Amor Ou Vingança ¿?

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Mary:

vejo uma senhora de cabelos brancos. Quando nossos olhares se encontram, ela me sorri, um sorriso que me é muito familiar.

- Oi, minha menina, que bom que você acordou - diz ela, aproximando-se e me dando um beijo na testa.

- Dona Helena, como a senhora me encontrou? - pergunto quase em um sussurro.

- Não force a voz, meu amor. Você está a salvo agora, eu vou cuidar de você.

Não consigo entender como ela me achou, mas fico aliviada ao ver um rosto conhecido. A enfermeira entra para trocar os curativos enquanto o médico me examina.

- Olá, Senhorita Mary. Eu sou o médico responsável por cuidar de você. Você está se recuperando muito bem e já está fora de perigo, mas é importante ter cuidado. Por enquanto, você não pode receber alta.

- Pode deixar, doutor, eu vou cuidar dela. Assim que ela receber alta, vai morar comigo, diz dona Helena com um sorriso.

- A propósito, a senhora já avisou o Henrique que ela acordou? Ele ficou muito preocupado com ela.

Como é? O neto da dona Helena se preocupa comigo? Nós nem nos conhecemos. Eu realmente quero sair daqui e poder conversar normalmente; tenho tantas perguntas. E como vou contar para dona Helena que tentaram me matar e que provavelmente vão tentar de novo? Não quero envolvê-los nessa confusão, isso não seria justo.

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Três dias se passaram e Mary estava muito melhor. Dona Helena cuidava dela com carinho, mas a ameaça era constante. Marcos estava cada vez mais possesso de ódio, sua identidade já não era mais um segredo para Henrique. O mesmo estava uma pilha de nervos, mas o que o confortava era saber que Mary estava fora de perigo. No entanto, enquanto Marcos estivesse vivo, ela não teria paz. Mary fez muitas perguntas sobre quem a salvou, mas Henrique pediu para que ela não soubesse de nada por enquanto.

Mary estava preocupada com a possibilidade de Marcos causar algum dano à família de Dona Helena e pediu que eles se mantivessem afastados dela. Por isso, Henrique decidiu se revelar a ela apenas após a morte de Marcos. Todas as noites, ele vai até o quarto dela enquanto ela dorme para vê-la.

A história de Henrique e Mary é um turbilhão de emoções! O amor que ele sente por ela, essa "ruivinha dos olhos verdes", parece ter abalado as fundações de sua busca por vingança. A intensidade do sentimento o envolve completamente, fazendo com que seus objetivos originais percam o foco.

É como se uma força irresistível o puxasse para perto de Mary, enquanto a promessa de vingança o mantivesse preso a um passado doloroso. Ele está dividido entre o desejo de justiça e a necessidade de proteger a mulher que ama.

Mas será que esse amor é realmente mais forte que o desejo de vingança? Ou será que a paixão por Mary é apenas uma distração momentânea, um refúgio para o sofrimento que ele carrega?

A resposta para essa pergunta reside no coração de Henrique. Ele precisa se confrontar com seus próprios sentimentos e decidir qual caminho escolher.

A vingança pode trazer um falso sentimento de justiça, mas pode também corroer a alma e destruir tudo ao seu redor. O amor, por outro lado, pode ser uma força poderosa de cura e redenção, mas também pode ser cego e levar a decisões precipitadas.

Henrique precisa encontrar um equilíbrio entre esses dois polos opostos. Ele precisa decidir se a vingança é o único caminho para a paz ou se o amor pode ser a chave para a verdadeira felicidade.

A jornada de Henrique será longa e difícil, mas a resposta para a pergunta "O amor é mais forte que a vingança?" só será revelada quando ele finalmente se encontrar consigo mesmo.

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