Tatiana:
Estou muito contente com tudo o que está acontecendo. Finalmente estamos em paz, e o casamento do meu pai trouxe muita alegria. Agora, teremos mais um membro na família, pois minha sogra está grávida e eu vou ganhar um irmão ou uma irmã.
Daqui a um mês, vou realizar o meu sonho de me casar com o amor da minha vida, Gabriel. Mal posso esperar para me tornar a esposa dele.
Enquanto caminho em direção à minha galeria, percebo que alguém está me seguindo. Acelero o passo, mas o homem continua atrás de mim. Decido ligar para o Gabriel.
- Oi, amor.
- Gabriel, escuta, tem alguém me seguindo.
- O que? Onde você está?
- Estou perto da galeria.
- Tati, se esconda até eu chegar. Estou a caminho, não desligue o celular, fica na linha.
Olho para trás e não vejo mais o homem, mas de repente sinto alguém cobrindo minha boca.
O aperto na minha boca era forte, sufocante. A mão que me segurava era grossa e fria. A escuridão me envolveu de repente, como se um véu preto tivesse sido jogado sobre mim. Tentei gritar, mas o som morreu na minha garganta, preso pela mão que me silenciava.
Senti um cheiro forte de álcool e suor, e o medo me congelou. Era ele, o homem que me seguia. Tentei me debater, mas ele era mais forte. Me arrastaram por um beco escuro, o cheiro de lixo e urina me fazendo querer vomitar.
Meu celular caiu no chão, a ligação com Gabriel se rompendo. A tela apagou, e com ela, a esperança de ser encontrada.
Onde me levaram? O que pretendiam fazer comigo? As perguntas martelavam na minha cabeça, enquanto a escuridão e o medo me engolfavam.
O cheiro nauseante de mofo e algo indefinidamente metálico me fez querer vomitar. As cordas que me prendiam apertavam minhas mãos, a circulação já começava a falhar. Olhei para os lados, procurando por uma saída, mas a única abertura era uma pequena janela alta, inacessível.
Um estrondo metálico ecoou pela sala, me fazendo estremecer. Um homem alto e imponente entrou, sua postura rígida e ameaçadora. Seus olhos escuros, quase negros, me encaravam com uma intensidade que me congelou.
Ele se aproximou lentamente, cada passo ecoando no silêncio da sala. Seus olhos pareciam perfurar a minha alma, e senti um frio gélido percorrer meu corpo. O cheiro metálico se intensificou, e eu percebi que ele emanava do homem.
Ele parou a poucos centímetros do meu rosto, e sua respiração quente e ofegante me fez sentir um medo visceral. As palavras que ele iria dizer, a intenção em seus olhos, tudo era um mistério que me aterrorizava.
Gabriel:
Cheguei rapidamente à galeria da Tati e encontrei o celular dela no chão. Tarde demais; levaram ela. Liguei para a polícia e avisei meu sogro. Quem poderia ter feito isso e por quê, justo agora que estávamos tranquilos? Para onde levaram você, meu amor? Não importa, eu vou te encontrar. Aguente firme, princesa.
A polícia suspeita que pode se tratar de um sequestro seguido de um assalto, e acredita que a qualquer momento poderão ligar pedindo dinheiro pelo resgate. No entanto, sinto que a situação é mais complexa do que parece. Poderia ser a Beatriz, já que ela está foragida. Há muitas outras questões a serem investigadas, e eu vou descobrir o que for necessário. Quem quer que seja, eu vou trazer meu amor de volta.
Tatiana:
O ar ficou denso, carregado de uma expectativa que me deixava inquieta. O homem, com seus olhos escuros e penetrantes, me analisava com um olhar que parecia querer decifrar a minha alma. A cadeira de madeira fria sob meu corpo me lembrava da fragilidade da minha situação.
O silêncio era ensurdecedor, quebrado apenas pelo tique-taque do relógio na parede, que parecia marcar o tempo que se esvaía. Cada segundo que passava aumentava a tensão que pairava no ar.
A expressão séria do homem me deixava sem saber o que esperar. Seria uma reprimenda? Uma punição? Ou algo ainda pior? A incerteza me aprisionava, me deixando à mercê da sua decisão.
Meu corpo tremia levemente, e minhas mãos estavam úmidas de suor. Eu tentava controlar a respiração, mas a adrenalina me impedia de manter a calma.
O homem finalmente abriu a boca, e a sua voz rouca e grave ecoou na sala.
" Olá pequena Florzinha"
- Como você sabe meu apelido? - pergunto, tremendo.
- Eu sei tudo sobre você, "Pequena Florzinha", absolutamente tudo - diz o homem com uma voz firme.
- O que você quer de mim?
- Calma, "Florzinha", você vai descobrir, mas não agora - ele responde de forma fria.
- Me deixe ir embora. Se é dinheiro que você quer, eu dou, mas por favor, me deixe ir - imploro.
- Eu não quero seu dinheiro, isso não é um problema para mim. O que eu quero só seu pai pode me dar - responde o homem. - Mas por enquanto, você será minha convidada de honra. Será um prazer ter sua companhia por um mês.
- O que? Um mês? Eu vou me casar daqui a um mês - digo, furiosa.
- Sinto muito, mas você não vai se casar - ele responde com desprezo e sai, me deixando sozinha.
Isso não pode estar acontecendo. É um pesadelo horrível, não é real, não é real, digo a mim mesma enquanto choro.
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𝙼𝚈 𝙷𝙰𝙲𝙺𝙴𝚁
RomanceA ᴠɪᴅᴀ é ʀᴇᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴄʜᴇɪᴀ ᴅᴇ sᴜʀᴘʀᴇsᴀs, ᴇ ɴãᴏ ᴘᴏᴅᴇᴍᴏs ᴛᴇʀ ᴄᴇʀᴛᴇᴢᴀ ᴅᴇ ɴᴀᴅᴀ. O ᴅᴇsᴛɪɴᴏ é ɪɴᴄᴇʀᴛᴏ ᴇ ᴘᴏᴅᴇ ᴛᴀɴᴛᴏ ᴜɴɪʀ ϙᴜᴀɴᴛᴏ sᴇᴘᴀʀᴀʀ ᴀs ᴘᴇssᴏᴀs. Nᴏ ᴇɴᴛᴀɴᴛᴏ, ʜá ᴀʟɢᴏ ᴀɪɴᴅᴀ ᴍᴀɪs ᴘᴏᴅᴇʀᴏsᴏ ϙᴜᴇ ᴘᴏᴅᴇ ғᴀᴢᴇʀ ɪssᴏ: ᴏ ᴀᴍᴏʀ ᴇ ᴏ óᴅɪᴏ. Essᴇs ᴅᴏɪs sᴇɴᴛɪᴍᴇɴᴛᴏs ᴛêᴍ ᴀ ᴄᴀᴘ...
