Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sou Henrique Cortez González, filho de Lorenzo Cortez e Lídia González. Tenho 30 anos e um irmão mais novo, Fernando. Sou formado em TI e sempre fui apaixonado por tecnologia, contrariando meu pai, que era um mafioso muito poderoso aqui na Itália. Como mafioso, ele era um carrasco; como pai, um péssimo exemplo; e como marido, era um canalha. Mesmo casado com minha mãe, nunca deixou de se envolver com outras mulheres.
Minha infância não foi nada fácil. Enquanto eu queria brincar e viver como qualquer criança normal da minha idade, minhas obrigações como filho primogênito de um mafioso me sufocavam.
Eu era apenas uma criança. Minha paixão era a tecnologia. Não queria ser um mafioso cruel como meu pai. Várias vezes, eu fugia dos treinamentos para jogar bola com alguns garotos da vizinhança e, consequentemente, apanhava do meu pai. Eu era trancado no quarto como forma de castigo. O meu refúgio era a minha mãe e meu irmão. Ela me defendia do meu pai com unhas e dentes.
Minha mãe era a melhor do mundo. Ela me criou com muito amor e carinho, diferente do meu pai. Lembro quando o Fernando nasceu; eu estava com 9 anos e fiquei tão feliz por ter um irmãozinho. Minha mãe estava radiante por ter se tornado mãe pela segunda vez; porém, meu pai não parecia nem um pouco feliz. Ele estava estranho, como se estivesse escondendo algo, mas ninguém além de seu braço direito sabia o que estava acontecendo. Ele passava noites fora de casa e, às vezes, chegava tarde.
Um certo dia, eu escutei uma conversa do meu pai no celular. Ele estava nervoso; aparentemente, algo deu errado, mas eu não sabia do que se tratava. Quando eu perguntava, ele dizia que era coisa da máfia. O tempo foi passando, Fernando completou um ano de idade e eu, dez anos. Aparentemente, estava tudo bem, mas um dia minha mãe chegou em casa furiosa. Ela descobriu que o meu pai estava traindo-a com outras mulheres, inclusive com uma de suas amigas. A discussão foi séria. No dia seguinte, eu fui acordar minha mãe para tomar café e vi o seu rosto machucado. Perguntei o que havia acontecido e ela me disse que tinha se machucado acidentalmente.
Passados alguns dias, meus pais estavam brigando novamente. Minha mãe descobriu algo ainda pior sobre meu pai; com certeza era mais uma traição. Em um final de semana, mamãe levou Fernando e a mim à casa da vovó Helena e do vovô Luiz. Passamos o final de semana brincando com o cachorro da família, Hércules. Sempre gostei muito de bichos de estimação. Éramos os únicos netos; minha mãe era filha única, por isso éramos muito mimados pelos nossos avós maternos. Não conhecemos nossos avós paternos; meu pai disse que eles morreram em um acidente em que a casa pegou fogo.
Chegando em casa, meu pai estava na varanda bebendo algo em uma garrafa. Fui em sua direção para lhe dar um abraço. Ao me aproximar, notei que sua camisa e suas mãos estavam sujas de sangue. Fiquei assustado; meu pai estava mais estranho do que o normal. Perguntei por minha mãe, mas ele disse que provavelmente estaria no quarto. Então, saí em direção à sala, subi as escadas, cheguei à porta do quarto e bati duas vezes em seguida, mas ninguém respondeu. Resolvi abrir, e foi nesse momento que meu coração se partiu em vários pedaços.