-- Temporada 2 -- Capitulo Vinte & Nove

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Penúltimo capítulo + Epílogo

Theo

Quando eu acordei, ela já não estava mais do meu lado. Me levantei, troquei de roupa, escovei os dentes e desci para tomar o café. Procurei por alguém na casa, mas estava sozinho. Havia um bilhete em cima da mesa, peguei-o.

" Theo, tivemos que ir trabalhar, mas logo a noite estaremos aí. Deixei o café pronto para você.
Annie foi ao shopping com Jenn comprar algumas coisas, mas ela não disse que não demoraria.

Se precisar de algo, só ligar.

Johanne."

Eu dei um sorriso quando vi a maneira que ela assinou o bilhete. Deixei ele da mesma maneira e comecei a tomar o meu café, enchendo uma xícara de café e fazendo um pão na chapa.

Fiquei imaginando a reação da Annie ao me ver ao seu lado hoje manhã. Percebi que ela ainda está magoada comigo e não tiro a sua razão, até eu estou me achando um merda por tudo o que eu já a fiz passar. Principalmente agora na gravidez.

Lavei a minha louça, guardei as coisas do café na geladeira e subi de volta para o quarto. Deite-me na cama e pensei na noite em que nos amamos pela primeira vez nesse lugar. Fechei meus olhos trazendo as lembranças nítidas em minha memória dos beijos que espalhei pelo seu corpo durante a noite toda.

A ideia de fazer algo para agrada-la surgiu de repente, então eu tinha que pedir ajuda para colocar o meu plano em prática.

Annie

Meus pés tocaram o chão de madeira, e minha expressão de alívio foi eminente, pois eu odeio usar sapatos fechados, ainda mais quando se está grávida.

Senti um cheiro diferente, mas antes de eu ir atrás dele, vi um caminho de pétalas brancas no chão, que iam da porta de entrada até a cozinha. Eu o segui, mas não acabava apenas na cozinha e sim, se estendia pelo jardim. Abri a oportunidade que dava acesso aos quintal e tive que me segurar para não cair ora trás quando eu vi Theo parado na minha frente, com roupas casuais e descalço, segurando uma placa. Nessa placa estava escrito "me perdoa." Desviei meu olhar para a mesa de piquenique com castiçais acesos, com muitas pétalas de rosas vermelhas e brancas. Fui até ele lentamente e parei a sua frente, colocando a mão na minha barriga e apenas assentindo. Ele abriu um sorriso e deixou a placa de lado, me puxando gentilmente para um abraço. Encostei minha cabeça no seu peito e fechei meus olhos, ouvindo as batidas descompassadas do seu coração. Ao me afastar, não tive nem tempo de olhar em seus olhos, pois ele reivindicou minha boca para si. O seu beijo estava diferente, mais apaixonado por assim dizer, igual ao começo do namoro.

— Eu te amo. — ele disse, quando me soltou — E amo o nosso menino também. Amo vocês demais.

Nessas horas eu já estava como um poço de lágrimas, do tanto que eu já tinha chorado. Ele riu ao ver minha reação e ficou de joelhos, erguendo minha camiseta e acariciando minha barriga, depositando um beijo. Theo encostou sua testa na mesa e fechou os olhos, falando algo baixinho. Levei minhas mãos ao seu rosto e fiz carinho nele, sorrindo igual boba.

— Nós também te amamos muito. — falei

2 meses depois

O cheiro do oceano invadiu as minhas narinas assim que eu acordei. Passei minha mãos na cama ao meu lado em busca do seu corpo, mas apenas encontrei um espaço gelado. Abri meus olhos de vez e a porta que dava acesso a praia estava aberta. Me levantei com cuidado por causa da barriga, já que eu estava quase de oito meses. 

Caminhei até a porta e me escorei no batente, olhando para ele que andava em minha direção. Theo parecia um Deus grego saindo do mar, apenas de sunga, preta, enquanto sua mãos bagunçavam o seu cabelo molhado, fazendo com que várias gotas de água se espalhassem pelo seu corpo. Os braços fortes penderam para o lado, dando ainda mais forma para o seu corpo torneado. Dei um sorriso quando senti minha barriga mexer e voltei a olhar para frente, ficando surpresa com a sua aproximação repentina. Ele tentou me abraçar, mas eu o impedi. Não queria ficar toda molhada, ainda mais com aquele vento pela manhã.

— Bom dia pra você também Annie. — ele riu, tocando apenas sua boca na minha — Não vou te molhar mulher. — passou por mim, mas não antes de reclamar por receber um tapa no braço — Ai! Não vou correr o risco de deixar o meu filhote com frio.

Ele fechou a porta do banheiro, né deixando com um sorriso bolo no rosto. Escutei o barulho do chuveiro e deduzi que ele estivesse tomando banho. Um aperto em baixo da minha barriga me fez despertar dos pensamentos, alertando-me que estava na hora de ir fazer xixi.
Fui até a porta branca na lateral do quarto e bati na mesa, entrando e indo direto para o vaso sanitário.

Theo passou a mão pelo vidro do box embaçado e sorriu para mim, fazendo um gesto com o dedo me chamando. Dei descarga e me levantei, tirando o meu pijama e indo até ele. Theo me deu espaço para entrar debaixo da água e me abraçou por trás quando fiquei com o corpo todo coberto de água.

— Agora que estamos no mesmo barco, posso muito bem encostar na minha esposa. — beijou meu pescoço, passando as mãos na minha barriga — Estou extremamente ansioso para a chegada do nosso pequeno. Já podemos escolher o nome?

— O que acha da gente esperar o bebê nascer e ver o rostinho dele pra decidir? Assim poderemos saber qual nome combina com ele. — sugeri, virando-me de frente para ele.

— Tudo bem, você quem sabe. — sorriu — Aliás, quem carrega ele por nove meses tem o direito de escolher.

— Exato! Por isso eu te amo. — beijei ele, sorrindo logo em seguida.

Theo revirou os olhos se afastando, indo para o banheiro. Fui até o closet, coloquei um vestido longo de alcinhas  branco e praticamente me arrastei para a cozinha, onde tinha uma mesa farta de comida. Minhas costas estavam acabadas. Eu não conseguia andar direito sem gemer de dor na coluna. Eu até poderia ser confundida como um pinguim gigante se estivesse no meio deles de tão grande que eu estou.

— Você não está gorda. — Theo disse, abraçando-me por trás e me pregando um susto — Pare de pensar nisso amor. — beijou minha bochecha e sentou-se na ponta da mesa.

Eu me sentei na ponta oposta e ataquei os guloseimas que estavam prontas apenas para mim.

Podia jurar que elas falavam “Me coma Annie, nós somos gostosas.”

Não pense em besteira seu leitor malicioso!

Tomei o último gole do suco de laranja que estava no meu corpo e me levantei, caminhando lentamente até a pia, que ficava coisas de meio metro de onde eu estava.

Theo só observava minhas ações e ria toda vez que eu reclamava do meu peso ou do inchaço da fase final da gravidez. Eu queria voar no pescoço dele e entrangula-lo toda vez que ele soltava um risinho.

Não era divertido!

Quando Eu Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora