"Ligação Perigosa"

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Mansão Cortez González >

Henrique e Mary, dois meses depois do casamento, viviam em uma bolha de felicidade. O amor e a paixão que sentiam um pelo outro transbordavam em cada olhar, em cada toque, em cada sorriso. A casa, era um refúgio aconchegante, decorado com detalhes que refletiam a união deles.

O dia a dia era uma melodia suave, com a sinfonia perfeita de risadas, conversas animadas e momentos de puro romantismo. Henrique, um homem prático e dedicado, cuidava da casa e da vida financeira com o mesmo amor que dedicava a Mary. Ela, por sua vez, enchia o lar com a sua alegria contagiante, a culinária deliciosa e o cuidado que sempre demonstrava com o marido.

Henrique:

Estou no meu escritório trabalhando, e a empresa cresce a cada dia. Minha vida está muito melhor do que antes, casado com o amor da minha vida. Meus amigos e minha família também estão felizes, e a vida está ótima. Enquanto estou perdido em meus pensamentos, ouço o telefone tocar...

- Alô... - digo ao atender.

- Olá, filho querido, quanto tempo, hein? - diz uma voz que me causa arrepios.

- Lorenzo? O que você quer? - pergunto, irritado.

- Calma, filhinho. É assim que você fala com seu pai? - ele responde com deboche.

- Você não é meu pai, seu monstro. Me deixe em paz ou não me responsabilizo pelo que posso fazer - digo nervoso.

- Se eu fosse você, não me ameaçaria. Ah, e antes que eu esqueça, sua esposa é muito bonita. Você tem bom gosto, viu? - ele diz, antes de desligar.

Não pode ser, ele está seguindo a Mary. Desesperado, ligo para ela, mas a chamada vai para a caixa postal. Espero que você esteja bem, meu amor.

Lembro do GPS no carro. Ele mostra que ele esta estacionado na empresa. Decido ir buscá-la, peguei a chave e desci as escadas. Ao abrir a porta, encontrei Mary chegando.

- Meu amor, vai sair? - ela perguntou, e eu sinto um alívio ao ver que ela está bem.

- Eu estava indo te buscar. Olhei o GPS e vi que você estava na empresa, e fiquei preocupado porque já era noite - respondi, tentando esconder meu nervosismo para não preocupá-la.

- Eu estava na empresa, mas meu carro apresentou um problema. Então, liguei para a Tatiana, que me buscou e me trouxe para casa. O carro ficou no estacionamento da empresa. Vamos entrar, porque está muito frio aqui - ela disse, me puxando para dentro de casa. - E você, vai me contar o motivo dessa preocupação? Sem enrolação, Henrique, eu sei que algo está acontecendo, vejo isso nos seus olhos.

- É verdade, precisamos conversar, meu amor. Vamos subir - respondi, subindo as escadas, e ela me acompanhou.

Entramos no quarto e nos sentamos na cama, um de frente para o outro.

- Bom... agora me diga por que você está tão preocupado e por que esses lindos olhos castanhos estão cheios de medo? - ela pergunta, segurando minhas mãos.

- Recebi uma ligação do Lorenzo... - respondo, sentindo raiva.

- O que? Como ele conseguiu seu número, amor? O que ele disse? - ela pergunta, nervosa.

- Ele não falou muito, mas elogiou você e disse que eu tenho bom gosto porque você é muito linda. Por isso, eu estava indo te buscar. Fiquei com medo de que ele tivesse feito algo com você, eu não suportaria te perder, amor.

- Você não vai me perder, meu amor. Vou tomar mais cuidado, aceito andar com os seguranças e também usar o colar, os brincos e o anel com rastreador que você mandou fazer - diz ela, me abraçando.

𝙼𝚈 𝙷𝙰𝙲𝙺𝙴𝚁Onde histórias criam vida. Descubra agora