-- Temporada 2 -- Capítulo Vinte & Dois

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Olá meus amores, tudo bem? A pedidos, esse capítulo será narrado pelo nosso querido Theo, que já não aparece a muito tempo.

Espero que gostem!

Theo

  O grande sonho de um homem que se preze, é tornar-se pai. O meu não é diferente, de maneira alguma. Sempre sonhei que um dia eu estaria feliz ao lado da mulher que amo e que ela me daria a família mais linda do mundo. Correr pelo quintal atrás do seu filho, ensinar ele a nadar, a respeitar as pessoas, são essas coisas que eu quero fazer de hoje em diante. Mas isso tudo estava em risco, pois Annie estava no hospital por causa de um sangramento e a vida do nosso filho estava em risco.
   Eu estava com medo, não nego, mas sentia que tinha um pequeno fio de esperança interligando nossos pensamentos. Não sabia se ela já tinha acordado, não sabia se eles estavam bem, não sabia de nada.
   Não gosto dessa política da maioria dos hospitais. Tenho o direito de acompanhar minha mulher. Tudo bem que eles fazem o possível para a pessoa ficar bem e o acompanhante não passar mal ao ver tudo aquilo, mas eu queria estar do lado dela todas as vezes. Eu prometi isso a ela e dessa vez, eu não cumpri.
Vê-la fechando os olhos e perdendo a consciência olhando para mim, só aumenta o meu argumento de que ela queria que eu estivesse lá, mas não estava.
   Saber depois de horas que ambos estavam bem, me deixou mais relaxado, mas eu voltaria ao normal quando eu a tivesse em meus braços, sã e recuperada. Mas outra vez, eles não me deixaram entrar. Disseram que ela precisava descansar e pediram para que eu fizesse o mesmo.
   Assim que mamãe soube do ocorrido, veio correndo para o hospital e ficou ao meu lado o tempo todo. Ela me obrigou a ir pra casa tomar um banho, comer alguma coisa e quem sabe tirar uma soneca. Eu agradeci, pois sabia que Annie estaria em boas mãos, então me levantei a dirigi tão devagar, que os carros que me ultrapassavam, buzinavam e os motoristas me xingavam. Não tinha culpa, mas eu precisava organizar minha idéias.
   Destranquei a porta de casa e tive uma surpresa quando entrei. Meu pai, estava sentado no sofá olhando para nada. Ele levantou-se bruscamente assim que viu e ficou sem palavras, apenas me encarando por longos dois minutos.

— O que quer aqui? — perguntei seco, sem um pingo de paciência.

— Vim conversar com você. — ele disse.

— Hoje não é um bom dia tá? — tirei meu casaco e o deixei no braço do sofá, caminhando até a cozinha e começando a preparar alguma coisa para que eu comesse.

— Filho, precisamos conversar.

— Eu não tô com paciência pra nada hoje. Minha mulher está no hospital, eu estou com medo e com fome. Preciso descansar, pode por favor ir embora?

— Annie está no hospital? Ela está bem?

— Você nunca gostou dela, por que quer saber?

— Porque eu me preocupo.

— Não, você mão se preocupa. Só está tentando fazer as pazes conosco para voltar a sua vida antiga. — coloquei a mão na cabeça, percebendo que ela já ia começar a latejar — Eu preciso comer, descansar e ficar sozinho. Será que pode por favor ir embora?

Ele me olhou, virou as costas e caminhou até a saída, parando por alguns segundos e voltando a concentrar sua atenção em mim.

— Sinto muito por tudo, eu não queria que nada disso tivesse acontecido. — colocou o casaco — Eu estou indo para a Austrália e não voltarei tão cedo. As cartas que deixei em cima da mesa, explica tudo isso e muito mais. Espero que me perdoe filho. — virou-se e saiu, me deixando com mais um pensamento que ficaria ali durante muito tempo.

Peguei o meu sanduíche e fui para o sofá. Durante todo o tempo em que gastei comendo o lanche, eu observava atento às cartas, pensando se abria ou esperava as mulheres para abrir. Larguei meu prato na pia e fui para o andar de cima, tirando minha roupa e entrando no chuveiro. Eu não tinha um pensamento concreto, nada na minha cabeça estava me levando a uma solução lógica. Eu ainda estava com medo de que algo ruim acontecesse e isso, era a única coisa que martelava minha mente.
   Vesti uma roupa assim que me sequei e caminhei para o jardim. Mamãe iria ficar brava assim que visse o que Jodi tinha feito do local sagrado dela. Dei um sorriso e vi o filhote correndo em minha direção. O banho na Pet Shop tinha ficado perfeito, mas agora, ele já estava todo sujo mesmo.

— Oi garotão. — fiz um carinho no deu focinho — Tá com fome? — perguntei, caminhando até o pote de comida dele e o enchendo de ração — Pronto, pode comer.

O cãozinho devorou os pontinhos de carne na tigela em questão de segundos e voltou a brincar. Abasteci a pote de água e coloquei mais um pouco de ração, deixando ele prevenido caso não voltássemos ainda hoje. Voltei para dentro de casa e caminhei ligeiramente até a saída, indo direto para o hospital.

   A recepcionista disse logo que cheguei, que Annie estava esperando por mim. Caminhei tão depressa até o quarto que ela estava e abri a porta, arrancando um sorriso de seus lábios assim que ela me viu. Contei a ela toda minha angústia e ela pediu para que eu ficasse mais tranquilo, pois o médico disse que só faria um ultrassom e depois poderíamos ir pra casa. Vê-la se alimentando tão bem, me deixou mais animado. Peguei sua mão e depositei um beijo ali, conversando coisas bobas com ela. No momento em que a porta se abriu, um rapaz alto e robusto entrou, cumprimento a Annie e logo depois a mim. Mamãe estava logo atrás e sentou-se na cadeira mais próxima, esperando que o médico começasse o exame. Ele passou um gel na barriga de Annie é logo depois começou a passar um aparelho naquela região, olhando atentamente para o visor a sua frente.
   Logo de cara eu avistei um único pontinho no meio de tudo aquilo e foi ali que eu o vi. Olhei para a mulher a minha frente e seus olhos estavam atentos, mas no momento em que o médico explicou o que era aquele pontinho, seus olhos se encheram de água e olharam para os meus. Uma linha torta surgiu no seu rosto e vi seu sorriso de felicidade.
   O médico terminou e pediu para que ela tomasse um banho, dizendo que já poderia ir pra casa. Depois de ensistirmos tanto que ela precisava de ajuda, o coração mole aceitou.
  Passamos pela recepção e fomos direto para o carro, sendo um pouco atrapalhados pelos fotógrafos que nos esperavam na saída do estacionamento. A caminho de casa, contei a elas a conversa que tive com meu pai e ambas não disseram nada, apenas me olharam e esperaram por uma reação.

— O que eu faço? — perguntei.

— O que você achar melhor. — Annie comentou.

Mamãe apenas acentiu e virou sua cabeça em direção a janela, voltando ao seu mundo. Annie colocou a mão em minha coxa e me encarou, talvez tentando me passar que ela estava ali.            
Eu a ajudei a sentar-se no sofá e juntei ao seu lado, encarando as cartas a minha frente.

— E então? — olhei para as duas.

— Abra!

***

Hello!

Espero que tenham gostado desse capítulo. Se sim, deixe sua estrelinha.

Tadinho do Theo gente, porque o pai tinha que por mais essa bomba em suas mãos? Papai malvado!

Só que não!

Desculpem pela demora, mas avisei na quarta que só postaria na segunda, pois sexta eu estava ocupada com os lances do meu aniversário.

Espero de coração que tenham gostado da narração do Theo, pois vou escrever mais capítulos assim.

Indico a história da minha amiga Gabbi_Ferreira que chama-se "I Will Survive ." Tenho certeza de que vão gostar!! Dá uma olhada lá. okay? 

Um beijo e até breve!

Quando Eu Te ConheciOnde histórias criam vida. Descubra agora