"A notícia"

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Mary:

Por volta das dez horas da noite, Dona Helena, Mari e eu estávamos na sala aprendendo a fazer tricô. Lembro que minha mãe costumava fazer vestidos de tricô para mim, e agora estou gostando muito de aprender também.

- Parece que ser jardineira não é seu único talento, Mary. Você também se sai bem no tricô, diz Dona Helena.

- É verdade, Mary, você tem talento para isso, concorda Mari.

- Vocês são incríveis, eu amo vocês, digo enquanto as abraço. De repente, a campainha toca.

- Deixa que eu atendo, Dona Helena, diz Mari levantando-se para ir até a porta. Ela abre a porta e um homem fardado aparece perguntando por Dona Helena.

- Sou eu. O que deseja, meu jovem? pergunta Dona Helena.

- Recebi a informação de que a senhora é avó de Henrique Cortez González. É verdade? pergunta o homem.

- Sim, sou Helena González e ele é meu neto mais velho. Algum problema?

- Ele... ele sofreu um acidente de carro. O carro capotou e acabou explodindo. Sinto muito.

Mas o seu neto, infelizmente, não sobreviveu, diz o homem.

- O quê? O meu neto, o meu Henrique? Isso é mentira, não pode ser! Meu Deus! diz dona Helena, desesperada.

- Dona Helena, a senhora precisa ser forte. Mary, me ajude a colocar ela no sofá, diz Mari. Com o impacto da notícia, dona Helena desmaia e é levada para o hospital pelo homem e por Mari.

Sem acreditar, sigo em direção à casa dele. Bato na porta até que Beatriz atende.

- O que você quer, sua inútil? pergunta ela, irritada.

- Saia da minha frente! Vim procurar o Henrique. Onde ele está? O que você fez com ele, sua psicopata? pergunto nervosa.

- Do que você está falando? Eu não sei onde está o Henrique, muito menos para onde ele foi.

Minha cabeça parece que vai explodir a qualquer momento, meu peito está apertado e eu quero gritar, mas não consigo.

- Você é uma vagabunda mesmo! Não se cansa de procurar o meu noivo. Para o seu bem, eu aconselho você a deixar o Henrique em paz, porque ele é meu e de mais ninguém.
Beatriz, furiosa, avisa: "Saiba que posso me tornar uma psicopata se me irritarem. Ou você o deixa em paz, ou eu acabo com você."

-"Não tenho medo das suas ameaças, sua cobra venenosa," respondo, me dirigindo à saída, mas sou barrada por um homem fardado.

- "É aqui que mora Beatriz Soares?" ele pergunta.

-"Sou eu," ela responde.

-"Tenho péssimas notícias para você. Infelizmente, seu noivo sofreu um acidente de carro e não sobreviveu."

- "O quê? O Henrique morreu? Você está mentindo, seu idiota! Isso não pode ser verdade!"

- Infelizmente, é verdade, senhora."

- "Merda, que ódio! Isso não pode estar acontecendo," Beatriz diz, indignada.

Atordoada, eu ando pelas ruas, lágrimas escorrem pelo meu rosto. Não consigo acreditar que ele se foi. Isso não pode ser verdade, meu Deus, meu amor me deixou para sempre. Movida pela tristeza, sento no chão, olho para o céu e grito com todas as minhas forças: "Henriqueeeeeeeeee, cadê você, meu amor? Não me deixe, eu preciso de você!"

 Movida pela tristeza, sento no chão, olho para o céu e grito com todas as minhas forças: "Henriqueeeeeeeeee, cadê você, meu amor? Não me deixe, eu preciso de você!"

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Beatriz, tomada pela raiva, arremessa retratos e frascos de perfume no chão. Nesse momento intenso, sua verdadeira natureza se revela, mostrando-se uma pessoa desprezível disposta a tudo por vingança. Levantando-se de sua cadeira de rodas, ela se dirige ao armário, onde pega uma maleta cheia de dinheiro e uma arma. Ela é muito mais do que apenas uma mulher bonita; sua ambição é ilimitada e seu veneno pode ser letal.

Beatriz:

Pensando bem , a morte do Henrique me trouxe uma grande vantagem. Só de saber que não precisarei mais usar aquela cadeira desconfortável já me dá um certo alívio. E, no final das contas, essa casa será minha mais cedo ou mais tarde; é apenas uma questão de tempo.

Todos eles vão me pagar, terei a satisfação de me vingar deles pessoalmente. Aqueles dois velhos idiotas , a inútil da Mari E a vagabunda da Mary

 Aqueles dois velhos idiotas , a inútil da Mari E a vagabunda da Mary

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