Cap. 5 - Um Encontro?

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Acordo com a luz do sol. Por que não fechei a cortina?! E o jeito é levantar. Eu não acordei bem. Estou tão irritada, e isso vão achar estranho, já que sou a animada da casa.

Saio do quarto e caminho até o banheiro, notando que ele estava ocupado. Fecho os olhos e me encosto na parede, mas os abro quando percebo risos vindos da cozinha. Como sou curiosa, vou até lá e acabo vendo Patrícia e as meninas conversando, o que me leva a crer que seja Noemi quem está usando o banheiro.

- Nossa, oi! - ela me diz sorrindo

- Eu quero usar o banheiro! - falei, ignorando ela

- Noemi deve estar com diarréia... - Anna diz e todas riem, menos eu

Estou séria, não consigo sorrir, nem mesmo pensar em sorrir. Quando elas percebem que não estou de palhaçada, voltam a tomar o café da manhã, formando um silêncio.

Escuto a porta se destrancar.

- Finalmente!

- A roupa dela serviu em mim... - escuto Noemi dizer

Ela chega à cozinha e reparo que ela está usando uma calça legging rosa e uma camiseta preta. Ela sorri para mim. Ela só pode estar de brincadeira! Respiro fundo, tento ficar calma e entro no banheiro.

Faço minhas higienes. O banho que tomei era quente, ótimo, era a única coisa que eu gostei desde que acordei. Mas nem isso me fez melhorar.

- Seu celular vibrou. - Evelyn disse quando saí do banheiro - Thadeu.

- Você não leu as mensagens, leu?

- Por que eu leria?!

- Pelo motivo de ser uma curiosa chata! - respondi e ela me encarou nervosa - Você sabe que é.

Coloco uma saia preta, uma blusa de manga comprida preta e botas pretas, ou seja, estou precisando de um abraço. Deixo meu cabelo solto e passo uma maquiagem sombria.

- Carlinha, o Tadheu morreu? - Noemi brincou e eu a fuzilei com os olhos

- Amor, sua praga não pega nele. - joguei beijos no ar para ela

- Você vai sair?

- Anna, o que você acha!?

- Grossa! - ela disse

Peguei minha bolsa e saí do apartamento. Sei que elas devem estar falando de mim agora.

Recebo uma ligação do Tadheu:

Ligação on

- Oi.

- Oi. Onde você estava? Estou tentando falar com você desde ontem!

- Eu fui para uma festa e esqueci o celular em casa, e...

- Você não me falou de festa nenhuma... - ele me interropeu

- Sim, três amigos fizeram uma festa e me chamaram... Acabei esquecendo o celular em casa.

- Como assim amigos!?

- Mas que droga! Quer controlar a minha vida?! Eu não suporto quando você tem ataques de ciúmes. Já conversamos sobre isso, você sabe que eu não gosto! Por mim, é melhor a gente terminar.

Ligação off

Desliguei o celular na cara dele. Sim, ele tentou ligar de volta, mas não atendi. Me sento na calçada e choro. Eu não sei o que está acontecendo comigo. Talvez a resposta disso seja porque passei alguns minutos presa. É uma coisa inexplicável. Estou com ódio, raiva de mim.

Tadheu sempre foi o tipo de cara ciumento, aquele que não te deixa ter amigos homens, aquele que quer ler suas mensagens, aquele que quer saber os lugares que você frequentou no dia. Isso me sufoca, eu fico irritada, ele sabe disso. Já terminamos várias vezes por conta disso, mas eu o amo, e por isso, sempre voltamos.

" Desculpa por ontem. Você não devia ter sido presa. Me sinto mal por isso. Eu e os meninos pedimos desculpas. "

Era uma mensagem do Nathan. Eu sorri. Hum, eu sorri? Ele me fez sorrir com um pedido de desculpas?

Nathan's POV

Há uma coisa dentro de mim que não consigo explicar. Desde a primeira vez que vi a Carla, no avião, eu senti uma coisa por ela. Eu não parava de olhar para ela, e o jeito que ela me olhava, com raiva, isso me deixava encantado. Eu posso estar me iludindo, mas naquele dia, nos vimos três vezes. Isso não aconteceria por acaso, certo?

Tento não demonstrar que ela mexe comigo, porque sei que ela namora. Quem trocaria o namorado que conhece há tanto tempo por um cara que nem conhece direito? Só sei que esse sentimento cresce, e eu tenho medo de que ele escape da minha boca.

- Tem certeza que não há fotos nossas? - Caíque volta a perguntar

- Sim! - Paulo respondeu, bufando mais uma vez - Se você não tem certeza, você pode procurar fotos ou pessoas comentando sobre a nossa prisão. - ele joga o notebook no colo do Caíque

- Ninguém pode saber que fomos presos.

- A Carla e a Keyla quase saíram no tapa. - Paulo riu

- Ela estava linda ontem.

- Quem?

- A Carla. - ele respondeu e um sorriso se formou em meus lábios - Nathan, tenta não gamar muito, porque, quem gama aqui sou eu.

- Não estou gamado...

- Não estou falando de você, estou falando do meu avô que também se chama Nathan. - sarcástico

- Não estou gamado! - exclamei

- Nathan, fala a verdade, estamos entre amigos. - ele sorriu

- Eu estou...

- EU SABIA! - gritou

- Seus olhos brilham quando fala com ela, quando ouve o nome dela...

- Ela namora. - baixei a cabeça

Uma mensagem chegou.

" Terminei com meu namorado, preciso de um abraço de urso, por favor. Podemos nos encontrar? "

- Não importa se ela namora ou não. Estamos falando sobre os seus sentimentos, sobre o namoro dela a gente conversa depois. - Caíque disse

- Ela me mandou uma mensagem dizendo que terminou com o namorado e quer se encontrar comigo para eu poder abraçá-la. - falei e eles me olharam surpresos - Encontro de amigos, que fique claro.

- Dá o seu celular. - ordenou

- O que vai fazer?

- DÁ A DROGA DO SEU CELULAR!
Entreguei o celular para ele. Ele pareceu teclar algumas coisas e depois me devolve. Fico o encarando, esperando alguma resposta. Ele se joga no sofá e suspira.

- Marquei um encontro entre vocês. - ele disse

- Onde?

- No Ibira. - ele responde - Corre, ou vai querer se atrasar? Ela já está indo.

Que Sorte A Nossa ( FLY )Onde histórias criam vida. Descubra agora