Senti ele caminhar até o meu lado e então, presumi que ele estivesse aprontando alguma coisa. Quando me virei de barriga para cima, ele subiu em cima de mim e começou a me fazer cócegas.
- Amor. - falei - Por favor, estou ficando sem ar.
Ele parou, mas antes que eu pudesse abrir os olhos, sinto seus lábios nos meus.
Ele me beija apressadamente, pedindo para que eu seja sua e foi isso que eu fiz, me entreguei completamente a ele. Nossos corações batendo em um só ritmo. Nossos corpos correspondendo um ao outro. Era como se fossemos feitos sob medida e a que faltava em mim, para me deixar completa era ele.
- Eu te amo. - ele passou as mãos pelo meu cabelo, ainda respirando fundo, tentando fazer seu corpo voltar ao normal.- Eu também te amo. - olhei para ele.
Ele deitou a cabeça sob meu peito e fechou os olhos, ainda sentindo a batida do meu coração acelerado.
Dois anos se passaram e sinceramente, estava ficando desanimada. Theo continuava o mesmo comigo, mas sinto que não estava sendo a mesma com ele. Não consegui lhe dar uma família e vejo que as pessoas já estão cobrando. Hoje vou ao médico, saber de uma vez por todas, se podemos engravidar.
- Senhora Kinnaird, a doutora Márcia espera pela senhora. - a secretaria disse.
Me levantei e caminhei até a sala.
- Senhora Kinnaird. - a doutora estendeu a mão. - Como vai? Sente-se.
- Estou ótima. Obrigada. - disse e sentei-me.
- E então, nada ainda?
- Não. - falei. - Eu preciso saber se isso vai funcionar.
- Em 98% das mulheres funcionam. - ela me disse - Não se preocupe. Faz uma semana que a senhora está tomando. Já teve relações com seu marido durante esse tempo?
- Não. - fiquei vermelha.
- Então eu sugiro que comece porque o remédio já deve ter mudado alguma coisa aí. - sorriu - Vamos ver?
Ela me levou até uma sala de ultrassonografia.
Enguia a blusa e abri o botão da calça. Ela passou um gel na região do meu útero e depois veio o aparelho. Pela tela, era possível ver um espaço vazio. Ela tirou a copia e pediu para que eu me limpasse, que estaria me esperando na sala ao lado.
Quando retornei, ela me explicou o meu ultrassom antes do remédio e o que eu havia feito hoje.- Olha Annie, está imagem é do seu útero antes do remédio. Como pode ver, aqui, ele não produz nenhum dos hormônios que é preciso para engravidar. Já neste, depois do remédio, podemos ver que a taxa de hormônios subiu 10%, ou seja, você pode engravidar.
- Isso é ótimo. - disse, com meus olhos lacrimejando.
- Se caso acontecer, mesmo na gravidez, quero que continue tomando os remédios. Não faz mal ao feto. - me entregou uma receita - Vá até uma farmácia e compre está vitamina. Ela irá ajudar.
Agradeci a médica e fui direto a farmácia. Depois de ler a bula, tomei um comprimido e fui fazer minhas tarefas.
Theo chegou por volta das oito em casa. Jantamos juntos e ficamos vendo televisão até decidirmos subir.- Amor, eu fui no médico hoje. - dei um sorriso.
- Sério? E o que ela disse? - deitou-se ao meu lado depois de nós dois termos tomado banho.
- Você quer saber? - apaguei a luz e subi em cima dele.
- Bem, pode esperar. - e me puxou.
Fizemos amor naquela noite.
Três dias depois, lá estava eu, segurando um teste de gravidez na mão.
- Ai meu pai, será que eu faço?
Encarei o teste por mais alguns minutos e fui até o banheiro, onde fiz o teste. Cinco minutos depois, lá estava eu, segurando um papel na mão e o teste na outra.
Tive que voltar para Seattle, pois iriam reformar a base militar e quem ficou responsável pela engenharia fui eu.
Theo estava em Los Angeles e sabe, a saudade bateu na porta como uma desconhecida. Depois da reforma, irei pedir despensa e aceitarei o conselho do meu marido. Vou fazer o que eu gosto. Não que eu não goste de servir ao meu país, mas eu preciso ficar em casa por dois motivos: O primeiro é que estou cansada e o segundo é que estou grávida. Custou muito para que eu entendesse aquele exame de farmácia, mas para ter a total certeza, fiz o de sangue e como já sabem, deu positivo.
Não sei quando contarei a ele, mas se eu contar agora, com certeza, ele não vai deixar eu trabalhar e sinceramente, eu preciso disso. Mas sinto que se não contar, ele vai ficar chateado comigo.
Em falar nele, adivinha quem está me ligando?- Oi amor. - falei e abaixei o volume do rádio
- O que você tá fazendo?
- Eu tô limpando a casa, por que?
- Tem como vir me buscar no aeroporto? Está chovendo muito, a cidade tá toda escura e não tem nenhum táxi aqui.
- Era pra ser uma surpresa? - Fui até a janela - Nem tinha percebido que estava chovendo.
- Você vem? - ele pergunta tenso.
- Vou. - caminhei até a escada e subi para o meu quarto. - Me encontra na portaria principal.
- Ok. - e desligou.
Encarei o telefone e arqueei a sobrancelha, me perguntando o que será que tinha acontecido para ele estar tão frio.
Troquei de roupa e fui até a garagem, entrando no carro e indo para o aeroporto.Parei o carro em frente à portaria principal e vi Theo se aproximar. Abri o porta malas, ele colocou sua bagagem lá dentro e entrou no banco do carona.
- Oi. - ele disse e me deu um selinho.
- Oi. - dei um sorriso e sai daquela área, dando espaço para outros carros - Bem, como eu não estava te esperando, será que compensa passar em algum lugar pra comprar comida?
- Por mim tudo bem. - passou a mão pelos cabelos molhados.
Parei o carro no drive thru do McDonalds e fiz nossos pedidos.
Theo não esperou chegar em casa para comer, devorou seu lanche ali mesmo.
Chegamos em casa e ele foi direto para o quarto, enquanto eu assistia televisão e comia o meu lanche. Ele apareceu do meu lado, de banho tomado e sentou-se no sofá, para assistir televisão comigo.- Theo? - tomei um pouco do meu suco e olhei para ele - Eu não sou tonta, o que tá acontecendo?
Ele me olhou, desviou seu olhar, respirou fundo e me olhou de novo.
- Eu peguei meu pai traindo minha mãe com a tia Ivone. - ele me encarou - E o pior é que ele não quer que eu conte para minha mãe. O que eu faço?
- Olha amor, se fosse eu, eu contava. Tudo bem, você ama seus pais, mas não está certo. Conte a ela.
- Será?
- É melhor ela ficar sabendo por você, do que por outra pessoa.
Ele acentiu e pediu espaço para deitar no meu colo. Coloquei meu prato de lado e passei os braços pelo seus ombros e dei um beijo no topo da sua cabeça.
- Eu estou grávida.
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Quando Eu Te Conheci
FanfictionAnnie Elgort, uma garota extremamente focada em seu trabalho, extrovertida e carinhosa é irmã de um dos maiores atores teens da atualidade. Em um feriado, ela viaja para a casa dos pais, apenas para uma visita familiar. Tudo o que ela menos esperava...