Capítulo 3- Quase: Giuly Narrando

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Eu tremia por dentro, estava completamente receosa, não sabia o que aconteceria dali para frente, não sabia se seguiria, deixaria acontecer, se resolvia relaxar ou se simplesmente desistia. Na verdade não sabia o que eu queria e não tinha ninguém ali no momento que pudesse me ajudar, que pudesse me aconselhar, era só eu e o Luan, era só o continue ou o pare. Minha respiração estava profunda, estava quase ofegante.

Luan: Eu te amo tanto, Giuly - sussurrou em meu ouvido, eu apenas sorri, naquele momento não conseguia dizer nada - Vai dar tudo certo - acrescentou.

Então continuou em seus intensos beijos, torcia para que ele não percebesse o meu nervosismo. Talvez realmente a minha hora houvesse chegado. Na primeira vez em que nós dois namoramos foi tudo rápido e não tivemos muitas oportunidades de ficarmos por tanto tempo a sós como estávamos ficando nesses últimos dias. O nosso namoro de agora já durava quase dois meses e de repente se eu não deixasse aquilo acontecer naquele momento entre nós, o depois poderia ser muito tarde, quem sabe dali a oito meses. O fato era que eu não tinha me programado para aquela noite e meu psicológico estava agitado. Quem sabe fosse melhor a gente ter combinado tudo antes e, assim, eu estaria mais calma, conformada e até animada. Não que eu não estivesse animada, sim, eu estava, porém o medo falava mais alto. Se não fosse ali agora, poderia ser amanhã, ou domingo, mas pensar em seguir agora mesmo era melhor, pois acabaria de uma vez com a minha preocupação, eu já estava ali, só mais alguns segundos e eu já estaria entregue por completo ao Luan.

Por alguns segundos eu até me perdia desses pensamentos, o Luan estava sendo muito cuidadoso comigo e pouco a pouco estava me relaxando. Então, resolvi também curtir o momento como ele. Beijávamo-nos, suas mãos deslizavam sobre o meu corpo e as minhas tocavam os seus ombros, aquele momento estava começando a ser mágico para mim, pena que um detalhe atrapalhou tudo.

Meu celular, que estava no bolso de minha calça, começou a tocar e acabou nos dando um susto. Senti um pouco de decepção no olhar do Luan, eu também fiquei um tanto quanto frustrada, não tinha nem como deixar aquilo tocando em meu bolso como se não existisse, então o Luan saiu de cima de mim e assim eu pude sentar e tirar o celular do bolso.

Giuly: Caramba! É minha mãe - ele riu, então me levantei rapidamente e atendi. - Oi mãe.

Marta: Filha, até que enfim!

Giuly: O que foi?

Marta: Eu te pedi quantas vezes para me ligar assim que chegasse aí? - parecia estressada.

Giuly: Desculpa mãe, eu esqueci.

Marta: Estou ligando para você há mais de duas horas e não consigo! O que houve?!

Giuly: Não sei ué, devia estar fora de área.

Marta: Muito bonito! Estou aqui morrendo de preocupação até essa hora para conseguir falar com você, sendo que você mesma tinha que ter me ligado!

Giuly: Desculpa mãe.

Marta: Não lembra nem que tem mãe!

Giuly: Desculpa mãe.

Marta: Mas está tudo bem né?! - acalmou-se um pouco.

Giuly: Sim está.

Marta: Já estava dormindo?

Giuly: Não.

Marta: O que estava fazendo?

Giuly: Ah, - imagina se eu dissesse o que realmente estava fazendo - ah mãe, eu estou aqui com o Luan.

Marta: Fazendo o quê?

Giuly: Estávamos assistindo filme - o que não era mentira.

Marta: Vê lá o que você vai me aprontar ein Giu. É melhor você ir para o seu quarto e dormir, já está tarde, eu confio em você e sei que não está fazendo nada de mais aí com ele, mas você sabe como o povo fala!

A Namorada do Luan SantanaOnde histórias criam vida. Descubra agora