"Plano"

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Humberto:

Ficamos surpresos com a notícia da morte do Henrique. Agora, mais do que nunca, estamos focados nas investigações. Conseguimos provas de que a Beatriz e o Bernardo estão juntos. Informamos a polícia e, agora, eles são oficialmente foragidos. Mal posso esperar pela justiça, quero poder viver em paz e pedir a Pérola em casamento, pois não tenho dúvidas de que ela é a mulher da minha vida.

- Oi, minha linda, digo enquanto beijo sua testa. Que cheiro bom, comento ao destampar a panela.

- Ei, ei, tire essas mãos daí, mocinho, diz Pérola, ameaçando-me com a colher.

- Nossa, o cheiro está ótimo, diz Gabriel ao entrar na cozinha.

- É verdade, agora deu até fome, comenta Tatiana.

- Vocês estão famintos, hein? Esperem a hora do almoço. A propósito, como está o Miguel? pergunta Pérola.

- O Miguel está bem, mãe. Vamos visitá-lo mais tarde, responde Gabriel. Ele sente sua falta.

Gabriel:

Almoçamos e agora estou indo visitar o Miguel, nosso novo vizinho. Ele é uma pessoa incrível e temos uma ótima conexão. A Tati diz que ele é como um irmão mais velho para ela. Chegando toco a campainha.

- Oi, Gabriel! Entre, ele diz com um sorriso. Cadê a Tati?

- Adivinha? Ela almoçou e já foi dormir. Ela é muito dorminhoca. E você, como está? E a queimadura?

- Estou bem, dentro do possível. Com o tempo, tudo melhora. A queimadura está cicatrizando, e a Maria tem me ajudado bastante com os curativos.

- É, meu amigo, espero que você fique longe do fogão. Além de queimar a água, você ainda se queimou, Gabriel ri do amigo.

- Pode deixar, Gabriel, vou manter esse rapaz na linha, diz Maria ao entrar na sala.

Depois de muita conversa, volto para casa e noto um carro suspeito na esquina da rua. Acelero o passo, abro o portão e verifico o sistema de segurança. Desta vez, ninguém escapa.

Bernardo:

- Como você pôde ser tão idiota? Bernardo pergunta, nervoso.

- Não grite comigo, seu imbecil! Estou cansada de vocês, responde Beatriz, furiosa.

- Parem de brigar, que saco! Vocês não têm um plano para revisar? pergunta John.

Bernardo estava irritado; conviver com Beatriz não era nada fácil, mas eles compartilhavam um objetivo em comum: acabar com as famílias de Henrique e Humberto. Por isso, ele tinha que aguentá-la, mas a pergunta é: por quanto tempo?

Depois de revisar o plano, estavam prontos para agir a qualquer momento. Em um carro sem placa, havia armas e objetos para tortura; eles não estavam brincando.

- Humberto, Gabriel e Pérola são meus. Ninguém toca neles, afirma Bernardo enquanto carrega sua arma.

- Tatiana é minha, diz John.

- Meus queridos avós, a família do Henrique e a desgraçada da Mary são meus. Eu vou destruí-los, declara Beatriz.

- Vocês são tão psicopatas, credo! diz John, assustado, enquanto Beatriz e Humberto riem

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O ar na casa de Humberto era denso, carregado de tensão. O cheiro de pólvora pairava no ar, misturado ao aroma de café recém-coado, um contraste bizarro que refletia a atmosfera daquela noite. Cada membro da família, incluindo o próprio Humberto, estava em alerta máximo.

A casa, antes um refúgio acolhedor, agora se assemelhava a uma fortaleza. Seguranças, com rostos impassíveis e mãos firmes sobre armas, patrulhavam o perímetro, seus olhos atentos a qualquer movimento suspeito. O sistema de alarme, recém-instalado, piscava ameaçadoramente, pronto para disparar um grito de alerta ao menor sinal de intrusão.

A polícia, ciente do risco iminente, mantinha uma vigilância constante, pronta para intervir em caso de necessidade. O telefone tocava insistentemente, com novas informações e ordens vindas do comando. Cada toque era um prego a mais no caixão da paciência de Humberto, alimentando o medo que se instalara em seu coração.

Desta vez, eles não escapariam. A ameaça era real, palpável, pairando sobre cada um como uma nuvem escura. A sensação de impotência, de estar à mercê de algo maior e mais poderoso, era sufocante. Humberto encarou sua família, seus rostos pálidos e tensos espelhavam o seu próprio medo.

A única certeza que ele tinha era que, se a batalha fosse travada, eles lutariam até o fim. Por seus entes queridos, por sua casa, por tudo que haviam construído. A noite se estendia, cada segundo se tornando uma eternidade. A qualquer momento, o inferno poderia se desencadear.

Humberto chamou a atenção de todos na sala e disse: "Quero compartilhar algo. Independentemente do que aconteça esta noite, quero que saibam que amo vocês. Esse amor vai durar até meu último suspiro." Ele falou isso com emoção enquanto abraçava sua família.

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