Contar a verdade para Mary não foi fácil, mas era algo necessário. Saber que ela entende meus motivos e me perdoa é um grande alívio. Sentir seus lábios nos meus foi a melhor experiência da minha vida. Ela é tão linda, parece um anjo adormecido. Eu a amo de todo o coração.
- No que você está pensando, senhor Henrique? - ela pergunta, sorrindo.
- Em você, meu amor, a única que possui meu coração.
- Ah, que homem romântico! Quando terei alta? Não aguento mais ficar deitada.
- Calma, senhorita. Você está em recuperação.
- Eu sei, mas estou com saudades da nossa família.
- Logo você poderá matar essa saudade, minha princesa. Agora, descanse - digo, puxando-a para meu peito e dando um beijo em sua cabeça.
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Cinco dias se passaram desde que Mary foi internada, e a alegria finalmente tomou conta da casa. A notícia da alta médica chegou como um raio de sol, dissipando as nuvens de preocupação que pairavam sobre a família.
Henrique, estava radiante. Seus olhos brilhavam com a felicidade de poder ter sua amada de volta. Ele mal conseguia conter a ansiedade, a cada minuto que passava, a expectativa aumentava.
Dona Helena, não cabia em si a alegria. A preocupação a consumia durante os dias de internação, e agora, a felicidade era tão intensa que parecia que o coração ia saltar para fora do peito.
Mari, e Fernando, também estavam eufóricos. A família reunida, finalmente completa, era o que todos desejavam.
Seu Luiz, vibrava com a notícia. A força da família era o que o mantinha forte e a volta de Mary era a prova de que a união e o amor sempre vencem.
A casa se enchia de risos e conversas animadas. A atmosfera era de pura felicidade, e a expectativa pela chegada de Mary era palpável. A família estava pronta para recebê-la de braços abertos, para celebrar a vida e a saúde que haviam sido restauradas.
- Você acha que ela vai gostar da surpresa? pergunta Dona Helena.
- Com certeza, responde Henrique.
- Mal posso esperar para abraçá-la, diz Mari com um sorriso.
- Eu também sinto falta da minha melhor amiga, e agora ela é cunhada, não é, maninho? Fernando pergunta a Henrique, sorrindo.
- Se depender de mim, sim, Henrique, responde Fernando com um brilho nos olhos.
- Vovó, eu chamei algumas pessoas especiais que me ajudaram quando eu mais precisei, e gostaria que vocês e a Mary as conhecessem.
- Que notícia maravilhosa, meu filho! Quem cuida bem da minha família merece meu respeito e admiração.
- Vou buscar a Mary enquanto vocês terminam de organizar as coisas.
Mary:
Hoje recebi alta, graças a Deus. Henrique veio me buscar, e eu pensei que ficaria feliz ao vê-lo, mas ele parece distante. Provavelmente aconteceu algo. Fizemos o trajeto até em casa em completo silêncio. Tentei iniciar uma conversa, mas fui ignorada com um sussurro.
Ao chegar em casa, ele me ajudou a descer, mas não olhou nos meus olhos.
- Pode entrar, Mary, e avisa a vovó que precisei sair para resolver algo importante - ele disse de maneira séria.
- Ok, eu aviso sim - respondi sem olhar para trás, enquanto ouvia ele sair com o carro. O que aconteceu, meu Deus?
Entrei devagar, mas parei porque a sala estava escura e não havia sinal de que alguém estivesse em casa. Fui em direção à varanda dos fundos, que também estava escura. Quando me aproximei da porta, várias luzes se acendem de repente........ SURPRESA!!
Olho para frente, um pouco assustada, e vejo o ambiente todo decorado com rosas vermelhas. Eu amo flores, especialmente rosas, e eles pensaram em cada detalhe.
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- Vocês são incríveis, digo emocionada.
- Não chore, meu amor. Nós te amamos muito, diz Dona Helena enquanto me abraça. Estávamos com saudades.
- É verdade, Mary. Sentimos muito a sua falta, diz Seu Luiz. Bem-vinda de volta, minha neta.
- Agora é a minha vez, diz Fernando, emocionado. Senti saudades, maninha.
- Eu também senti muita falta de vocês.
- De mim ninguém sente falta, né? Mari diz, fazendo uma cara de decepção.
- Claro que senti sua falta, Mari, respondo, dando um abraço apertado nela.
- Vovó, o Henrique pediu para avisá-la que precisou sair para resolver algo importante.
- Tudo bem, minha neta. Ele não deve demorar. Vem, vamos ao seu quarto; eu tenho um presente para você.
- Não precisava de presente, Vovó, digo enquanto me deito na cama.
- Hoje é um dia especial, Mary. Quero que você esteja linda. Meu neto vai ter um treco; ela diz com um sorriso.
- Não sei, Vovó. Ele mal olhou para mim hoje.
- Impressão sua, Mary. Ele não vai demorar a chegar. Então, querida, você vai tomar um banho relaxante e depois vestirá esse lindo vestido. Se precisar de algo, é só me chamar, ela diz, saindo do quarto.
Vou em direção ao banheiro, tiro minhas roupas e deixo a água morna escorrer pelo meu corpo. Não consigo parar de pensar na maneira estranha como Henrique me tratou. Estávamos tão bem; será que ele se arrependeu de ter dito que me ama?
Arrumo meu cabelo, faço uma maquiagem simples e olho para o vestido em cima da cama. Não consigo evitar um sorriso. Ele é lindo. Ao terminar de me vestir, coloco um perfume e, ao olhar no espelho, sinto-me uma verdadeira princesa.
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Henrique:
Estou me sentindo muito ansioso, nunca experimentei isso antes. Embora seja complicado, preciso agir, pois não posso continuar assim. Preciso ser honesto com a Mary, essa situação não é adequada para mim. Não sei como ela vai reagir, mas não podemos seguir dessa forma.
