-- Temporada 2 -- Capítulo Dezoito

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Theo me olhava surpreso e descontraído. Observei suas expressões e não pude deixar de rir. Minha risada já é estranha por natureza, mas quando eu fico com mais vontade de rir, ela se torna completamente insuportável de se ouvir.

— Você está brincando né? — ele perguntou, colocando as duas mãos na cintura.

— Claro que não. — tirei o cartão do empresário de dentro da bolsa de mão e o entreguei — Aqui está a prova.

Ele pegou o cartão da minha mão abruptamente e leu detalhadamente o conteúdo nele. Me devolveu e respirou fundo, fechando os olhos por alguns segundos.

— Você está pensando em aceitar?

— Estou. — dei um sorriso, me divertindo com suas reações — Não tenho mais nada a ver com a aeronáutica. Estava pensando em seguir carreira de estilista e ser modelo seria um bom começo.

— Bem, não vou dizer nada se não nós vamos começar a brigar. Mas posso afirmar que ficarei bravo em ver você se mostrando para o mundo todo.

— Você já fez várias campanhas " se mostrando" para o mundo todo. — fiz aspas com as mãos — Nunca reclamei e você também não pode reclamar. — dei uma piscadela e me aproximei dele, passando os dois braços pela sua cintura.

— Tudo bem. — respirou fundo e colocou suas duas mãos no meu pescoço, puxando-me para mais perto e roubando um beijo meu. — Acredito que agora precisamos entrar. — sorriu.

Sem que eu respondesse alguma coisa, ele saiu me puxando pelo enorme corredor e só parou quando encontrou alguns conhecidos.

— Você pega algo para nós bebermos? Eu já volto.

— Tudo bem. — dei um sorriso e me afastei, caminhando até o bar. — Oi, você tem alguma coisa sem álcool?

— Temos sucos e coquetéis de frutas. — O barman respondeu.

— Por favor, me vê um coquetel de frutas vermelhas. — pedi a ele e me sentei em um dos bancos, olhando para os arredores, observando a decoração.

Não pude deixar de perceber os lustres que pendiam sobre o teto, deixando que o salão parecesse ainda mais sofisticado. Anjos esculpidos em gesso dourado, pareciam estar contando alguma história por trás de todo esse monumento.

— Esse teto não te dá vontade de chorar? — perguntei para mim mesma e dei um sorriso.

— Aqui está senhorita. — O barman colocou o coquetel ao meu lado e se retirou.

— Obrigada. — peguei o copo com a bebida e voltei a olhar para cima.

— Com certeza. — um homem todo robusto, de terno e gravata, que aparentava estar na casa dos trinta e oito anos se aproximou, sentando-se ao meu lado.

— Hein?

— O teto, ele transmite a sensação de emoção. Esse foi o propósito de Leonardo da Vinci quando fez a sua verdadeira obra em uma igreja no Vaticano. Esta aqui, é uma cópia inteiramente fiel da original.

— Ela é linda. — dei um sorriso e beberiquei o líquido no meu copo.

— Sou Vincent Bowman.— estendeu a mão.

— Annie Elgort. — apertei sua mão e dei outro golada no coquetel.

— Prazer em conhecê-la senhorita Elgort.

— O prazer é meu. — só quis ser educada.

— Fico feliz que meu irmão tenha a convidado para ser nossa modelo na próxima campanha. — ele disse e se virou para pedir algo no bar — Acreditamos que você irá se sair bem.

Quando Eu Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora