tio Killyn, o nosso psicólogo da escola sempre diz que o lema é "Sorriu pra nós é da família!"