Prólogo

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Minha história não é mais uma dessas com final feliz. Até porque minha história não acabou. Ou pelo menos é o que quero acreditar.

Como todo romance, a história precisa envolver uma outra parte além de mim, é claro. Seu nome era Eduardo, mas todos o chamavam de Led. Uma vez ele me contou o porquê do apelido: Led era em homenagem a sua banda favorita, Led Zeppelin. Eu até hoje conheço muito pouco dessa banda, nunca parei para dar a devida atenção. E ele sempre me criticou por isso.

Durante a primeira semana de trote na faculdade, ele foi todos os dias com a mesma camisa preta surrada com a estampa vermelha gritante da banda. Seus veteranos, por não lembrarem seu nome, o apelidaram de Led. E ficou. Agora é assim que todos o chamam.

Não, todos não. Ele era Led para todo mundo, mas eu gosto de pensar que não sou "todo mundo" para ele. Não me entendam errado, eu adoro o apelido. Mas por algum motivo, após conhecê-lo melhor, ele se tornou Edu para mim. Após certo tempo de convívio, eu sabia que o Edu não era o Led. Melhor: que o Edu era muito mais que o Led.

O Led era o príncipe encantado moderno. O cara que era bonito demais mesmo sem ser (muito) vaidoso. Que tem um estilo "rock star" mesmo sem saber tocar um único instrumento. O perfeito blasé. Que tinha aquele olhar de quem sabe tudo o que você está pensando e aquele sorriso de canto de boca sempre ironizando. Como se ele soubesse que no mundo havia muito mais que todas as idiotices que a gente fala. 

Parecia que todos tinham um pouco de vergonha de si mesmos perto dele: era como se somente ele visse além dos detalhes insignificantes; como se ele soubesse o segredo por trás de tudo. Todos queriam parecer inteligentes perto dele, como se impressioná-lo se tornasse objetivo instantâneo de cada um que o conhecia. 

Led era o homem que faria qualquer um(a) se apaixonar só com uma conversa de pé de ouvido.

O Edu era mais. O Edu era o cara que tinha medo de se envolver. Que muitas vezes era irresponsável e até mesmo egoísta. Ele era o cara que quando precisava me dizer algo muito importante, não abria a boca: só segurava meu rosto entre suas mãos e me olhava intensamente. Alguns diriam que ele era frio por se expressar com tanta dificuldade. Mas eu sempre soube que o Edu apenas fazia de sua indiferença um refúgio por medo de expor o que sentia (embora durante nossas brigas era tão brutalmente honesto que me desarmava completamente).

Por mais que tivesse dificuldade com as palavras, não possuía qualquer medo do contato físico com as pessoas a sua volta: abraçava seus poucos amigos do sexo masculino sem qualquer pudor, acompanhado de um beijo na bochecha; fazia cafuné nas meninas sem qualquer embaraço ou constrangimento; adorava fazer cócegas em quem estivesse por perto. E as pessoas reagiam bem a isso, como se ele fosse isento de quaisquer julgamentos sociais pelos quais outras pessoas certamente passariam se tivessem atitude parecida.

Edu odiava papos por telefone. Orgulhoso. Teimoso. Meio solitário. Que queria muito e fazia por onde. Que me fez chorar algumas (várias) vezes. E que me fez gemer uma quantidade de vezes infinitamente maior (se é que vocês me entendem). Talvez seja possível dizer que Edu é o amor da minha vida, por mais clichê que isso soe.

Mas, como eu disse, essa história não tem final feliz. Só que para chegarmos até o ponto onde ela parou, precisamos começar do começo, não é mesmo?

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Caramba, nunca pensei que escrever fosse tão difícil! Rs

Oi, gente, tudo bom? Essa história que eu tô postando é baseada em uma outra que escrevi anos atrás e resolvi adaptar para cá. Eu estou gostando muito de (re)escrever ela, então espero que vocês também gostem de ler. =)

Ela vai ter muitos defeitos já que eu sou marinheiro de primeira viagem, mas no fim eu espero que agrade. Acho que vou postar regularmente, tentando sempre melhorar a qualidade. A ideia é ter no mínimo um capítulo novo por semana, provavelmente às quintas-feiras. Então aqui vão as regras:

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Beijão!                      �

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