Capítulo 20-Retomando as Recordações: Giuly narrando

866 48 23
                                    


Novembro já se aproximava e os oito meses no Canadá já estavam próximos do fim, faltavam poucos dias para a minha partida da de volta ao Brasil, e eu estava animada com aquela ideia. A minha temporada naquele país não podia ter sido melhor, eu sentia que tinha aproveitado o máximo possível. Meu inglês estava impecável, eu havia estudado e me aprofundado bastante em minha área de publicidade, aprendi outra cultura, fiz muitos amigos, viajei por lá, diverti-me bastante e aprendi com cada detalhe. Eu procurava desfrutar cada dia que passava, porque eu tinha certeza que aquela viagem iria ficar para sempre marcada em minha vida.

A saudade do Brasil, porém era muito grande, eu também não via a hora de voltar e rever todas as pessoas que me fizeram tanta falta. As lembranças de cada um que eu tinha foram as coisas que me sustentaram nos momentos difíceis sozinha, pois eu sabia que apesar de tudo eu sempre tinha alguém comigo, mesmo estando longe.

Giuly: Eu vou sentir tanta falta a sua falta, Natasha. Você foi realmente a minha melhor amiga aqui no Canadá. Desde quando eu cheguei, você me acolheu bem e ajudou-me nos novos costumes de dividir um lar com outras pessoas. Tenho muito a te agradecer, pelos conselhos, risadas, brincadeiras e todas as ajudas.

Natasha: Que isso Giuly! Você que sempre foi legal comigo. Esqueceu do tanto de coisas que você também não me ajudou? Nos meus deveres, nos trabalhos, nas dúvidas, você sempre conseguiu me auxiliar em tudo! Eu também tenho muito a agradecer – abraçamo-nos.

Giuly: Pena que nós moramos tão longe lá no Brasil né?

Natasha: Ah, mas isso não importa! De vez em quando eu vou te visitar e você também vai me visitar!

Giuly: Claro! Quando acabar o seu um ano aqui e você voltar, eu vou querer te visitar logo! Aí você vai me apresentar a sua família toda, que parece ser a mais divertida de todas! – sorri.

Natasha: Com certeza! E eu também quero conhecer a fofa da Dona Marta!

Giuly: Ela também é louca para te conhecer Nat! Vocês vão se dar muito bem, garanto!

Natasha: Tenho certeza! E realmente é uma grande pena a gente não ter dado tão certo com a Fátima.

Giuly: Eu também acho Nat, mas o que ela aprontava com a gente era sem perdão.

Natasha: Você tem razão. Todas as mentiras que ela inventava, queria todo o tempo fazer com que eu e você brigássemos, nunca nos dava recado de telefonemas. Ela é uma cobra.

Giuly: É, isso é horrível. Às vezes me sinto até culpada, ela sentia muito ciúmes da nossa amizade.

Natasha: Não se culpe, Giu, eu já te falei. Isso não existe. Como assim uma pessoa iria querer ter a minha amizade só para ela, e você? Não tinha como eu te largar sozinha. Eu nunca faria isso com ninguém.

Giuly: Mas parece que eu atrapalhei.

Natasha: Não, nada a vê. O erro foi todo dela. Nós três poderíamos ter sido sim melhores amigas.

Giuly: Aham. Poderia ter sido mais legal, mas infelizmente ela queria exclusividade e parece não ter ido com a minha cara. E eu boba, demorei para enxergar isso.

Natasha: Demorou não, foi bem a tempo. Ainda bem que nos tocamos logo e percebemos a falsa que ela é! Eu nunca queria ter uma amiga como ela!

Fátima: Falando mal de mim, mais uma vez? – chegou em nosso quarto de surpresa, parecendo ter ouvido toda a conversa – Depois eu que sou a víbora daqui! – foi sarcástica.

Natasha: Fica na sua aí, encrenqueira! Nós não estávamos falando nada além da verdade.

Fátima: Está arrumando as malas, Giulynha? Bom para você ver, que você vai embora e eu e a Natasha vamos ficar aqui. Você acha mesmo que ela vai ficar sem falar com ninguém? Daqui a pouco vai estar falando comigo normalmente, e quem vai ficar com a orelha doendo de tanto ser xingada, será você!

A Namorada do Luan SantanaOnde histórias criam vida. Descubra agora