-- Temporada 2 -- Capítulo Dez

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Na manhã seguinte, acordei com uma baixa dor de cabeça, com o despertador berrando em meus ouvidos. Acho que foi a tequila que tomei ontem a noite.
Olhei para os lados e não vi Theo, me levantei e fui para o banheiro, tomar um banho e escovar os dentes. Coloquei uma roupa quente e desci as escadas silenciosamente, indo direto para a cozinha.

— Bom dia amor. — falei com a voz toda fanhosa e dei um beijo no topo de sua cabeça.

— Bom dia. — ele desviou o olhar do jornal e me observou — Você está bem?

— Estou ótima. Só um pouco de dor de cabeça. — peguei um pedaço de pão e dei uma mordida.

— Você não parece estar bem. — levantou-se e veio até mim. Colocou a mão no meu rosto e fez uma careta. — Bem, acho que terá de ficar na cama por hoje. Esta com febre.

— Não posso Theo, estou cheia de coisas pra fazer hoje. — tomei um dipirona — Você vai ver só, jájá a febre baixa.

— Nada disso senhorita. — sorriu, e segurou minha mão, me puxando para o sofá. — Agora você deite aí, eu vou preparar alguma coisa para você comer.

Dei um sorriso e peguei um cobertor, me cobrindo e ligando a televisão.
Des minutos depois, Theo voltou com algumas coisas para que eu comesse e assim eu fiz. Tenho que admitir, ele cozinha melhor do que eu, mas isso é um segredo porque se eu contar, ele vai começar a se gabar.

As semanas foram se passando e por incrível que pareça, não conseguimos deixar o casamento cair na rotina. Isso é bom, porque se acontecesse, acho que já teríamos tido o resultado.
Estou fazendo tratamento pra engravidar, mas tá difícil. Theo já deu a idéia de fazermos fertilização em vidro, mas sinceramente, eu não quero.

Estamos comemorando o nosso aniversário de um ano e não posso estar mais feliz. É claro, que durante esse tempo, nós conseguimos nos manter bem e fico feliz que isso tenha acontecido.
É feriado e então decidimos ir para a casa dos meus pais, sabe, como na primeira vez.
Apertei a campainha e ouvi uma voz fininha gritar um "já estou indo." Já até sei quem está aí.
Theo segurou minha mão e se colocou atrás de mim, colocando a outra em minha cintura.
A porta se abriu e quem eu imaginava que era, estava na minha frente.

— Annie? — perguntou — Meu Deus minha filha, como você está linda. Vamos, entre. Sua mãe está preparado o almoço lá no quintal.

— Oi tia Lucy. — abracei ela. — Este é Theo, lembra dele?

— É claro que eu lembro. Tudo bem fofinho? — abraçou ele.

— Estou ótimo tia e a senhora?

— Estou bem, mas nada com esse papo de senhora viu? Não estou tão velha assim fofinho. Agora entrem e deixe essas coisas em algum lugar. — se referiu as malas — Vamos comemorar, já que estão todos aqui.

— Todos?

— Todinhos. — ela deu uma risada e saiu.

Encarei Theo que deu de ombros e sorriu.
Quando apresentei Theo para a família toda, em uma daquelas reuniões familiares que todos os anos fazemos, a tia Lucy ficou tão apaixonada por ele que não o deixava em paz. Deve ser por isso que quando ele ouviu a voz dela, colocou a mão na minha cintura e ficou atrás de mim. Ele tem medo dela.

Coloquei as malas perto da televisão e caminhei pela cozinha, ainda de mãos dadas com ele e saímos no jardim, onde meu pai fazia churrasco, mamãe segurava Louise no colo, Ansel e Jenn se abraçavam sentados em um balanço e com certeza, minhas primas tentando arranjar um namorado virtualmente pelo celular.

— Mãe? — gritei e caminhei até ela, me soltando do meu marido.

— Annie! Pensei que você não vinha mais. — me abraçou meio sem jeito pois estava com a Louise. — Que saudade filha.

— Eu também estava mãe. — dei um sorriso e caminhei até o meu pai. — Oi papai.

— Theo! — Ansel gritou e começou a correr até ele, que abriu os braços e pegou ele no colo. — Cara, você tá ficando velho.

— É eu sei disso, não precisa ficar falando. — colocou ele no colo.

— Oi querida. — papai falou, voltando a atenção para mim.

Cumprimentei minhas primas, que não paravam de babar pelo meu homem e fui cumprimentar meu irmão.

— Eu pensei que você ia se esquecer de mim. — ele disse e me abraçou.

— Nunca pivete. — dei um beijo na sua bochecha.

Caminhamos ainda abraços em direção a Jenn, que estava agora, com a neném no colo.

— Oi amiga. — abracei ela — Estava com saudades.

— Eu também. A última vez que eu te vi foi no batizado da Lou e depois nunca mais. — sorriu

— Em falar em Lou, quero minha afilhada aqui. — estendi os braços e peguei a bebê de seu colo, que me olhou e deu um sorriso.

— Oi amor. — falei pra ela que me abraçou. — Ai que delícia. Fala oi pro tio Theo.

— Oi Lou. — ele disse e se aproximou dela para dar um beijo em sua bochecha. Ela retribuiu da mesma forma.

Percebi que ele ficou emocionado e segurei sua mão, de relance. Continuei a brincar com a neném, enquanto todos botavam o papo em dia.

— Hora do almoço pessoal. — mamãe gritou.

Tirei meu casaco e coloquei na encosta da cadeira, me sentando ao lado do Theo e da Jenn. Mamãe começou a se servir e então, todos fizemos o mesmo.
Depois de um almoço agradável, ficamos conversando.

— Vocês devem vir mais vezes Annie. — tia Lucy falou

— A senhora sabe como é tia, vida corrida. — dei um sorriso.

— Senhora sua mãe escutou? Não me chame de senhora. — e caiu na gargalhada, assim como os outros.

— Então Theo, como vai indo as coisas? — meu pai perguntou.

Ele colocou a mão na minha perna e sorriu, apertando a mesma. Olhei para ele e fiz uma careta de leve, talvez ele não percebesse.

— Estão ótimas. Estou prestes a gravar mais dois filmes.

— Que ótimo. — ele falou.

A noite, todos entramos para dentro de casa e ficamos conversando no sofá. Alguns já haviam ido dormir, outros foram embora.

— Mãe? Onde vamos dormir?

— No seu quarto querida. — ela disse. — Não se preocupe, Lucy e as meninas estarão no quarto que era do Ansel.

Dei um sorriso e me despedi de todos. Theo ainda ficou lá, conversando com meu pai.
Subi a escada e entrei no meu antigo quarto, colocando a mala em cima da cama. Peguei meu pijama, minha toalha, uma lingerie e fui para o banheiro.
Depois de tirar toda a maquiagem e tomar um banho quente, voltei para o quarto e Theo já estava lá. Ele pegou sua roupa de cima da cama e passou por mim, dando um sorrisinho de acabar com qualquer uma.
Tirei a mala de cima da cama e me deitei. Minutos depois, ele saiu, apenas com uma cueca box preta e secando os cabelos com a toalha. Ele estendeu ela na cadeira e me encarou.

— O que foi? — dei um sorriso.

— A sua tia me deseja. — fez uma pose sexy.

Tentei segurar a risada mas foi em vão. Virei de barriga pra baixo e comecei a rir contra o travesseiro. Certo, meu pijama era apenas uma calcinha e um top, mas o jeito que ele fez aquela pose, não tinha como não rir.

Quando Eu Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora