Cap. 14 - Adeus?

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- Por favor, vai embora... - implorei

- EU JÁ DISSE QUE NÃO VOU! - gritou

- Eu vou chamar a polícia, quero ver se não vai - Clara ameaçou

E isso foi o suficiente para ele a empurrar, a fazendo cair na cama. Eu corri para a sala à procura do telefone. Quando terminei de discar o número da polícia, ele apareceu na sala, encostado na parede.

- Eu não faria isso... - ele diz - Pois conheço o Nathan, aquele que beijou aquela menina... Como você pode gostar de quem não gosta de você!? Como você pode não me amar do jeito que te amo!?

- Você está querendo fazer alguma coisa contra e-ele? - perguntei com a voz falha

- Querer eu não quero... - se aproximou de mim - Mas eu faria de tudo para mantê-lo longe de nós.

- Você é um doente!

- Vamos fazer assim: Ficamos juntos e nada acontece com ele.

- Eu tenho nojo de você! NOJO!

Escutei vozes, risos, e a porta se destrancar. Anna e Caíque. E quando eu vi Anna abrir a porta, Tadheu me agarrou. Eu sentia nojo do beijo dele. Tentei me afastar, mas ele era mais forte.

- Hey, podem parar com essa palhaçada!? - Anna gritou

Isso fez ele se separar de mim. Me abraçou de lado e disse:

- Voltamos a ser como um, isso não é ótimo?

Eu estava imóvel. Revirei meus olhos quando ele me deu um beijo na bochecha.

- Amor, vou embora. Vá falar com a Clara...

O que eu fiz:

Forcei um sorriso e lhe dei um beijo na testa.

O levei até a porta. Fechei a porta e deslizei sobre ela. Coloquei minhas mãos na cabeça, eu estava perdida.

- Ok, agora explica: Que cena ridícula foi aquela?!

- Voltei com ele, não é óbvio?! - respondi irritada

- Sabe o que você é? - ela foi até mim, se ajoelhando no chão - Você é uma burra! Você nunca me escuta, você nunca escuta a Evelyn, é isso o que você é, BURRA!

Levantei meu olhar para ela. Eu já estava novamente com lágrimas nos olhos. Suas palavras foram duras para mim. Ela foi dura sem ao menos saber o que estava acontecendo. Mas elas sempre me falaram que ele era um canalha, e novamente estou vendo isso. Só espero que eu não volte a acreditar nele.

- Sabe, você não tem jeito. - ela suspirou - Eu cansei de você, Carla. Cansei.

Me levantei. Ela se levantou em seguida.

- Você prefere: Ou a minha amizade ou ele.

- Está sendo cruel, Anna... - Caíque diz

- Não me importa se estou ou não sendo cruel! Eu estou tentando abrir os olhos dela. Mas se ela prefere ser burra, que ela seja burra sozinha!

Que Sorte A Nossa ( FLY )Onde histórias criam vida. Descubra agora