Beatriz:
Estou exausta, preciso fazer com que o Henrique se apaixone por mim ou vou ter que tomar atitudes drásticas.
- O Henrique já chegou? Pergunto à governanta.
- Boa Noite, pra você também, Beatriz. E não, eu não sei onde está o Henrique.
Vou em direção à varanda e vejo o Henrique saindo. Já está tarde.
- Vai sair, Henrique? Para onde você vai?
- Onde não te interessa. Me deixe em paz, ele responde de forma ríspida.
Isso não vai ficar assim. Vou me vingar de todas as humilhações. Subo para o meu quarto, pego o celular e ligo para alguém que tem os mesmos objetivos que eu.
- Olá, não esperava sua ligação. A que devo a honra?
- Temos interesses em comum. Podemos nos unir, o que acha?
- É uma proposta interessante. Se você conseguir se casar com ele, garantimos uma parte do plano. E eu posso ajudar com a segunda parte; isso será divertido. Proposta aceita.
- Certo, qualquer novidade eu te aviso. Foi um prazer fazer negócios com você.
Henrique:
Sinto uma sensação estranha, algo me incomoda, mas não consigo identificar o que é. Decido sair um pouco, pego meu carro e dou uma volta na praça, passando pela rua da minha antiga casa. Uma vontade intensa de entrar me invade, então estaciono o carro, desço e abro o portão. Ligo a lanterna do celular enquanto caminho em direção à porta, mas percebo que esqueci a chave. Opto por usar as portas dos fundos, tiro a chave do bolso e sigo até lá. No entanto, ao iluminar o chão com a lanterna, vejo algo que faz meu coração disparar. Há uma pessoa caída no chão, com uma faca cravada no peito, e em seu colo, um gato com o pelo ensanguentado. Naquele momento, é como se eu estivesse revivendo o que aconteceu com a minha mãe. Mesmo em estado de choque, me aproximo para tentar identificar a pessoa e percebo que é uma mulher, por causa dos cabelos ruivos. Rapidamente, ligo para a emergência, que não está muito longe, e acompanho os médicos até o hospital. Quem será essa mulher?
Ao chegar ao hospital, os médicos agem rapidamente, pois em situações assim, cada minuto é crucial. A todo momento, me pergunto quem é essa mulher. Não há dúvidas de que tentaram acabar com sua vida. O gatinho que estava com ela foi levado a um veterinário de minha confiança. Informaram que o estado dela é grave e que ela pode não sobreviver. Essa notícia me deixou profundamente abalado, o que é curioso, já que não a conheço. Algumas horas depois, o médico me dá a notícia de que a cirurgia foi complicada e que ela ainda está fraca devido à perda de sangue, com poucas chances de sobreviver. Ele me diz que o nome dela é Mary, um nome que me parece familiar, mas não consigo identificar o motivo. Aproveitando a distração do médico, caminho até o quarto onde ela está. Entro sem fazer barulho e me deparo com uma mulher de cabelos ruivos. Seu rosto me é familiar, assim como seu nome. Mesmo com a máscara respiratória e os hematomas, consigo discernir seus traços delicados.
Olho para a poltrona no quarto e vejo uma mochila. Embora não seja o ideal, decido procurar algo que possa ajudar a encontrar sua família. Encontro uma foto de uma garota ruiva com olhos verdes e me recordo da "Ruivinha dos olhos verdes". Era ela, por isso o nome me soava tão familiar. O que fizeram com você, pequena? As lágrimas escorrem pelo meu rosto ao lembrar do seu sorriso doce. Não consigo explicar, mas simplesmente não posso te perder. Seja forte, minha pequena.
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𝙼𝚈 𝙷𝙰𝙲𝙺𝙴𝚁
RomanceA ᴠɪᴅᴀ é ʀᴇᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴄʜᴇɪᴀ ᴅᴇ sᴜʀᴘʀᴇsᴀs, ᴇ ɴãᴏ ᴘᴏᴅᴇᴍᴏs ᴛᴇʀ ᴄᴇʀᴛᴇᴢᴀ ᴅᴇ ɴᴀᴅᴀ. O ᴅᴇsᴛɪɴᴏ é ɪɴᴄᴇʀᴛᴏ ᴇ ᴘᴏᴅᴇ ᴛᴀɴᴛᴏ ᴜɴɪʀ ϙᴜᴀɴᴛᴏ sᴇᴘᴀʀᴀʀ ᴀs ᴘᴇssᴏᴀs. Nᴏ ᴇɴᴛᴀɴᴛᴏ, ʜá ᴀʟɢᴏ ᴀɪɴᴅᴀ ᴍᴀɪs ᴘᴏᴅᴇʀᴏsᴏ ϙᴜᴇ ᴘᴏᴅᴇ ғᴀᴢᴇʀ ɪssᴏ: ᴏ ᴀᴍᴏʀ ᴇ ᴏ óᴅɪᴏ. Essᴇs ᴅᴏɪs sᴇɴᴛɪᴍᴇɴᴛᴏs ᴛêᴍ ᴀ ᴄᴀᴘ...
