'Eu sinto ciúmes porque é um direito meu sentir'

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Após deixar Dani e Lipe na casa do jovem, Dalva segue de volta pra casa da filha.

No meio do caminho a matriarca percebe a neta a vigiando a todo instante.

- Valentina.. quer conversar? - pergunta direta.

- Eu? Não vó.. porque que eu ia querer conversar? - pergunta a menina.

- Dalva.. - sussurra Victória a repreendendo.

- Não sei.. você está se vigiando filha. - diz Dalva enquanto Victória a encarava.

- Não tô não.. tô normal. Né vó Vick que eu tô normal? - pergunta e Victória a encara e confirma.

- Sim.. você está normal. - responde Victoria desviando o olhar para não rir da neta que se entregava.

- Viu vó.. eu tô normal. Mais a senhora quer conversar? - pergunta a adolescente.

- Se você quisesse eu queria.. mais você não quer. Então tudo bem. - responde Dalva tranquila.

- Tá bom.. - responde Tina encarado as ruas - Então vamos conversar..

- Sim vamos..

- Sobre oque quer conversar Vó? - pergunta Valentina a encarando pelo retrovisor.

- Sabe Tina, minha Mãmma sempre usa umas frases que me irritam. Mais hoje eu consigo decifrar todas. Entre elas ela sempre usa a frase: "Não nasceu de você mais nasceu pra você.." e sim, essa frase faz sentido porque de fato, você não nasceu da Clara mais nasceu pra ela. Você está igualzinha a sua mãe quando ela apronta. Parece querer nos contar algo mais está com medo. Sabe que poderá confiar em nós sempre né?

- Sim, eu sei.. - responde Tina inda encarando a rua - Tá eu vou falar. Mais não briga comigo não e nem conta pras minhas mães oque eu vou te contar tá vó? - diz envergonhada a antes que as mulheres pudessem responder ela solta. - Eubeijeiabeta. - diz apressadamente.

- Não entendi.. - diz Victória que estava ao seu lado enquanto Dalva intercalava entre a atenção as ruas e a neta pelo retrovisor.

- Eu disse que.. eu beijei a Beta. - responde Tina se encolhendo enquanto abraçava a pequena Lili.

- Hum.. ouviu amor? A Tina beijou a Beta! - diz Dalva como se estivesse sussurrando um segredo e Tina encara Victória que ajeitando João nos braços encara a neta da segura a mão.

- Ouvi sim Dalva.. e adorei a notícia. A Roberta é uma menina maravilhosa. Não a conheço. Mais a simpatia e a educação dela é admirável. - diz Victória ganhando a atenção da neta enquanto a esposa franzia a testa.

- Amor.. ela disse que beijou a menina! - diz Dalva se virando pra encarar a amada.

- Eu ouvi Dalva. Ela está nos confidenciando que beijou a Beta, assim como a Dani beija o Lipe, a Ananda o Caio, a Ivy o Matheus. Dalva, Valentina tem 16 anos, ela tem mesmo que conhecer uma pessoa boa, ter alguém pra dividir momentos, alguém para distrai-la. E eu gosto de saber que a menina Beta é a pessoa que ela escolheu para ser sua garota.

- Ela não é minha garota vó.. - sussurra Tina.

- Como não? Ela simplesmente sente vontade de te beijar e beija e pronto? - pergunta Dalva e Valentina fica apavorada - Isso é inadmissível! Ela está achando que é só assim, simplesmente te beijar e pronto? Não.. não mesmo!

- Vó.. pelo amor de Deus vó, não foi isso não. Ela não quis me beijar e me beijou não. Eu quem beijei ela vó. Ela não tem culpa não vó..

- Valentina! Oque deu em você para simplesmente beijar a menina.

Será que vale a pena amar!? 9Onde histórias criam vida. Descubra agora