-- Temporada 2 - Capítulo Vinte & Três --

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Theo

Fazia muito tempo que minha mãe estava tão calada. Tudo bem que ela já é calada por natureza, mas não tanto assim. Sinceramente, alguma coisa naquela carta a deixou preocupada e com isso, estava ficando também.
Três meses se passaram desde a última vez que tivemos notícias do meu pai. Ele apenas ligou e quem atendeu foi Annie. Não quis falar com nenhum de nós a não ser ela. Prometeu ligar novamente assim que pudesse e disse que estava morrendo de saudades. Ainda não entendo o porquê dele ter partido. Se tivesse contato tudo isso para nós antes, talvez estaríamos todos juntos agora.

Eu pelo contrário, estou feliz. Depois de todo aquele ocorrido no hospital, Annie nunca mais passou mal. Estamos completando quase quatro meses de gestação e sua barriga já está crescendo. É uma alegria vê-la tão feliz assim. Todos nós estamos felizes.
Menos a minha mãe, porque ela é um pouquinho complicada em relação a isso. Não é que ela não esteja com a notícia de que mais um Taptikilis viria ao mundo e sim por estarmos ignorando todo o fato relacionado ao meu pai.

Eu quero que isso continue dando certo, mas ela não se abre pra falar com ninguém. Tenho medo de que algo ruim aconteça, ainda mais ela voltando a morar na mansão. Mesmo estando longe, pedi para reforçar a segurança das casas, assim, ficarei mais tranquilo.

Annie começou seus trabalhos como modelo e logo começará a desenhar roupas para Armani, Chanel e Forever21. Vejo como está feliz e isso realmente, está fazendo nossa relação ficar mais aberta. Claus indicou ela para fazer a nova linha de perfumes da Gucci, com parceria de Chris Evans. Sim, o Chris Evans, aquele que fez Capitão América e Vingadores. Se você tá se perguntando se eu gostei disso, com certeza não.

Mas como ela mesmo disse, é seu trabalho e eu tenho que respeitá-la

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Mas como ela mesmo disse, é seu trabalho e eu tenho que respeitá-la. Mas com ceteza isso não será tão fácil, ainda mais com ela esperando um filho meu.
Minha mãe como eu disse, se afastou. Tento manter um relacionamento normal com ela, mas parece que ela não quer se comunicar conosco. Isso só prova que alguma coisa a mais está acontecendo.
Nesse exato momento, estou discando o seu número pela vigésima vez, mas como sempre, está caindo na caixa postal. Pego as chaves do carro, saio de casa e desço a pequena escada que dava acesso a garagem. Entro no carro e dirijo pelas ruas de Los Angeles, reconhecendo logo o bairro em que estava entrando.
Como os seguranças já sabiam qual era o meu carro, assim que me viram se aproximando, eles abriram o portão e com isso nem precisei parar.
Desci apressadamente e dei de cara com Carol, sua empregada. Ela sorriu ao me ver e disse que não esperava que eu viesse naquele momento.

— Minha mãe está?

— Não senhor, Ela saiu hoje mais cedo e ainda não voltou.

— Então eu vou esperar. — disse e entrei na casa, indo direto para a sala de estar e sentando-me no sofá.

— O senhor aceita alguma coisa? — Carol perguntou.

— Não, obrigado. — comuniquei e ela percebeu que eu queria estar sozinho. Saiu sem ao menos dizer uma palavra.

Quando Eu Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora