-- Temporada 2 -- Capítulo Doze

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Ele sentou-se ereto e me encarou, pegou na minha mão e se aproximou.

— É sério? — perguntou.

— E você acha que eu brincaria com uma coisa dessas? Fiz o teste à uma semana.

Ele não disse mais nada, apenas largou minha mão e praticamente voou em cima de mim, me apertando em seus braços.

— Isso é...isso é perfeito. — ele falou e me beijou — Teremos uma família Annie!

Dei um sorriso e continuei abraçada com ele.

— Obrigado.

Dei um sorriso e me aconcheguei novamente em seus braços, com ele passando a mão em minha barriga.

Minha família iria passar uns dias aqui em casa. Papai e mamãe haviam chegado mais cedo e Ansel e Jenn chegaram pouco depois.
Theo convidou seus pais, que ainda estão juntos, pois ele decidiu contar a sua mãe hoje a noite. Estávamos todos reunidos no meu jardim, pois havíamos mudado de casa recentemente.

— Bem pessoal, obrigado a todos por virem. — falei — Vocês devem estar imaginando porque eu os convidei e tudo mais, mas não gostaria de contar pelo telefone, então vamos lá. — soltei a mão de Theo e levantei — Vamos ter bebê. — dei um sorriso.

Todos sorriram e vieram nos dar parabéns.

— Querida! Que felicidade. — mamãe me abraçou e sorriu, passando as mãos no meu cabelo — Estou muito feliz.

— Eu também estou mãe. — dei um beijo em sua testa — Finalmente consegui.

Ela sorriu e afirmou, dando espaço para que meu pai se aproximasse. Todos nos
cumprimentaram e deram palpites para os nomes que escolheríamos.

— Então o meu filhote vai se tornar papai? — Lílian perguntou, sorrindo e colocando as mãos nos braços do filho — Isso é ótimo querido. Até que em fim viu. Meus parabéns.

— Obrigada Mãe. — ele disse e a abraçou — Também estou muito feliz.

— Eu sei. — sorriu — Oh querida! Isso é perfeito. Parabéns! Que Deus abençoe vocês. — me abraçou.

— Obrigada Lílian. — retribui o abraço e me afastei, indo pegar algo para beber.

De longe, vi Theo conversando com seu pai, o que me deixou alerta, pois ele disse que contaria para a mãe a traição que ele pegou por parte de seu pai.

A tarde já caía e todos estavam na piscina, inclusive eu que não dava sossego para o meu irmão. Jenn dava gargalhadas extravagantes quando Louise sorria ao encostar o pézinho na água quente da piscina.
Chamei Theo mais uma vez, porém ele não quis. Se levantou e chamou a mãe para conversarem lá dentro. Respeitei seu espaço e voltei minha atenção para a família reunida na minha frente. Sentei-me na beirada piscina e perguntei se Jenn queria nadar, pois ficaria com a Louise para ela. Ela aceitou e me entregou aquele pequeno ser humano, indo para perto do marido.

— Oi meu amor. — passei a mão pela cabecinha dela — Sou a títia Annie.

Ela fez um daqueles barulhos gostosos que todo bebê nessa idade faz. Aos poucos a criança foi fechando os olhos, mas antes, resolvi dar um banho quente nela. Avisei minha cunhada e caminhei para dentro da casa. Observando que o silêncio predominava no local. A porta da biblioteca estava fechada, então presumi que eles estavam lá dentro. Subi as escadas e parei no quarto de hóspedes, pegando a banheira dela e a enxendo. Despi a bebê e caminhei com ela até o banheiro, começando a dar o banho nela. Em poucos minutos eu já tinha acabado. Coloquei uma roupa fresquinho nela e voltei para o quintal. Coloquei ela no chiqueirinho que estava na sombra e voltei para a piscina.
Fiquei conversando com a minha mãe por quase trinta minutos até ver meu marido atravessar a porta para o quintal. Ele caminhou até Philip e pediu para que fosse conversar com Lílian. O homem acentiu e se levantou, despedindo-se de todos e caminhando para dentro da casa. Lílian apareceu com os olhos um pouco vermelhos e sorriu, apenas dando tchau e saindo. Olhei para Theo que fez uma careta e disse que iria trocar de roupa. Minutos depois ele apareceu com um short e entrou na piscina, dando um mergulho e parando na minha frente.

— Não se preocupe. — cochichei em seu ouvido — Eles vão ficar bem.

Ele me olhou e beijou minha testa, observando a todos que estavam se divertindo. Passou para trás de mim, fazendo com que eu colasse minhas costas em seu peito e sorriu, depositando um beijo no meu ombro.

Depois de algum tempo, ele e Ansel começaram com a palhaçada, um jogando o outro na piscina, ou tentando afogar. Sai da mesma, me enxuguei e fui parao cozinha, preparar o jantar, pois o céu já estava negro. Mamãe veio me ajudar assim como Jenn, deixando só os homens.

— Você sabe por que Lílian estava chorando? — minha mãe perguntou.

Contei a ela o que eu sabia meio que por cima de tudo e ela desaprovou, dizendo que a pior coisa para uma mulher, é ser traída pelo homem que você ama.
Quando me disse isso, lembrei do ocorrido no Rio de Janeiro, acrescentando que me senti um lixo quando Theo fez aquilo. Ela disse que meu pai também já havia feito, o que foi uma surpresa, pois nunca passou pela minha cabeça que meu pai já possa ter traído minha mãe. Foi surreal.
Terminamos o jantar e colocamos na mesa do jardim, pois estava muito calor para jantar dentro de casa.

— O jantar está pronto! — gritei e caminhei para a mesa, colocando uma montanha de comida para mim.

— Você está parecendo aqueles atletas. — disse se referindo a quantidade de comida que tinha no meu prato.

— Primeiro, estou morrendo de fome, pois não comi nada a tarde toda e segundo, estou comendo por dois, então fica quietinho ai.

Ele sorriu e me abraçou.

— Estava brincando.

Bufei em resposta e me sentei, comendo o conteúdo da comida no prato.

— Eu já disse que sua comida é divina? — Ansel perguntou.

— Já, mas Jenn e mamãe também ajudaram. Elas merecem o crédito.

Ele sorriu e olhou para as duas mulheres.

— Bem, a comida é divina. Vocês são as mulheres da minha vida.

Nós rimos e continuamos a conversar, sendo um dos melhores dias que já passei com a família.

Quando Eu Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora