Cap. 11 - Término

690 57 2
                                    

- Como ele está? - perguntei

- Eu ainda não sei - ela me abraçou - Eles não dizem nada, eu não sei o que está acontecendo, não sei se ele está bem... Eu não sei o que fazer, Carla.

Ela estava chorando, e eu também chorava. Estávamos abraçadas quando escuto a voz de um médico:

- Família de Tadheu Oliveira?

- Sim.

- Ele passa bem. Foram apenas alguns ferimentos leves. - suspiramos de alívio - Ele já pode ir pra casa.

- Que bom, não? - Angélica disse - Vamos buscá-lo no quarto, Carla?

- Eu vou ficar esperando no carro... - falei - Vou avisar a todos de que ele já está bem.

- Okay.

Espero ela seguir o médico e vou ao estacionamento. Entro em meu carro e fecho a porta. Coloquei minhas mão em meu rosto e chorei. Lágrimas que eu tentava esconder de Angélica e de todos.

O Nathan queria que eu terminasse com o Tadheu para eu me ferrar? Quebrar a cara? Mas isso me fez perceber que o Tadheu é realmente o cara certo pra mim. E só de imaginar que eu iria terminar com ele para viver uma " aventura " com o Nathan... Eu não posso acreditar que eu iria colocar tudo a perder, por um sentimento que nasceu dentro de mim, que nem eu mesma sei o significado desse sentimento...

Escuto batidas na janela e olho para o vidro. Era a Angélica e o Tadheu. Ele estava com um curativo na testa. Abro o vidro da janela e tento limpar minhas lágrimas.

- Carla, está bem? - ele pergunta

- Sim - respondo - Vocês vão vir no meu carro?

- Querida, eu tenho que voltar para casa, tenho alguns problemas a resolver. Se importa de ir com o Tadheu? 

- Claro que não - sorrio - Angélica, obrigada por tudo. Você é uma irmã-cunhada para mim.

- Oh! Eu vou ficar emocionada com essas palavras - ela sorri - Que bom que foi tudo um susto!

- É...

Eles se despedem e ela vai para seu carro branco. Aceno antes de dar partida com o meu namorado ao meu lado. Estávamos em silêncio, até ele colocar sua mão em meu joelho:

- Fiquei com medo de te perder - ele disse

Eu apenas forcei um sorriso, dando um leve beijo em sua bochecha. Voltei a focar na estrada, e ele tentava puxar assunto. Eu o respondia com frases curtas, tentando me afastar de uma conversa com ele.

Estacionei o carro e suspirei. Olhei para o lado e ele me encarava.

- Vamos subir?

- Você está bem? - perguntou preocupado

- Sim - fria - Podemos subir?

Saímos do carro e andamos até umas escadas que dariam na portaria, e assim, pegamos o elevador.

Entrei no meu apartamento e ele logo atrás de mim. Me abraçou de lado e depois me beijou. Mas eu não sentia aquele desejo como antes. Era como se somente ele quisesse, e eu me recusasse a beijá-lo. Separei nossas bocas e ele me olhou confuso. Apenas o abracei.

- Eu só estou um pouco cansada, okay? - eu me afastei - Você deveria descansar.

- É, vou tomar um banho. - ele disse

Me joguei no sofá e fiquei brincando com meus dedos. O interfone tocou. Bufei. Me levantei com preguiça e atendi. 

- Oi?

Que Sorte A Nossa ( FLY )Onde histórias criam vida. Descubra agora