-- Temporada 2 -- Capítulo Vinte

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Coloquei as travessas de lasanha na mesa de centro da sala e me sentei nas almofadas postas no chão, abrindo um sorriso e pegando um pedaço da massa pra mim.

- Chame sua mãe. - cutuquei Theo, que já estava quase dormindo no sofá - E venha comer.

Vi que ele não respondeu e nem teve reação em nada. Me levantei do chão e fui até ele, passando meu nariz na extensão de sua têmpora até o final da gola da sua camisa.

- Tá querendo me comprar com beijos? - perguntou

- E você tá querendo fingir que não escutou?

- Eu escutei sim, só estava criando coragem para levantar. - tentou me beijar.

- Não não, primeiro vá chamar sua mãe. - me afastei e voltei ao chão, servindo o prato dele com a lasanha de quatro queijos.

Theo levantou do sofá e subiu as escadas batendo o pé. Dei um sorriso e me levantei, caminhando até o meu quarto. Peguei um vestido mais solto, de ficar em casa mesmo e me troquei, calçando meus chinelos e voltando para a sala. Theo devia estar no quarto conversando com sua mãe, pois quando cheguei a sala, ele ainda não estava lá. Peguei meu celular e entrei nas minhas redes sociais, vendo várias fotos minhas com Theo, Claus, Gwyneth e até com Vincent.
Escolhi uma foto minha com o Theo e postei no Instagram, colocando uma somente minha como outra de perfil.

- Estou com fome. - Theo sentou-se ao meu lado acompanhado de sua mãe - Preciso realmente comer alguma coisa.

- Eu também. - peguei o prato de Lílian e coloquei a lasanha de quatro queijos, que igual como Theo, era a preferida dela.

- O que estão esperando? Ataquem! - ela disse e começou a comer.

Dei um sorriso e uma primeira garfada, fechando os olhos e me deliciando com aquele maravilhoso pedaço de massa com molho e presunto e queijo. Comi mais uns dois pedaços em seguida e afastei meu prato, tomando o resto do meu suco.

- E como foi a festa? - Lílian perguntou.

- Foi ótima. - dei um sorriso - Serei a nova garota da Hugo Boss.

- Sério? Isso é ótimo querida.

- É sim, mas o seu querido filho não gostou nenhum um pouco da notícia.

- Por que?

- Porque disse que irei me mostrar para todo mundo e ele não quer isso.

- Mas ele faz a mesma coisa.

- Foi exatamente isso que eu disse.

- Até você mãe? - colocou a mão no peito e fingiu ressentimento.

- Annie é uma mulher crescida e sabe se virar. Se isso tudo é ciumes ou insegurança, não tem o porquê de se preocupar filho. - apertou a bochecha dele - Ela não vai fazer nada de errado.

- Escutou? - cutuquei ele e abri um sorriso vitorioso - Você não pode reclamar de nada.

- Não vou ter voz nisso não é?

- Não! - Lílian e eu respondemos juntas, batendo as mãos logo que ele assentiu.

- Tudo bem então. - respondeu, servindo o seu prato de mais um pedaço.

Dei um beijo na sua bochecha e voltei a conversar com minha sogra, deixando que ele terminasse de comer.

Acordei por volta das dez horas, morrendo de sono e pedindo por misericórdia que as insônias durante a madrugada parassem de uma vez. Levantei da cama e caminhei preguiçosamente para o banheiro, escovando os meus dentes, prendendo o meu cabelo e tentando dar um jeito naquelas maravilhosas olheiras.

- Bom dia! - Theo passou por mim e tomou meu lugar, fechando a porta do banheiro assim que eu saí.

- Só se for pra você. - abri um sorriso irônico e me vesti. Arrumei a cama e fui para o andar debaixo, pegando algo para eu comer e indo para a varanda. - Jodi! - peguei o pequeno filhote de Golden Retriever e o enchi de carinho. - Como chegou aqui? - ele pulou do meu colo e correu até o Theo, que o segurou eu abriu um sorriso.

- Fala pra ele quem te trouxe. - ele falou com o cachorro, que só lambeu sua mão e olhou para mim - Isso mesmo, foi o papai.

Jodi pulou do colo de Theo e voltou para o meu, esfregando seu pequeno corpo no meu pescoço.

- Já sou sua, não precisa ficar marcando território - brinquei com ele.

- Você é dele? Que engraçado, pensei que fosse minha no momento em que você disse sim no altar.

- Mostra língua pro papai e diz que é feio ter ciúmes. Assim olha. - mostrei a língua para o Theo e Jodi me imitou, lambendo meu rosto em seguida. - Bom garoto. - cocei sua cabeça e o coloquei no chão - Vai brincar, mas só não destrua a casa ok? Vai! Vai!

Os pequenos pelos de Jodi balançaram na mesma velocidade que ele corria, se sujando todo na grama recém cortada. Me aproximei de Theo e abri um sorriso, colocando as duas mãos na cintura.

- É feio ter ciúmes? - perguntou

- Sim. - dei uma piscadela - E é feio não avisar que seu filho está de volta. - deixei ele falando sozinho e corri para o banheiro, colocando todo o meu café da manhã pra fora. Ao me levantar senti algo molhar minha calcinha e logo meu short. Coloquei a mão no molhado e sangue foi transferido para a mesma. Lágrimas invadiram os meus olhos e a única reação que tive foi ficar inerte. - Theo? - o chamei desesperada, nem ligando para os vizinhos.

Segundos depois ele apareceu na porta. Seguiu meu olhar e viu minha mão cheia de sangue. Ele se aproximou e falou algo, mas eu não conseguia ouvir, pensando só no fato do que aquele sangue poderia significar. Respirei fundo e coloquei minha mão no seu braço, sendo guiada por ele até o carro.

Theo dirigia a toda velocidade pelo trânsito lento de Los Angeles, falando algo que eu ainda não entendia, porque as únicas coisas que eu pensava era se aquele sangue significasse a perda do meu bebê. Me repreendi mentalmente por estar pensando em algo ruim e virei meu rosto para o lado, deixando que as primeiras lágrimas caíssem. Acho que ele percebeu que eu estava em estado de choque, pois apertou minha coxa e me olhou tristonho e desesperado.

Theo estacionou o carro e saiu correndo comigo no colo, passando pela porta e gritando por ajuda. Três enfermeiros vieram até mim e me colocaram na maca, levando-me para o grande corredor branco.

- Não pode passar senhor. - a enfermeira disse a ele.

- Mas eu preciso saber o que acontece.

- Terá de esperar. - ela o impediu.

Olhei para trás e vi a imagem de um homem frustrado, com medo e preocupado. Foi a última coisa que eu vi antes de apagar por completo.

***

Olá amorecos, tudo bem?

Me desculpem por não postar quarta, mas tive uns compromissos e o capítulo não estava acabado. Na quinta foi a mesma coisa e mal tive tempo para escrever.

Ontem recebemos a notícia de que o ator Alan Rickman partiu desse mundo e fiquei muito chateada, pois fazia um personagem maravilhoso que era o Severus Snape. Sou muito fã da saga e fiquei arrasada quando soube da notícia. Desejo que no lugar que ele esteja, seja melhor do que esse nosso mundo egoísta.

O que será que vai acontecer com o bebê do Theo e da Annie? Também estou super curiosa.

Não pode roer as unhas okay?

Okay.

Até segunda.

Um beijo!



Quando Eu Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora