-- Temporada 2 -- Capítulo Vinte & Um

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Acordei com uma leve dor de cabeça, toda conectada naqueles fios que ligavam ao aparelho de monitoração. Olhei para os lados a procura de alguém, mas a sala estava vazia. Coloquei a mão na minha barriga e fechei os olhos, esperando que algo acontecesse.

— Senhorita Elgort? — uma voz feminina invadiu o quarto, me despertando — Olá, sou Emily, a enfermeira. Como esta se sentindo?

— Estou com um pouco de dor de cabeça.

— É normal. — deu um sorriso

— E meu bebê? — perguntei

— Ele está bem. — sorriu — Foi só uma indisposição, não aconteceu nada que prejudicasse você é sua gestação.

— Graças a Deus. — respirei aliviada. — Meu marido está aí fora?

— Ele foi pra casa descansar um pouco, mas avisou que sua sogra está te esperando.

— Pode chamá-la?

Ela apenas assentiu e se retirou. Lílian abriu a porta e sorriu ao me ver acordada, caminhando até o meu lado e segurando minha mão.

— Você está bem querida? — perguntou, sentando-se na cadeira ao meu lado.

— Estou sim. — abri um sorriso fraco e apertei sua mão — Nada de ruim aconteceu.

— Que bom. — sorriu — Quer alguma coisa?

— Se não for pedir muito, estou morrendo de fome.

— Vou conversar com a enfermeira. — levantou-se e caminhou até a porta — Já volto. — e saiu.

Dei um suspiro de alívio e olhou para o monitor, vendo minha frequência cardíaca. Olha, não estava nada mal.

— Senhorita Elgort, muito prazer, sou Jake Stewart, mas pode me chamar de doutor Jake. — passou pela porta todo animado — E então, a enfermeira disse que a senhorita está com dor de cabeça?

— Um pouco.

— É por causa da comida. Seu estômago está vazio e como desmaiou, a dor faz parte do pacote.

— Minha sogra foi conversar com ela sobre isso.

— Entendo. — sorriu — Antes de ir embora, vou fazer para verificar se esta realmente tudo bem com seu bebê. Melhor prevenir do que remediar, não é mesmo?

— Com certeza. — dei um sorriso.

— Vou deixá-la se alimentar e logo voltarei. — escreveu algum coisa no papel que estava na prancheta e se retirou, deixando-me sozinha novamente.

Enquanto a comida não vinha, peguei meu celular que estava em cima da mesa ao lado e chequei minhas redes sociais, me assustando com o número de pessoas perguntando se eu estava bem.

Como pode?

Entrei no Google e procurei pelo meu nome. Apareceu várias coisas, então coloquei em notícias e foi ai que eu vi o título.

"Annie Elgort entra em estado de emergência no hospital Ronald Reagan."

Cliquei na notícia e me deparei com uma foto em que eu estava no colo do Theo, toda ensanguentada e quase desmaiando.
Entrei no meu Twitter e escrevi algumas coisas, talvez para tranquilizar a todos.

" Estou bem. E mesmo se não estivesse, eu ficarei. Obrigada por se preocuparem, mas já passou. Venho comunicar que cerca de três semanas eu descobri que estava grávida e foi por isso que vim parar aqui. Estamos bem e logo voltaremos pra casa."

Theo entrou no quarto assim que deixei meu celular de lado. Caminhou lentamente até mim e segurou minha mão, abrindo um dos seus lindos sorrisos. 

— Fiquei com tanto medo — ele disse — Você estava desmaiada e eles não me deixaram entrar. Pensei que algo de ruim tinha te acontecido, mas quando ele falou que você e o bebê estavam bem, fiquei super aliviado. 

— Eu imagino. — dei um sorriso e apertei sua mão — O médico disse que vai fazer um ultrassom antes de me dispensar. 

— Pelo menos poderemos vê-lo. — beijou as costas de minha mão — Você sabe da minha mãe? Ela estava na sala de espera quando eu sai. 

— Ela veio aqui e quando eu reclamei que estava com fome, ela foi conversar com a enfermeira. Mas é estranho, porque até agora ela não voltou. 

— Ela deve estar comendo alguma coisa. Ficou aqui a tarde inteira. 

Olhei no relógio e vi que já se passavam das sete da noite. Poxa, fiquei o dia todo aqui. A porta foi aberta e a mesma mulher de hoje cedo e junto consigo, ela trazia uma bandeja cheia de comida. 

— O cheiro está ótimo. — comentei. 

— Estamos com um cardápio muito bom hoje. — sorriu e ajeitou o suporte para mim, colocando os alimentos no mesmo. — Temos arroz, carne com batata, tomate, suco de laranja e de sobremesa, gelatina. 

— Me parece ótimo. — apertei o botão da cama e a ergui, colocando na posição certo para que eu comesse. — Obrigada. 

Ela apenas assentiu e saiu da sala, deixando-me com aquela maravilhosa refeição. Antes que alguém falasse alguma coisa, eu ataquei aquele prato e comi tudo sem dó, surpreendendo a mim mesma. Claro que eu ofereci ao meu marido, mas ele recusou dizendo que já tinha comido algo em casa. Peguei o potinho de gelatina e dei um colherada, enfiando outra praticamente na garganta de Theo. Ele se engasgou e pegou o meu suco, tomando o resto do conteúdo dele. Nós rimos, mas fomos atrapalhados pela enfermeira que veio recolher minha bagunça. O doutor Stewart voltou como prometido e acompanhado de Lilian, que ficou feliz ao ver que Theo estava ao meu lado. O médico apagou a luz e  passou o gel gelado sobre meu ventre, ligando o aparelho e passando sobre minha barriga. 

— Este aqui, é o embrião. — mostrou na tela um minúsculo pontinho — Está tudo bem. Vocês podem ouvir o coração daqui dois meses. Nessa fase da gravidez, como é muito recente, é normal sair um pouquinho de sangue mais escuro, pois é sangue velho, mas se for um sangue vermelho vivo, tem que se preocupar. — desligou o aparelho e acendeu a luz, pegando a prancheta e anotando alguma coisa. Ele destacou um papel e entregou ao Theo — Esta é sua alta. Já pode ir pra casa. — estendeu uma caixa de lenços. 

Peguei alguns papéis e limpei minha barriga, tendo ajuda da enfermeira, que veio retirar o soro do meu braço e os fios do meu corpo. Após todo esse processo, tomei um banho e vesti uma roupa confortável, voltando para o quarto e sendo acompanhada por Lilian e Theo. 

Aquele pequeno pontinho era a razão da minha existência. Sonhei com esse dia todas as noites, me deliciando com o prazer de gerar uma vida dentro de si. Aquele pontinho era o meu mundo, meu bebê, meu filho. Era o que eu tinha de mais sagrado. Nada ou ninguém vai tirá-lo de mim. Nunca! 

*** 

Olá amorecos, tudo bem? 

Desculpem por demorar a postar, mas essa semana tá sendo uma correria, pois sábado é meu aniversário. 15 aninhos :) :) :) 

O que vocês acham que vai acontecer agora com a Annie? Ainda bem que o bebê dela não se foi né? Claro, eu não teria coragem de matar uma vida. 

Voltarei a postar só na segunda tá? 

Antes que eu me esqueça, indico a história da minha amiga Ana Rita, que chegou com a história "O Inesperado." Leiam! tenho a total certeza de que irão gostar. 

Indico também "I Will Survive" da Gabbi Ferreira. Até eu estou viciada heim!

Um beijo e até breve! 


Quando Eu Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora