"Senhora Cortez"

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Semanas depois, a casa de Henrique fervilhava de energia. A reforma estava a todo vapor, e a animação era contagiante. Mary, dona Helena, seu Luiz, Mari, Fernando e Henrique, unidos como uma verdadeira família, vibravam com cada etapa da obra. Os engenheiros, com seus capacetes e ferramentas, trabalhavam incansavelmente, transformando o sonho em realidade.

Mary, radiante, cuidava do jardim com carinho, plantando rosas vermelhas que coloriam o espaço com sua beleza. Luna, sua gatinha, e Zeus, o cachorro de Henrique, faziam companhia à Mary, brincando entre as flores e os canteiros. A atmosfera era de pura alegria, um contraste com o passado sombrio de Henrique.

As cartas de sua mãe, cheias de amor e esperança, haviam despertado algo dentro dele. A vida de mafioso, antes tão atraente, agora parecia vazia e sem sentido. Henrique, com o coração leve e a alma renovada, havia renunciado ao seu antigo cargo, buscando uma nova vida, uma vida de paz e felicidade ao lado de sua família.

A reforma da casa era mais do que uma simples mudança de ambiente. Era um recomeço, uma promessa de um futuro brilhante e cheio de amor. Henrique, Mary, dona Helena, seu Luiz, Mari e Fernando, unidos por laços fortes e um desejo de construir um lar feliz, estavam prontos para escrever um novo capítulo em suas vidas.

Três dias depois, a casa estava reformada. Henrique, radiante, observava cada detalhe, a satisfação estampada no rosto. Mary, ainda mais feliz que ele, vibrava com a conquista do namorado. A vida parecia fluir em perfeita harmonia. No trabalho, Mary brilhava com sua inteligência, conquistando admiração e reconhecimento. Fernando, seu cunhado e chefe, estava eufórico com a nova parceria com a empresa Caccini. Humberto, Henrique e Fernando, irmão mais novo, formavam um trio imbatível, trabalhando em sintonia. Era a imagem perfeita de uma família unida e bem-sucedida.

Mas, por trás da fachada impecável, um segredo inquietava o coração de Henrique. O desaparecimento do tio , o assombrava. A incerteza sobre o seu paradeiro, a falta de pistas sobre seu destino, o deixavam angustiado.

A busca por respostas se tornava uma obsessão silenciosa. Henrique, por mais que tentasse se concentrar na vida presente, não conseguia se livrar da sensação de que algo importante estava faltando. A felicidade, tão frágil, poderia ruir a qualquer momento, como um castelo de areia ameaçado pela maré.

- Oi, amor, Mary entrou na sala e cumprimentou: oi, Fernando.

- Oi, cunhada.

- Vim aqui apenas para passar um recado da vovó Helena: não se atrasem para o jantar hoje à noite.

- Nossa, eu pensei que você tinha vindo me dar um beijinho, disse Henrique, fingindo estar decepcionado.

- "Eu dou quantos você quiser, meu amor," Mary diz enquanto se aproxima de Henrique e dá um selinho em seus lábios.

- "Nossa, como vocês são grudentos! Isso é contagioso?" Fernando pergunta em tom de brincadeira.

- "Um dia você vai ter alguém para ser grudentinho também, maninho," Henrique responde, zombando de Fernando.

- "Você vai ficar louquinho de amor," Mary complementa.

- "Deus me livre, não quero isso não. Estou bem assim, a vida de solteiro é a melhor coisa que existe," Fernando responde.

- "Você vai se apaixonar, e vai ser por uma morena. Eu sei que você tem uma queda por morenas, pode anotar isso na sua cabeça. E quando isso acontecer, eu serei a madrinha do seu casamento. Tchau, meninos," Mary se despede e sai da sala.

- "Que medo dessa menina, ela falou tão sério que quase acreditei," Fernando diz, assustado.

- "Cuidado, viu? A qualquer momento o amor pode te pegar e nunca mais te soltar. Olha para mim, quem diria que eu estaria tão apaixonado por uma mulher," responde Henrique.

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