As ondas passavam por cima de mim, causando-me tremendo desespero, eu também estava bebendo muita água. O Ramon já nem gritava mais, talvez não conseguisse ter mais força para aquilo. Mas eu tinha que ser forte, e não desistir. Nadava muito. Com muita garra. Por fim consegui chegar perto dele. Passei meu braço direito em torno de seu tronco e comecei na nadar para o raso, estava com muita dificuldade, mas pedia em meus pensamentos para que desse tudo certo. Só ouvia o Ramon tossindo em meu ouvido, pois não estava nada bem, parecia não estar totalmente consciente, estava a ponto de desmaiar. Não sei se foi apenas impressão, mas a saída do mar estava sendo menos complicada e mais rápida do que a ida.
Chegamos à areia e rapidamente o Ramon deitou. Ele tentava respirar fundo e parar de tossir, com certeza havia bebido muita água e sua boca parecia estar seca. Tentava fazer massagem em seu peito para aliviar, até que ele se acalmou, e retornou a respirar normalmente.
Eu não conseguia dizer nada. Só ficava olhando para ele, para ver se estava realmente bem. De repente ele abriu os olhos com vontade e sorriu para mim, o que me causou um grande alívio.
Ramon: Obrigado Giuly.
Giuly: Que bom que está bem.
Ramon: Você sempre me salvando. – tossia – Obrigado.
Giuly: O que houve?
Ramon: Eu fui nadar um pouco, e de repente não conseguia mais sair do lugar.
Giuly: Mas porque saiu de casa sem avisar ninguém?
Ramon: Não agüentava mais ficar preso lá.
Giuly: Você usou algo? – Silêncio. Ele não queria responder, assim, tirei minha própria conclusão – Eu não acredito Ramon! Eu não acredito que fez isso de novo!
Ramon: Desculpa Giuly.
Giuly: Por quê? Por quê?
Ramon: Eu não sei... Fiquei com vontade... Mas foi pouco, eu juro.
Giuly: E daí que foi pouco? Ramon, você quase morreu. Foi muita sorte eu vir para cá, você já pensou se eu não aparecesse? Só imagina! VOCÊ IA MORRER AFOGADO! Até quando você vai fazer isso? Até quando vai se estragar? Até quando vai causar tanta decepção?!
Ramon: Eu sei disso.
Giuly: Não parece!
Ramon: Mas o que importa também? Se eu morresse, ninguém sentiria falta. Todos dariam graças.
Giuly: Para de falar isso, Ramon! Você sabe que não é verdade!
Ramon: Eu sei que é isso sim. Não sei porque está tão preocupada, você não está nem aí para mim. Eu sou um tanto faz em sua vida.
Giuly: Você não sabe o que diz.
Ramon: Quero ir para casa.
Giuly: Vamos. Estou de carro, eu te levo.
Enquanto dirigia, pensava no perigo que o Ramon correu. O que mais ele poderia aprontar? Ele estava sendo um risco para si mesmo. Quanto mais eu pensava, mas estava segura do que havia pensado anteriormente, o meu plano não podia esperar mais. Eu tinha que coloca-lo em ação.
Giuly: Promete uma coisa para mim?
Ramon: Fala.
Giuly: Promete que não vai usar mais essas coisas? – parei o carro só para olhar para ele – Por favor, promete?
Ramon: Prometo.
Giuly: É sério Ramon. Não diz da boca para fora. Diz com convicção. Por mim.
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A Namorada do Luan Santana
Fanfic"A namorada de Luan Santana" é uma webnovela escrita com base no sonho da maioria das fãs do cantor Luan que desejam ter algum dia uma oportunidade com o seu ídolo. A história se passa entre fevereiro de 2010 e março de 2011. Nesse período, Giuly, u...