Capítulo 56 - The end

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Jenna Ortega Point View

O som abafado da música vibrava pelas paredes do salão, enquanto risadas e passos ecoavam ao nosso redor. A festa de formatura estava no auge, cheia de celebrações e reencontros, mas, para mim, tudo isso era insignificante agora. O mundo parecia girar ao redor de Gwendoline, que segurava minha mão com uma mistura de hesitação e determinação.

— Isso é loucura — ela murmurou, enquanto saíamos discretamente do corredor que levava ao salão principal.

— Loucura seria não viver isso.

Ela me lançou um olhar penetrante, mas não soltou minha mão. Havia algo em seus olhos que me fazia acreditar que, mesmo com todos os "mas" e "e se" rondando sua mente, ela estava disposta a arriscar.

Paramos ao lado de Emma, que conversava animadamente com um grupo de colegas perto da pista de dança.

— Vou dar uma escapada. Você pode voltar com Catherine? — perguntei casualmente, tentando parecer mais tranquila do que realmente estava.

Emma arqueou uma sobrancelha, seu olhar rapidamente indo para Gwendoline, que esperava a poucos passos de distância, visivelmente inquieta.

— Hummm já entendi — Ela sorriu, claramente se divertindo com a situação. — Interessante.

— Emma, por favor...

Ela riu baixinho e deu de ombros.

— Tá bom, tá bom. Vai lá. Mas quero todos os detalhes depois.

Revirei os olhos e murmurei um "obrigada" antes de me virar para Gwendoline. Ela cruzou os braços, tentando disfarçar o nervosismo.

— Então... viemos em carros diferentes. Como vamos resolver isso? — ela perguntou, olhando em direção ao estacionamento.

— Emma vai pegar carona com Catherine. A questão é: você quer dirigir ou prefere que eu dirija?

Ela hesitou, os olhos fixos nos meus, antes de balançar a cabeça com um sorriso nervoso.

— Vou no seu carro, mas... eu dirijo.

— Certo. — Dei de ombros, entregando as chaves.

— Eu só vou buscar meu casaco que está no carro. Me espera aqui.

Antes que eu pudesse protestar, ela já estava caminhando até o veículo estacionado mais à frente, onde Catherine provavelmente deixaria o carro até o fim da festa.

Gwendoline voltou alguns minutos depois com o casaco nos braços, os ombros ainda tensos, mas o olhar mais firme. Ela jogou o casaco no banco traseiro do meu carro antes de tomar o lugar do motorista.

— Não confia no meu jeito de dirigir? — provoquei, fechando a porta do passageiro.

— Não confio em você me distraindo.

Eu ri e me recostei no banco, observando-a dar partida no carro. O trajeto até meu apartamento foi envolto em um silêncio carregado. Eu podia sentir a tensão no ar, mas não era desconfortável. Era a antecipação que fazia cada quilômetro parecer mais longo.

O apartamento estava à meia-luz, iluminado apenas por uma pequena luminária de mesa no canto da sala e a luz amarelada que escapava da cozinha. Gwendoline entrou em silêncio, os saltos ecoando pelo chão de madeira enquanto ela olhava ao redor, a familiaridade misturada à tensão do momento. Ela já estivera ali antes, mas tudo parecia diferente agora.

Eu fechei a porta atrás de nós, trancando-a com um clique que pareceu ressoar alto demais no espaço calmo. Gwendoline parou no meio da sala, os braços ao lado do corpo, mas havia algo em sua postura que entregava seu nervosismo. Seus olhos vagaram pelo ambiente antes de se fixarem em mim.

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